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Reformas Religiosas

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Por:   •  28/4/2014  •  3.451 Palavras (14 Páginas)  •  464 Visualizações

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Reformas Religiosas

Este trabalho destina-se a explicar o que foi a Reforma da Igreja, relatar os principais fatos sobre essas Reformas, seus principais colaboradores e quando ocorreram. As Reformas foram movimentos religiosos, que ocasionou a revolução da Igreja, tem seu início datado no século XVI, mas as explicações para estas revoluções já existiam há séculos.

Antecedentes da Reforma

Desde o renascimento do Sacro Império Romano por Otão I em 962, os Papas e os Imperadores envolveram-se numa contínua luta pela supremacia. Este conflito resultou geralmente em vitórias para o partido papal, mas criou um amargo antagonismo entre Roma e o Império Germânico, o qual aumentou com o desenvolvimento de um sentimento nacionalista na Alemanha durante os séculos XIV e XV.

No século XIV, o reformador inglês John Wycliff distinguiu-se por traduzir a Bíblia, contestar a autoridade pontifícia e censurar o culto dos santos das relíquias.

O Cisma do Ocidente (1378-1417) fragilizou gravemente a autoridade pontifícia e tornou premente a necessidade de reformar a Igreja. O Renascimento e a invenção da imprensa reacenderam as críticas à Igreja: a corrupção e hipocrisia do clero em geral e, em particular, a ignorância e superstição das ordens mendicantes; a ambição dos Papas, cujo poder temporal originava divisões entre os crentes; e a teologia das escolas responsável pela deturpação e desumanização da mensagem cristã.

A execução, em 1415, de Hus na fogueira acusado de heresia levou diretamente às guerras hussitas, uma violenta expressão do nacionalismo boêmio, suprimido com dificuldade pelas forças aliadas do Sacro Império Romano e do Papa. Estas guerras foram precursoras da guerra civil religiosa na Alemanha na época de Lutero.

Essas críticas foram feitas por alguns dos humanistas que procuraram conciliar o movimento humanista com a mensagem das Escrituras, criticando algumas práticas da Igreja.

Estas críticas serviram de base a Martinho Lutero e João Calvino para clamarem pela Bíblia, mais do que a Igreja como fonte de toda a autoridade religiosa.

Os Movimentos Nacionais

A Reforma Protestante começou na Alemanha quando Lutero publicou as "95 Teses", transformando a teoria e a prática das indulgências.

A Alemanha e a Reforma Luterana

Lutero partilhava a necessidade de uma religião interior, baseada na comunhão da alma, humilde e receptiva, com Deus. Com uma interpretação muito pessoal, Lutero defendeu que o homem, apenas pelas suas obras, é incapaz de se santificar e que é pelo ato de crer, ou seja, pela Fé, que se chega à santificação. Só a Fé torna o homem justo, não sendo as boas obras suficientes para apagar os pecados e garantir a salvação.

A excomunhão pelo papa de Martinho Lutero quebrou a unidade da Igreja ocidental e iniciou um período de guerras que opuseram o Imperador Carlos V e alguns príncipes da Alemanha. A condenação de Lutero na Dieta de Worms e o seu desterro dividiu a Alemanha numa fronteira econômica e religiosa. De um lado, aqueles que desejavam preservar a ordem tradicional, incluindo o imperador e o alto clero, suportados pela Igreja Católica Romana. Do outro, os apoiantes do Luteranismo – os príncipes do Norte da Alemanha, o baixo clero, os grupos burgueses e largas camadas de camponeses – que acolheram a mudança como uma oportunidade para aumentarem a sua autoridade nas esferas religiosa e econômica, apropriando-se dos bens da Igreja.

Os intermitentes períodos de guerra civil religiosa terminaram com a Paz de Augsburgo. Este tratado decidiu que cada um dos governadores dos Estados alemães, que formavam cerca de 300 estados, optaria entre o Catolicismo Romano e o Luteranismo e subordinou a opção religiosa à autoridade do príncipe. O Luteranismo, perfilhado por metade da população alemã, receberia finalmente o reconhecimento oficial, mas a antiga unidade religiosa da comunidade cristã da Europa ocidental sob a suprema autoridade pontifícia foi destruída.

A Suíça

O movimento reformista na Suíça, contemporâneo da Reforma na Alemanha, foi conduzido pelo pastor suíço Ulrico Zwínglio, que, em 1518, ficou conhecido pela sua vigorosa denúncia à venda das indulgências. Ele considerava a Bíblia a única fonte da autoridade moral e procurou eliminar tudo o que existia no sistema do Catolicismo Romano que não derivasse especificamente das Escrituras.

Este movimento alastrou-se por todo o território suíço, originando um conflito entre 1529-1531. A paz permitiu a escolha religiosa de cada pessoa. O Catolicismo Romano prevaleceu nas províncias montanhosas do país e o Protestantismo implantou-se nas grandes cidades e nos férteis vales.

Após a geração de Lutero e de Zwínglio, a figura dominante da Reforma foi Calvino, um teólogo protestante francês, que fugiu da perseguição de França e que se instalou na nova república independente de Genebra, em 1536. Apesar da Igreja e do Estado estarem oficialmente separados, cooperavam tão estreitamente que Genebra era virtualmente uma teocracia. Para reforçar a disciplina moral, Calvino instituiu uma rígida inspeção à conduta familiar e organizou um consistório, composto por pastores e leigos, com um grande poder compulsivo sobre as comunidades. O vestuário e o comportamento pessoal dos cidadãos era prescrito ao mínimo pormenor: dançar, jogar cartas, dados e outros divertimentos eram proibidos e a blasfêmia e a linguagem imprópria severamente punida. Debaixo deste regime severo, os inconformistas eram perseguidos e, por vezes, condenados à morte.

Os cidadãos tinham pelo menos uma educação elementar. Em 1559, Calvino fundou a Universidade de Genebra, famosa pela formação de pastores e professores. Mais do que qualquer outro reformista Calvino organizou o pensamento Protestante num claro e lógico sistema. A difusão das suas obras, a sua influência como educador e a sua grande habilidade de organizador da Igreja e do Estado reformistas criaram um movimento de adeptos internacionais e deram às Igrejas Reformistas, de acordo com o termo como as Igrejas Protestantes eram conhecidas na Suíça, França e Escócia, um cunho inteiramente calvinista, quer na religião quer na organização. Para encorajar a leitura e o entendimento da Bíblia.

A França

A Reforma na França começou no início do século XVI através de alguns grupos de místicos e humanistas que se juntaram em Meaux, perto de Paris, sob a liderança de Lefèvre d’Étaples. Tal como Lutero, d’Étaples

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