A lenda de Ártemis e Actéon

Filha de Leto e Zeus, irmã de Apolo. Ártemis é uma deusa selvagem, protetora das matas, dos animais e das caças. Também conhecida como uma deusa virgem, que protegia os partos. É representada como uma bela caçadora, de túnica curta e arco e flechas, possui uma crescente de lua na cabeça, evidenciando suas associações lunares. (BELLINGHAM, 2000, p. 34)

Leto estava grávida e sofria uma punição, por ter ofendido uma das divindades que viviam nas montanhas. Não poderia dar a luz em nenhum lugar onde o sol já tivesse tocado, portanto, ficou grávida por muito mais tempo que o esperado. Vagava com sua irmã Asteria em busca de um lugar onde o sol nunca encostara, mas mesmo quando encontraram uma caverna escura, não foi possível completar o parto, pois foram atacadas pela serpente gigante que as perseguia, para garantir que Leto não desse a luz a essas crianças. Quando Leto não conseguia mais mover-se, chegaram a beira da praia e la ficaram lamentando que seriam devoradas vivas, mas quando a serpente chegou para atacá-las, Asteria jogou uma irmã para o mar e transformou-se em uma ilha submersa, onde Leto apoiou – se, somente com a cabeça para fora para poder respirar e então as dores do parto vieram, nas profundezas do mar, onde o sol nunca havia tocado, nasceu Ártemis, que surgiu toda ensanguentada já em sua forma adulta, por ter ficado tanto tempo no ventre de sua mãe. Ártemis cortou seu cordão umbilical e mergulhou para fazer o parto de seu irmão, Apolo.

Asteria projetou-se para a superfície, tornando-se a ilha de Delos, onde Leto criou seus filhos gêmeos, Ártemis, a deusa da Lua e Apolo, o deus do Sol até tornarem-se fortes e então Ártemis partiu para seguir sua própria vida.

Juntou um grupo de jovens e estas passavam os dias caçando nas florestas, com seus arco e flechas e seus magros cães de caça. ( MONAGHAN, 2003, p. 200 )

Segundo Bellingham,

Quando o rei Agamémnon se preparava para dirigir a frota grega para Tróia a fim de recuperar a mulher de seu irmão, Helena, que fora raptada por Páris, vangloriou-se de ser melhor caçador do que Ártemis. Ela puniu-o impedindo os ventos de soprarem as velas dos seus navios até que ele sacrificasse a sua jovem filha Ifigénia. A rapariga foi levada para o altar, mas Ártemis apiedou-se dela e substituiu-a por uma corça, levando-a consigo para a transformar numa das suas sacerdotisas no bárbaro país da Táurida, onde tinha por missão sacrificar todos os visitantes estrangeiros a Ártemis. (2000, p.34)

A lenda de Ártemis e Actéon

Ártemis era conhecida por suas punições cruéis e a mais popular era a de Actéon, que caçava veados. Uma certa noite, Actéon acordou com o latido de seus cães, e a lua cheia iluminando seu quarto. Armado com lanças, abriu as portas do canil e ao partir para a caça, seus cães tomaram um caminho diferente do costume. Foram em direção da luz perolada de Ártemis, deusa da lua. (BELLINGHAM, 2000, p.110) Ao chegar à fonte, seus cães dormiram e Actéon resolveu banhar-se, indo em direção à cascata, um riso o distraiu e ele colocou-se a espreitar, por entre as folhagens. Em um instante, Actéon ficou enfeitiçado ao ver Ártemis nua, a deus nunca antes fora visto nua e sua beleza era incomparável. Ártemis, ao sentir sua