Religião, cultura
Por: Pereiratc • 1/12/2016 • Trabalho acadêmico • 1.397 Palavras (6 Páginas) • 364 Visualizações
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PSICOLOGIA
HÉLIO APARECIDO
JOÃO ANTÔNIO DA SILVA BORGES
JOÃO HENRIQUE DE OLIVEIRA
KARINE VIEIRA MACHADO
RAFAELA FERNANDA CORONADO TORRES PEREIRA
ANÁLISE DO FILME “ORAÇÕES PARA BOBBY”
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Apucarana
2016
HÉLIO APARECIDO
JOÃO ANTÔNIO DA SILVA BORGES
JOÃO HENRIQUE DE OLIVEIRA
KARINE VIEIRA MACHADO
RAFAELA FERNANDA CORONADO TORRES PEREIRA
ANÁLISE DO FILME “ORAÇÕES PARA BOBBY”
Trabalho realizado pelos acadêmicos do curso de Psicologia do 4º Semestre, para obtenção da nota parcial na disciplina de Psicologia Social, orientado pela Professor Yuri.
Apucarana
2016
ANÁLISE DO FILME “ORAÇÕES PARA BOBBY”
O filme Orações para Bobby, retrata o drama de um jovem que aos 16 anos teve sua homossexualidade revelada para a família. Família essa que era tradicional, extremamente conservadora e religiosa, pertencente a classe média alta norte americana.
A família é o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Ela é fundamental no processo de desenvolvimento e socialização do indivíduo, é a primeira a formar nossa primeira identidade social. Sendo o primeiro grupo ao qual o ser humano pertence, se tornando a mediadora entre indivíduo e a sociedade, onde aprendemos a perceber o mundo e nos situarmos nele. A denominação “família” é um conceito muito velho e ao mesmo tempo muito novo, é um conceito velho pois o indivíduo em seus primeiros anos de vida necessita dos cuidados primordiais da família ou de alguém responsável por ele para sua sobrevivência. E é um conceito novo, pois a família vai se transformando e se remodelando de acordo com as mudanças religiosas, econômicas e sócio culturais da sociedade em que está inserida.
Como uma instituição social, a família tem passado por mudanças aceleradas em sua estrutura, organização e função de seus membros a partir da segunda metade do século XX. Hoje temos inúmeros tipos de famílias, e a visão de família conservadora/tradicional está cada vez mais distante, mas ainda temos algumas atribuições de características para os homens e para as mulheres, ditas como necessárias para a reprodução da família e da sociedade, essas que podemos constatar através de expressões que frequentemente escutamos, como: “Menino não chora”, “Ela é tão sensível”, “Homem tem que ser forte”, Menino não brinca com boneca”, “Menino tem que gostar da cor azul e menina do rosa”, “Menino não brinca dentro de casa, mas menina não pode brincar na rua”, “Menina você não tem parada, parece moleque”.
O grande conflito que Bobby enfrentava, era com a sua própria família. Incialmente era visto como um exemplo de filho “perfeito” de caráter e de comportamento. Mas ao revelar sua identidade social, não foi compreendido não encontrando o seu lugar e não sendo aceito pelas pessoas que o mesmo amava.
Após assumir a sua homossexualidade, apesar de ser confrontado pela sua família, Bobby passa a descobrir a sua identidade social.
De acordo com o livro “O que é psicologia Social” de Silva Lane, identidade social é o que nos caracteriza como pessoa, é o que respondemos quando alguém nos pergunta “quem é você?” (...) Caracteriza-se o sexo, a aparência física e traços de personalidade que demonstram como ela se relaciona com os outros e dá “dicas” sobre como ser o seu grupo de amigos: se estes descontraídos, dificilmente a aceitação no grupo. (...) E é nessa diversidade que eles vão se descobrindo um indivíduo diferente, distinto dos outros. Nossos amigos deixaram de ser um, entre muitos da espécie humana e passaram a ser pessoas com características próprias no confronto com outras pessoas – eles tem suas identidades sociais que os diferenciam uns dos outros.
Segundo Hall (2006), há três diferentes concepções de identidade que se relacionam às visões de sujeito ao longo da história. A primeira é denominada identidade do sujeito do Iluminismo, que expressa uma visão individualista de sujeito, caracterizado pela centração e unificação, em que prevalece a capacidade de razão e de consciência. Assim, entende-se o sujeito como portador de um núcleo interior que emerge no nascimento e prevalece ao longo de todo seu desenvolvimento, de forma contínua e idêntica. Já a segunda, a identidade do sujeito sociológico, considera a complexidade do mundo moderno e reconhece que esse núcleo interior do sujeito é constituído na relação com outras pessoas, cujo papel é de mediação da cultura. Nessa visão, que se transformou na concepção clássica de sujeito na Sociologia, o sujeito se constitui na interação com a sociedade, em um diálogo contínuo com os mundos interno e externo. Ainda permanece o núcleo interior, mas este é constituído pelo social, ao mesmo tempo em que o constitui. Assim, o sujeito é, a um só tempo, individual e social; é parte e é todo. Por último, apresenta a concepção de identidade do sujeito pós-moderno, que não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente, mas formada e transformada continuamente, sofrendo a influência das formas como é representado ou interpretado nos e pelos diferentes sistemas culturais de que toma parte. A visão de sujeito assume contornos históricos e não biológicos, e o sujeito adere a identidades diversas em diferentes contextos, que são, via de regra, contraditórias, impulsionando suas ações em inúmeras direções, de modo que suas identificações são continuamente deslocadas. Frente à multiplicidade de significações e representações sobre o que é o homem na pós-modernidade, o sujeito se confronta com inúmeras e cambiantes identidades, possíveis de se identificar, mas sempre de forma temporária. Logo, o sujeito pós-moderno se caracteriza pela mudança, pela diferença, pela inconstância, e as identidades permanecem abertas. Apesar desta visão de sujeito soar como perturbadora, visto seu caráter de incerteza e imprevisibilidade resultante do deslocamento constante, segundo Hall (2006), ela tem características positivas, pois se, de um lado, desestabiliza identidades estáveis do passado, de outro, abre-se a possibilidade de desenvolvimento de novos sujeitos.
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