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Antecedentes Da Reforma Religiosa Do século XVI

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Por:   •  17/3/2014  •  3.712 Palavras (15 Páginas)  •  1.540 Visualizações

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1. REFERÊNCIA

DREHER, Martin N. A crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Coleção História da Igreja, v3. Editora Sinodal. São Leopoldo: 1996.

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2. DADOS DO AUTOR

Martin Dreher foi professor de Teologia e pastor em diversas paróquias da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e, atualmente, é professor aposentado do Programa de Pós-Graduação em História da Unisinos. É graduado em Teologia, pela Escola Superior de Teologia – EST (1970), e doutor em Teologia com concentração em História da Igreja, pela Ludwig Maximilians Universitat München - Munique. Tem diversas obras vinculadas à história da Reforma do século XVI, da igreja da América Latina, história da colonização e imigração da América Latina, principalmente germânica. Atuando principalmente nos seguintes temas: teologia histórica, Luteranismo, Protestantismo, Brasil. É organizador, juntamente com os pesquisadores Imgart Grützmann e J. Feldens, do livro A imigração alemã no Rio Grande do Sul. Recortes (São Leopoldo: Oikos, 2008). Entre suas obras, destacamos Populações rio-grandenses e modelos de Igreja (Porto Alegre: EST; São Leopoldo: Sinodal, 1998), História do povo luterano (São Leopoldo: Sinodal, 2005) e A Igreja no mundo medieval (São Leopoldo: Sinodal, 2005).

3. FICHAMENTO

Antecedentes da reforma religiosa no século XVI

DREHER, Martin N. A crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Coleção História da Igreja, v3. Editora Sinodal. São Leopoldo: 1996.

“[...] a Reforma não iniciou com a divulgação das 95 teses de Lutero em 31 de outubro de 1517.” (p. 14).

“[...] a Reforma deve ser vista como um período entre a Idade Média e a Idade Moderna.” (p.14).

“[...] a tensão existente entre Sacerdócio e Império caracteriza a unidade da Igreja no sistema de cristandade medieval. [...] Para assumir a independência da Igreja, o papado buscou enfraquecer o poder do Império. [...] A consequência foi que se inverteu a ponta e, usando os mesmo argumentos dos papas, passou-se a exigir a autonomia do Estado em relação ao poder religioso.” (p.14).

“Após o cisma (1378-1417; 1449) e depois do Concílio de Basiléia, os papas tiveram que buscar reconhecimento junto aos príncipes, imperadores e reis, concedendo ao Estado grandes poderes sobre a Igreja. O resultado foi o surgimento das Igrejas Territoriais [...].” (p. 15).

“[...] Havia muitos bispos que não tinham qualquer interesse em questões espirituais e buscavam solidificar suas posições por meios políticos. Por seu turno, muitos príncipes seculares buscavam fortalecer seu poder, assumindo o controle da Igreja.” (p. 15).

“[...] o príncipe passou a controlar ofertas do povo.” (p. 15).

“[...] a Igreja foi responsável pela formação literária, pelo direito, pela tradição política e pela técnica.” (p. 15).

“O conceito que mais caracteriza a Modernidade é “Liberdade”. [...] Não é por acaso que a senha “Liberdade cristã” foi lema da Reforma, mas também é o motivo que levou muitas pessoas a se afastarem dela.” (p. 16).

“As origens da Reforma e suas raízes mais restritas devem ser procuradas no papado renascentista, nos descalabros existentes no clero e nos abusos em relação ao povo, nas incertezas dogmáticas e na vida religiosa.” (p. 16).

“[...] a eleição de Alexandre VI se deu por simples suborno.” (p. 17).

“Leão X não pode ser acusado de desmandos e de aberrações como Alexandre VI, mas de leviandade e de esbanjamento de recursos em busca de hedonismo. Não há senso de responsabilidade em relação à condução da Igreja.” (p. 18).

“[...] Adriano VI disse: “O vício tornou-se tão natural, que os que por ele foram manchados não sentem mais o fedor do pecado”.” (p. 18).

“[...] Havia regiões em que o vício era tão comum, que os fiéis não mais se chocavam com ele.” (p. 18).

“[...] Quando se criava uma paróquia ou um bispado, o determinante não era a preocupação com o culto e com a cura d’almas, mas o desejo de realizar uma boa obra e obter, com isso, para si e para sua família parte nos tesouros da graça.” (p. 18).

“A partir dessa visão foi possível que algumas pessoas reunissem em suas mãos diversos bispados ou paróquias.” (p. 18).

“[...] A Cúria buscava por todos os meios cobrir os seus gastos. Criou para tanto um sistema de taxas, impostos, doações e penitências. A falta de dinheiro era constante em razão dos gastos com a corte, com construções ou com despesas militares, resultantes das constantes guerras. Tal fiscalismo levou à explosão da Reforma [...].” (p. 18).

“O período anterior à Reforma foi de grande incerteza teológica. As principais controvérsias teológicas pendentes são geralmente resumidas às temáticas da justificação por graça e fé.” (p. 19).

“[...] até hoje a principal diferença entre a Igreja Católica Apostólica Romana e as Igrejas herdeiras da Reforma do século XVI está na eclesiologia.” (p. 19).

“[...] havia os que defendiam uma eclesiologia papalista. [...] o papa, investido de plenitude do poder, significa e é a Igreja.” (p. 19).

“[...] a teoria papal era o cavalo de Tróia, responsável por todos os abusos cometidos na Igreja dos séculos XV e XVI.” (p. 20).

“O segundo tipo de eclesiologia do final da Idade Média é o conciliarismo. [...] o poder pertence ao povo. [...] não há hierarquia de direito divino.” (p. 20).

“[...] A Cristandade é um todo político e social, um corpo dividido em estamentos, dirigido por um braço espiritual e outro secular, com duas cabeças: o papa e o imperador.” (p. 21).

“[...] a descrição que se fazia da Igreja insere-se em uma teoria de decadência e degeneração.” (p. 21).

“[...] havia uma eclesiologia espiritualista. Joaquim de Fiore (1130-1202) predissera que, após a era do Filho, viria a era do Espírito.” (p. 21).

“Martim Luder (ou Luther) nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, e foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome do santo do dia. O sobrenome só foi alterado quando da descoberta da justificação por graça e fé.”

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