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Deus - Visão Espirita

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Por:   •  15/4/2014  •  7.615 Palavras (31 Páginas)  •  324 Visualizações

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DEUS

(do livro “Que é Deus” de Eliseu F. da Mota Júnior)

Na realidade, pouco sabemos sobre a Natureza divina. Ele não é o Varouna dos árias, o Elim dos egípcios, o Tien dos chineses, o Ahoura-Mazda dos persas, o Brama ou Buda dos indianos, o Jeová dos hebreus, o Zêus dos gregos, o Júpiter dos latinos, nem o que os pintores da Idade Média entronizaram na cúspide dos céus.

Ciência, Religião e Filosofia

Enquanto ficarem, a Ciência presa na cadeia materialista, a Religião enclausurada na masmorra dogmática e a Filosofia atada à corrente do ateísmo, teremos cientista incrédulos, religiosos fanáticos e filósofos alienados.

• Albert Einstein – “A Ciência sem a Religião é manca, e a Religião sem a Ciência é cega”.

O que é Deus?

• Santo Agostinho – “Quando me perguntam que é Deus, eu não sei. Mas, se não me perguntam eu sei!”

Devemos tentar encontrar Deus não lá nas alturas inatingíveis, mas dentro de cada um de nós.

A Origem do Universo

• A partir de 1914 os cientistas passaram a conviver com a idéia de um Universo em expansão, porque naquele ano foi anunciado que alguns objetos celestes viajavam no espaço a uma velocidade alucinante.

• Mas na razão direta do crescimento das conquistas tecnológicas houve o decréscimo da crença em Deus na comunidade científica, porque admitir a “hipótese teológica” (apelido que alguns cientistas deram para Deus) seria decretar o fim da astrofísica.

• Analisando a evolução e a decomposição da luz das estrelas, os cientistas afirmam que as mais antigas têm 12 a 15 bilhões de anos, enquanto que as partículas mais envelhecidas têm de 10 a 15 bilhões de anos, o que sugere um princípio para o Universo há cerca de 20 bilhões de anos, no máximo.

• Em 1929, Edwin Powel Hubble, publicou o resultado de sua pesquisa dizendo que nem mesmo o tamanho de uma galáxia é causal, ma diretamente proporcional à distância que ela está da Terra. Quanto mais distante a galáxia, mais rápido será o seu deslocamento, de onde se conclui que o Universo não pode ser estático, estando em expansão contínua.

• A teoria do “Big Bang” foi então construída pela análise conjunta e lógica dessas três observações científicas: a idade das estrelas e da matéria, o movimento de fuga das galáxias e a radiação cósmica de fundo. Algo como se estivéssemos fora do Universo e, usando um controle remoto imaginário, rebobinássemos o filme cósmico, regredindo a estrutura atual do Universo até o seu nascimento.

• Chegou-se à conclusão que em milionésimos de segundos após a grande explosão, as galáxias todas, suas estrelas, planetas, mares, satélites e tudo o mais que surgiria depois, tudo isso está represado em um óvulo energético, cientificamente chamado de “singularidade”, bilhões e bilhões de vezes menor que o núcleo de um átomo.

• Admitindo-se que a criação teria realmente ocorrido como postula a teoria do “Big Bang”, cumpre agora investigar qual teria sido a causa eficiente da explosão ou expansão súbita do óvulo energético primordial e o que existia antes dele.

• Aplicando então a física quântica ao surgimento do Universo, na chamada “teoria quântica relativista de campos”, ou simplesmente “eletrodinâmica quântica”, afirma-se que a realidade fundamental, sobre a qual repousa a totalidade dos fenômenos materiais, não é do tipo granular nem do tipo corpuscular, como se pensava, mas, ao contrário, do tipo imaterial. Em suma, a realidade é assimilável a um conjunto de campos em constantes interações. Nessa perspectiva, o “fundo” sobre o qual repousa a matéria visível não seria senão a interpenetração, a superposição, a trama de campos físicos de Natureza diferenciada. Esses próprios campos físicos não têm substância material, mas apenas vibratória, se assim podemos dizer. Na origem, imediatamente antes do “Big Bang”, existia o que provavelmente se poderia chamar de “campo quântico inicial”, onde a noção de materialidade não tem sentido, na media em que não existia traço algum do que seja material.

• Injetando-se energia de maneira suficiente, se bem que fabulosamente intensa, em um determinado ponto do espaço-tempo, pode-se toricamente provocar o aparecimento de partículas. A suposição daí decorrente é a de que este fenômeno foi produzido espontaneamente na origem, como resultado de uma transferência de energia extremamente elevada no instante primordial, que permitiu a criação súbita do átomo primitivo. Uma transferência de energia de uma potência inimaginável, tal como nenhuma palavra poderia qualificá-la. E isto num contexto onde o espaço e o tempo ainda não têm existência física.

• Outra questão fundamental é que, a partir desta “grande explosão ou expansão” inicial, os estilhaços lançados em todas as direções poderiam Ter sido caóticos, desordenados; não obstante, o que intriga a Ciência é que os componentes desse Universo nascente obedecem a uma ordem rigorosa desde a fase inicial, a tal ponto que, conforme afirmam alguns físicos, tudo se passa como se o homem tivesse nascido em um Universo feito para ele, intencionalmente construído na sua medida, como se prepara o quarto da criança que vai nascer.

• De acordo com os dados obtidos a partir das fotografias atuais oriundas do Hubble, para que a teoria do “Big Bang” seja sustentada, é indispensável a localização de sinais da existência de nada menos do que 90% de toda a massa do Universo, que os cientistas pensavam que estavam certos de existir mas que o Hubble, além de não encontrar essa enorme matéria cósmica, ainda fulminou a remota possibilidade de que ela fosse encontrada nas estrelas denominadas “anãs vermelhas”, porque os cálculos feitos com base nas medições do telescópio revelam que o número desse tipo de estrelas é desprezível e insuficiente para conter aquela massa universal “invisível”.

• Albert Einstein, para fechar a sua famosa teoria da relatividade, viu-se obrigado a introduzir a controvertida constante cosmológica, a qual seria uma força cósmica que atravessa uniformemente o Universo, conferindo-lhe harmonia, tornando-o simultaneamente eterno e de fácil compreensão. Ela facilita de tal forma os estudos cósmicos que alguns cientistas disseram, em última análise, que ela seria nada mais nada menos do que o próprio Deus.

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