Trabalho Vivencia Cristã
Por: Bruno Lopes • 4/6/2023 • Dissertação • 2.067 Palavras (9 Páginas) • 108 Visualizações
INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR – ITQ
VIVÊNCIA CRISTÃ
CAPÍTULO 2 - RELACIONAMENTOS
CAMPO GRANDE – MS
ABRIL – 2023
ANA IARA PEREIRA DE SOUZA
BRUNO WILLIAN BEDA LOPES
FERNANDO FERREIRA DA SILVA
FLÁVIO FERRER GOMES
KEILA VIVIANNE MAIA DE SOUZA
LAÍZA GONÇALVES DUTRA
SUSIELLEN DA SILVA ARECO
VIVÊNCIA CRISTÃ
CAPÍTULO 2 - RELACIONAMENTOS
Trabalho apresentado ao Instituto Teológico Quadrangular – ITQ como requisito para aprovação na disciplina de Vivência Cristã.
CAMPO GRANDE – MS
ABRIL – 2023
Tópico 1 – Relacionamentos Interpessoais
A palavra relacionamento pode ser definida como uma interação entre duas partes distintas. A expressão relacionamentos interpessoais associa-se às relações sociais, e acontece entre duas pessoas ou mais. O ser humano é um ser relacional, e esse fato se associa mais com um aspecto existencial do ser humano do que por características naturais ou biológicas (ZIEMANN, 2010).
A Bíblia nos mostra que desde o princípio Deus viu que o homem, obra da sua criação, precisava de outro semelhante para desenvolver um relacionamento, como podemos ver em Gênesis 2:18: “Então o Senhor Deus declarou: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”. Esse versículo nos revela que o homem foi criado para se relacionar, para viver em comunidade e desenvolver uma relação baseada na reciprocidade.
Deste modo, podemos afirmar que a vida do cristão não se limita a Igreja, já que estamos inseridos em uma sociedade onde é necessário exercer funções sociais que exigem o relacionar-se, como trabalhar, estudar, comprar, vender, entre outros. Dentro desta sociedade existem pessoas que compartilham da mesma fé e princípios cristãos, porém também existem pessoas que não seguem os mesmos princípios, e essa realidade pode gerar conflitos quando o cristão tenta impor sua crença ou quando suas atitudes não podem ser usadas como referencial de cristão.
A vida cristã é algo que abrange muito mais do que questões espirituais, através dos relacionamentos, a Igreja como parte da sociedade pode afetar toda a comunidade onde está inserida, e o cristão como parte da Igreja pode afetar todo o nicho social onde está inserido. Nesse contexto, observa-se a necessidade do cristão viver verdadeiramente o cristianismo e ter a capacidade de desenvolver relacionamentos saudáveis, de tal forma que consiga apresentar suas convicções de fé sem ferir o seu semelhante, e também não permitindo que a influência do outro o leve a perder sua identidade.
O princípio básico para conseguirmos isso, está em um dos ensinamentos de Jesus Cristo, “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, ou seja, Cristo nos orienta a primeiramente nos auto relacionarmos de forma sadia e adequada, para depois conseguirmos nos relacionar com o próximo de forma equilibrada.
Devemos nos atentar para o autoconhecimento, já que a maior causa dos aborrecimentos do ser humano é outro ser humano, por isso para mantermos um bom estado emocional devemos aprender a conviver com o nosso semelhante e também conhecer nossas fraquezas. Atualmente, podemos observar muitas pessoas frustradas, aborrecidas e irritadas por colocarem expectativas demais no outro, a ponto de esquecerem que o outro também é um ser humano, e está sujeito a errar.
As Escrituras revelam em 1 João 1:8: “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”. Esse versículo nos faz meditar na importância do autoconhecimento, o qual nos leva a olhar para dentro de si, reconhecendo nossos pontos fracos e pecados que precisam ser trabalhados, e isso nos ajudará a conhecer e aceitar o irmão em Cristo e o próximo.
O olhar para dentro de si é necessário e também é uma das maiores dificuldades do ser humano, o medo de descobrir fraquezas e coisas negativas podem limitar o autoconhecimento. Entretanto, não existe outro caminho, precisamos nos conhecer para saber nossos pontos fracos e fortes, os objetivos que estamos dispostos a buscar e qual o melhor caminho para se trilhar. É imprescindível libertar-se da necessidade da aprovação dos outros e se conscientizar que a melhor coisa que deve ser feita sempre resultará de seus próprios esforços e méritos.
O grande desafio na atualidade é a manutenção dos relacionamentos, em todos os níveis. Homens e mulheres perderam a disposição ao diálogo, à negociação. Observam-se de forma expressiva dificuldades nos relacionamentos conjugais, resultando em divórcios. Dificuldades nos relacionamento entre pais e filhos, familiares, na igreja, trabalho, entre outros. Devemos nos atentar que a manutenção de qualquer relacionamento é de nossa responsabilidade. Isso requer mudança, e o caminho da mudança é a autoanálise, e não o julgamento dos que nos cercam.
Bonhoeffer (2003) relata que a comunhão é uma dádiva de Deus e, por isso, uma dimensão vital e dinâmica dos relacionamentos interpessoais. Deste modo, podemos afirmar que quando perdemos um relacionamento, perdemos uma parte de nós. E os riscos aos quais nos expomos quando entramos em um relacionamento, é quase nada perto das bênçãos que podemos desfrutar através da comunhão.
Existem alguns inimigos que podem dificultar o bom relacionamento, como o espírito da crítica, intolerância, sofisticação, suspeitas, cinismo, preconceitos, reações rancorosas, orgulho, atitudes de rejeição, atitude fechada, inacessível e muitos outros.
O espírito da crítica se torna um inimigo quando alguns corações ruins se colocam a disposição para criticar, esses nunca se satisfazem com as atitudes e dizeres do outro e sempre estão com olhares de censura ou condenação. Esse inimigo juntasse ao inimigo da intolerância, pois não toleramos as falhas alheias, fazendo com que os ciscos dos olhos de outros sejam maiores do que as traves que temos em nossos olhos.
A sofisticação, embora tenha muitos significados, se torna um inimigo quando levamos para o lado da falsificação e do engano. E onde predomina falsidade, relacionamento algum sobrevive. Como cristãos, devemos ter uma vida distinta dos padrões seculares, não permitindo assim em nossos relacionamentos o inimigo do cinismo, pois este inimigo despreza a moral e os valores em que nós cremos ser a regra de conduta de vida ideal para o ser humano.
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