Texto Seminário História da Educação
Por: Marlon Santos • 17/12/2020 • Tese • 923 Palavras (4 Páginas) • 295 Visualizações
Disciplina: História da Educação
Professora: Elda Alvarenga
ESTUDO DIRIGIDO 2 - TEXTO 4 (6 pontos).
1) Levando em conta as discussões do texto 4, quais são as dificuldades de se
fazer a história das chamadas “sociedades primitivas”? (1 ponto)
Para os povos tribais, como nos apresenta Aranha (2009, p.35), os relatos aprendidos não são históricos, ou seja, não trata de revelar o passado da tribo, contudo, o conhecimento mítico imprime à educação de forma atemporal o “início dos tempos”, dentre outros ritos. A história para esses povos recontaria seus mitos que são renovados a cada ritual, por não ter nenhum fato escrito, observa-se a dificuldade da escrita de uma história, exceto os acontecimentos que pudessem ser explicados pelos pesquisadores.
2. Em que sentido dizemos que a tribo constitui uma sociedade sem classes? (1
ponto)
Segundo Aranha (2009, p.33) a organização social das tribos é homogênea em suas relações, não havendo uma diferenciação de “status”, para eles não há o domínio de uma determinada camada sobre a outra. Apesar de existir uma diferenciação das tarefas, a produção, ou seja, o trabalho e seus produtos são sempre coletivos.
3. Caracterize a educação tribal a partir dos seguintes conceitos: mítica,
espontânea, difusa e integral. (1 ponto)
A educação tribal, como apresentado por Aranha (2009, p.34), é mítica pois é através do conhecimento mítico que são aprendidos os relatos que revelam o “início dos tempos”. É espontânea uma vez que esses conhecimentos são passados através dos ritos que marcam as passagens desses povos. A formação é integral e universal, abrangendo todo o saber da tribo e podendo ser acessado por toda a comunidade. E por fim difusa, onde observa-se um cuidado na adaptação dos usos e valores da tribo, pacientemente passada as crianças pelos adultos.
4. Em que circunstâncias surge a necessidade da educação formal, ou seja, da
escola? (1 ponto)
Conforme as sociedades tornam-se mais complexas, como explica Aranha (2009, p.51), há a necessidade de uma revolução na educação que deixa de ser acessível a todos, privilegiando uns em detrimento de outros. As mulheres passam a ser confinadas aos trabalhos do lar e dependentes dos homens, surgem governantes, sacerdotes, mercadores, produtores e escravos, formando-se uma hierarquia na sociedade. Com o surgimento das cidades, o avanço das técnicas e a necessidade de comercializar a produção excedente, sendo assim, desenvolveu-se uma diferenciação entre os destinados aos estudos sagrados e da administração e aqueles voltados ao adestramento para os oficios especializados.
5. Leia a citação abaixo:
“Em A educação moral, Durkheim observa que as punições quase não existem
nas sociedades primitivas: “Um chefe Sioux achava os brancos bárbaros por
baterem nos filhos”. A coerção da infância aparece nas sociedades em pleno
desenvolvimento cultural, como a de Roma imperial, ou a da Renascença, onde
a necessidade de um ensino organizado mais se faz sentir. (…). É que à medida
que a sociedade progride, torna-se mais complexa, a educação deve ganhar
tempo e violentar a natureza, para cobrir a distância sempre maior entre a
criança e os fins a ela impostos” (OLIVIER REBOUL). Explique em que medida
a educação pela disciplina do castigo persiste até hoje, apesar de toda a
discussão pedagógica em torno da sua condenação. Haveria saída para esse
impasse nas sociedades complexas de hoje? (1 ponto)
Segundo Straus (1991) a educação pela disciplina do castigo persiste devido ao seu resultado espontâneo “efeito positivo”, sendo que a criança deixa de realizar o comportamento reprimido no momento do castigo, sendo tomado como benéfico tal obediência.
Por outro lado, Straus (1991) explica que a longo prazo os comportamentos do indivíduo podem ser prejudiciais não apenas para ele, mas para seu ciclo de convivência, podendo aflorar em condutas agressivas.
Para mudar as atitudes dos pais é preciso entender o que os leva a baterem em seus filhos. Em verdade, a punição corporal é utilizada principalmente pela produção de um efeito imediato, mas também pela falta de conhecimento dos pais sobre as fases do desenvolvimento infantil, sobre outras estratégias educativas e sobre os malefícios da educação coercitiva. WEBER (2004, p. 229)
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