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Cristianismo Ocidental e Oriental até sua Rupturas

Por:   •  16/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.208 Palavras (5 Páginas)  •  951 Visualizações

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Cristianismo Ocidental e Oriental até sua ruptura

O presente trabalho possui como por propósito buscar A partir da leitura das aulas "A Igreja Católica na Europa Medieval Ocidental" e "O Império Bizantino. Teocracia e fundamentos religiosos do poder Imperial" Analisar os motivos que levaram ao distanciamento das igrejas de Roma e Constantinopla até a separação ocorrida em 1054, para isso destacaremos as questões relativas aos modelos de poder, divergências teológicas e diferenças culturais entre o ocidente cristão e o império Bizantino.

O cristianismo pregava ao mundo greco-romano uma visão de mundo pacifista e agregadora, muito diferentemente de outras religiões que se utilizavam da força para transmitir suas cosmovisões, fez com que se propagasse rapidamente o cristianismo nas esferas sociais no mundo helênico e romano. “O cristianismo foi eficiente em tornar sua mensagem religiosa e sua cosmovisão compreensíveis para ouvintes não-judeus ou familiares a outras culturas religiosas” (pág.197)

Com o crescimento notável do cristianismo o imperador Constantino (312-337), decretou que em 312 a liberdade aos cristão da prática religiosa. Tornando assim o império romano neutro as manifestações religiosas. Já em 380, o cristianismo passa a se tornar a religião oficial do império. “Desenvolveu-se nesse período a liturgia dos sacramentos, as formas de piedade, o culto dos mártires, as peregrinações, a cristianização dos costumes, o desenvolvimento das instituições de caridade e a organização institucional da Igreja Cristã” (pág200)

Assim a igreja católica passa a possuir duas principais sedes uma localiza em Roma no ocidente e a outra em Constantinopla no oriente. Em um acordo entre as duas partes se estabeleceu Roma a capital do império. Entretanto devido as influencias multiculturais sofridas tanto no ocidente e no oriente acabaram de gerar grandes conflitos entre elas. “De fato, ao reunir e harmonizar componentes de várias crenças da época, a religião cristã tornava-se mais facilmente assimilável, porém passível de interpretações discordantes do pensamento oficial do clero cristão.” (pág. 201)

Esses conflitos geraram grandes divergências. Observamos que do ponto de vista ocidental, o poder papal (o papa) era a personificação do poder de Cristo. “Em razão disso que o bispo de Roma se sobrepôs a seus pares, passando a usar, a partir de fins do século IV, o título de papa, quer dizer, pai de todos os cristãos” (pág203). Porém! Do lado oriental a igreja e o estado eram um só corpo. Cabendo ao imperador tanto poderes seculares sendo chamado de cesaropapismo. “Uma forma de governo onde se mantém a antiga glória do trono romano (César) aliada às responsabilidades de uma liderança religiosa cristã (“Papa”).” (pág50)

O poder do imperador Bizantino eram tanto temporais e espirituais e seu poder provinha diretamente da Santíssima Trindade, dando a ele a legitimidade necessária para se utilizar da teoria da subordinacionismo. Teoria na qual, “pregava a relativa submissão da Igreja às imagens de unidade, auto respeito e intencionalidade divina, comumente associadas aos imperadores.” (pág50), Se declarando o basileus ou seja chefe supremo da igreja bizantina.

“Os patriarcas de Constantinopla haverão de desempenhar um papel de submissão quase constante aos ditames políticos do basileus: o cesaropapismo constitui assim uma realidade político-religiosa permanente. Igreja e Estado constituíram em Bizâncio um só organismo social, indivisível, sob pena de ser destruído” (...) (MITRE, 1980, p.125-126. Livre tradução do espanhol pela Prof. Dra. Renata Rozental Sancovsky) (pág 51)

Encontra partida o papa de Roma com o fortalecimento da igreja ocidental, já no século V, era a segunda maior proprietária de terras. Com seus pilares fortalecidos numa sociedade a onde o controle das terras era sinônimo de riqueza e poder. E no início do X e XI com a consolidação do seu patrimônio vasto cria-se a Teocracia Pontífica. “A teocracia pontifícia significou a primeira grande reforma da Igreja em prol de sua organização institucional, do estabelecimento de suas hierarquias de poder, da definição de suas instâncias administrativas e da supremacia do papa frente aos demais membros eclesiásticos e frente aos patriarcas bizantinos da Igreja Oriental” (pág 212)

Podemos notar claramente a luta da Igreja Romana na busca pela dominação tanto espiritual quanto no temporal e esse poder caberia ao Papa e não ao Imperador. Uma visão bem diferente do Oriente. “Assim, a ação externa do papa passa a considerar também sua posição de autoridade superior legitimada por Deus, como monarca frente a imperadores e reis. Sua condição superior decorria da representação da autoridade divina na Terra, ou seja, sua condição de vigário de Cristo” (pág214)

Os conflitos ideológicos só cresceram e seu foco eram nas interpretações das sagradas escrituras. E devido a essas divergências sobre as interpretações e na sua maioria das vezes

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