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A Teologia Bíblica

Por:   •  9/11/2018  •  Artigo  •  1.634 Palavras (7 Páginas)  •  197 Visualizações

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Escola Diaconal São Francisco de Assis

Disciplina: Teologia Bíblica

Professor: Pe. Siro M. de Oliveira

Aluno: André Fernando Aguiar

Tarefa – Resumo de duas páginas da apostila do tema do Pentateuco

O livro em cinco rolos, chamado pelos judeus “a Lei” ou “Torá”, é constituído por cinco livros: Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, atribuídos a Moisés. A narração leva o leitor desde a Criação até a chegada à Terra Prometida. A maior parte do Pentateuco é feita de leis, donde vem a designação “A Lei”.

Em 1753, Jean Astruc, começa um estudo sobre as vários documentos que formam o Pentateuco. Em 1878, Welhausen propôs a seguinte cronologia dos documentos que compõem o livro:

- Javista: Sec. X-IX a.C., Reino do Sul, Jerusalém.

- Elohista: Séc. IX-VIII a.C., Reino do Norte, Samaria

- Deuterominista: Séc. VII a.C., Centralização do culto, Jerusalém

- Sacerdotal: Séc. VI-V a.C., Exílio e pós-Exílio, Jerusalém.

As quatro tradições:

  1. O Javista(J), do século X a.C., é caracterizado pela anacronística designação de Deus como Iahweh no livro do Gênesis. Na sua ampla visão da história, o J destaca o plano específico de Iahweh em favor do povo escolhido, e é esse plano que dá unidade ao variado material de que dispõe.
  2. O Elohista (E), tradição do século IX a.C., designando a Deus como ELOHIM. Sua visão histórica é mais restrita, começando só com Abraão. Evita os antropomorfismos. Estilo mais didático. Fato central para E é a Aliança, concebida em termos de contrato entre suserano e vassalo. Ligando Israel estreitamente ao seu Deus.
  3. O Deuterominista (D): tradição praticamente restrita, no Pentateuco ao livro do Dt, caracterizada pelo estilo parenêtico, no século VII a.C.. Politicamente aumentada a ameaça assíria, o D aponta como única salvação a prática das Leis da Alinaça e o culto puro de Iahweh no único santuário de Jerusalém. O livro forma o prefácio da chamada “história Deuteronomica”. Contribuição teológica principal: a Aliança é fruto de uma eleição amorosa à qual Israel corresponde observando a Lei.
  4. O Sacerdotal (P): tradição atribuída aos sacerdotes de Jerusalém, é caracterizada pelos dados litúrgicos, cronológicos, genealógicos, concentrando-se em Ex 25-40, todo o Levítico, maior parte de Números. Nesse período, P insiste na “Santidade”, isto é, separação e incontaminação frente às outras éticas e cultos, para preservação da pureza ritual em vista do culto perfeito a ser de novo celebrado em Jerusalém. A história é determinada por Quatro Alianças (Adão, Noé, Abraão, Israel) celebradas em culto cada vez mais perfeito. Através da libertação pascal no Egito, Israel se torna uma “assembleia” litúrgica.

Sentido do Pentateuco

1º a Promessa, o favor divino de que Israel desfrutava em comparação com os outros povos. Deus escolheu Abraão, a quem prometeu uma terra e um povo numeroso.

2º a Eleição, um dos mais profundos conceitos religiosos do AT, realçando a liberdade absoluta com que Deus distribui os seus dons. “...Ele vos escolheu dentre todas as nações...” Dt 7,6

3º a Aliança: relação resultante de uma escolha e garantindo a sua validade. Era um relacionamento comum na vida social do Antigo Oriente.

4º a Lei: ao longo da história de Israel, foi sempre vista como que fluindo da Aliança do Sinai, sempre com ela relacionada, mostrando a Israel a maneira de preservar a Aliança.

O Pentateuco e Moisés

As quatro tradições, constituem o Pentateuco, e receberam a sua forma definitiva no período que vai do X ao VI-V séculos a.C., isto é, vários séculos depois de Moisés, a quem a tradição rabínica e cristã atribuía os cinco livros.

A arqueologia comprovou que tanto o conteúdo narrativo como o legislativo são muito antigos que a sua fixação por escrito. Além disso, as duas tradições mais ricas em dados históricos J e E, sendo muitas vezes paralelas, supõem uma tradição comum, que a ambas precedeu. O mesmo se diga das tradições “legislativas” D e P, ambas apontando para os acontecimentos de Êxodo e do Sinai, onde se encontra Moisés, como ponto de partida.

Ora, Moisés exerce o papel necessário de líder religioso que coordenou a libertação e organização dos hebreus do seu tempo e deslanchou o homogêneo desenvolvimento das tradições posteriores de Israel. Por isso, estando no coração do Pentateuco e em sua origem, Moisés pode, segundo o uso literário da antiguidade, ser considerado seu autor.

Livro do Gênesis

Nome – em hebraico o nome é tirado da primeira palavra do texto “BERASHIT”, “No princípio”. De fato, este é o “Livro das origens”: origem do mundo, pela criação; origem do mal, pelo pecado; origem da cultura, da dispersão dos povos, da pluralidade de línguas. Origem da salvação pela eleição de um homem, que será o pai de um povo, o povo hebraico da Promessa.

Composição – a redação final do livro efetuou-se depois do exílio, por volta do século V a.C., em ambiente sacerdotal judaico (P). É marcante o otimismo do capítulo inicial, no qual o caos se torna cosmos. Se pelo pecado, volta o caos (dilúvio), logo surge uma nova aliança com Noé, aliança, a seguir confirmada na escolha de Abraão.

Gênero histórico do e seu significado – sua concepção de história é dinâmica: um movimento linear de fatos humanos determinados por intervenções divinas e tendendo para um objetivo divinamente concebidos. Os “fatos” só lhe interessam na medida em que ilustram o Plano divino.

Quanto à História dos Patriarcas (Gn 12-50), do ponto de vista da história científica, podemos admitir a existência desses pastores seminômades, esses fatos foram recordados e preservados numa forma popular. Como os outros livros bíblicos, também o Gênesis apresenta um conteúdo cujo significado último sempre fugirá ao historiador que pretenda abstrair dos postulados religiosos da Bíblia.

Quanto à História das Origens (Gn 1-11), os fatos básicos não são incidentes na vida de indivíduos racialmente aparentados, mas eventos de uma ordem cósmica que afetavam o homem universal. Esses fatos da história tornam-se o material literário pelo qual o hagiógrafo descreve o gradual afastamento do homem para longe de Deus.

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