REFORMA RELIGIOSA
Monografias: REFORMA RELIGIOSA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Franclin • 23/7/2014 • 1.430 Palavras (6 Páginas) • 455 Visualizações
CONCEITO HISTORICO
A Reforma Protestante consistiu num movimento religioso de renovação da Igreja, iniciado no séc. XVI por Martinho Lutero, monge alemão pertencente à Ordem dos Frades Agostinhos e que conduziu à cisão da Igreja Cristã ocidental que passou a estar dividida em Igreja Católica Romana, por um lado, e em várias igrejas reformadas ou protestantes (Igreja Luterana, Igreja Calvinista e Igreja Anglicana), por outro.
Foram várias as razões que propiciaram a Reforma Protestante, destacando-se as seguintes:
• A acção dos Humanistas que criticavam as alterações à primitiva doutrina de Cristo e o contraste entre o luxo e a riqueza da Igreja da época quando comparados com a humildade dos primeiros cristãos.
• A não aceitação pela Igreja de alguns avanços científicos que colocavam em causa algumas crenças antigas de que é exemplo a condenação de Galileu por defender o sistema heliocêntrico.
• Os abusos do Clero e a quebra do prestígio e da autoridade do Papa e de outros responsáveis eclesiásticos, muitas vezes mais preocupados com questões mundanas do que com questões religiosas.
• Os abusos da Igreja na exploração das crenças religiosas cujo melhor exemplo é a Bula das Indulgências, publicada pelo Papa Leão X em 1517, que decretava o perdão dos pecados a todos os cristãos que dessem esmola para a construção da Basílica de S. Pedro em Roma.
PRINCIPAIS CAUSAS
1.1. FATOR RELIGIOSO:
As causas originais do pensamento reformista são apontadas como os motivos primários que resultaram no “Fator Religioso”. Podemos citar três motivos: A corrupção do clero; a ignorância do clero e o aumento dos estudos religiosos.
1.1.1. Corrupção do clero:
Informações indispensáveis quanto à corrupção do clero Romano podem ser vista pela abordagem deste estudioso,
O papa reinante, Leão X, em razão da necessidade de avultadas somas para terminar as obras do templo de S. Pedro em Roma, permitiu que um seu enviado, João Tetzel, percorresse a Alemanha vendendo bulas, assinadas pelo papa, as quais, dizia, possuíam a virtude de conceder perdão de todos os pecados, não só aos possuidores da bula, mas também aos amigos, mortos ou vivos, em cujo nome fossem as bulas compradas, sem necessidade de confissão, nem absolvição pelo sacerdote. Tetzel fazia esta afirmação ao povo: “Tão depressa o vosso dinheiro caia no cofre, a alma de vossos amigos subira do purgatório ao céu”. “Lutero, por sua vez, começou a pregar contra Tetzel e sua campanha de venda de indulgências, denunciando como falso esse ensino”. (JESSE LYMAN, 1979, p. 141).
1.1.2. Ignorância do clero:
A maioria do clero Romano demonstrava absoluta falta de preparo para funções ora religiosas. A ignorância e o mau comportamento do clero representavam sério problema, pois a Igreja dizia que os sacerdotes eram os intermediários entre os homens e Deus. Ora, se esses intermediários se mostravam ignorantes e incompetentes, era preciso buscar novos caminhos para o encontro com Deus.
1.1.3. Aumento dos estudos religiosos
Segundo Jessé Lyman (1979, p. 140), “A imprensa possibilitou o uso comum das Escrituras, e incentivou a tradução e a circulação da Bíblia em todos os idiomas da Europa”. A divulgação dos textos sagrados segundo este mesmo historiador contribuía para influenciar as pessoas a entenderem as condições reais do papado, pois as pessoas que liam a Bíblia, protestante se convenciam de que a Igreja papal estava muito distanciada do ideal do Novo Testamento (JESSE LYMAN, 1979, p. 140).
1.2. FATOR SOCIOECONÔMICO:
As mudanças na estrutura social aumentaram a decepção das pessoas com a Igreja Romana (CAIRNS, 2008, p. 255). A concepção teológica da Igreja, desenvolvida durante o Período Medieval, estava adaptada ao sistema feudal, que se baseava na economia fechada e na auto suficiência dos feudos, Por isso, a teologia tradicional católica condenava a obtenção do lucro excessivo, da usura, nas operações de comércio, defendendo a prática do preço justo. Segundo Cairns (2008, p. 255), “O surgimento das Cidades e de uma prospera classe media urbana criou um espírito novo de individualismo”. Com a economia da renda obtida os homens foram se libertando aos poucos da escravidão do solo, que era ate então sua principal fonte de alimentação e sustento.
Para Cairns este historiador, ele faz um intróito a esta abordagem, mas acrescentando um pouco mais de idéias a este Fator Político.
1.3. FATOR POLITICO:
O fator político pode ser considerado uma das causas indiretas importantes para a eclosão da Reforma. As novas nações estados centralizadas no noroeste Europeu se opunham a noção de uma Igreja Universal que reivindicava jurisdição sobre a nação estado e seu poderoso governante. O ideal universal colidia com a consciência nacional emergente das classes desses novos estados.
Praticas da igreja católica
No início do século XVI, a Igreja Católica praticava algumas ações abusivas e que tinham como intuito satisfazer o interesse de alguns clérigos. Uma das práticas inadequadas praticadas por tais católicos era a venda de indulgências. As indulgências são as formas propostas pelos religiosos para que os fiéis paguem seus pecados através de penitências, mas o que vinha acontecendo era a venda de bênçãos. Os fiéis eram levados a pagar em valores financeiros para ter seus pecados supostamente perdoados
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