Evangelismo como Mensagem da Cruz
Por: leandro4gl • 2/4/2016 • Trabalho acadêmico • 7.043 Palavras (29 Páginas) • 523 Visualizações
LEANDRO DE OLIVEIRA
EVANGELISMO COMO MENSAGEM DA CRUZ
RIBEIRÃO PIRES – 2012
LEANDRO DE OLIVEIRA[pic 1]
GRUPOS EM CÉLULAS[pic 2]
RIBEIRÃO PIRES
03 - 2012
TÍTULO: EVANGELISMO COMO MENSAGEM DA CRUZ.[pic 3]
AUTOR: LEANDRO DE OLIVEIRA
APROVADO EM: ______________.
EXAMINADORES:
_______________________________________________________________
Professor: Cícero Sérgio dos Santos Souza
A CADEIRA DE EVANGELISMO E DISCIPULADO DO SEMINÁRIO EVANGÉLICO AVIVAMENTO BÍBLICO
SUMÁRIO[pic 4]
INTRODUÇÃO
I. A Cruz
1.1 A Cruz como Instrumento de Morte e Maldição
1.2 Símbolo da Cruz
1.3 Jesus e a Cruz
1.4 Os Apóstolos e a Cruz
1.5 Deus e a Cruz (As Profecias)
II. A Morte de Cristo
2.1 Satisfação.
2.2 Substituição
III. Resultado da Cruz
3.1 Propiciação: No Templo
3.2 Redenção: No Mercado
3.3 Justificação: No Tribunal
3.4 Reconciliação: Na Família
Conclusão
Bibliografia
INTRODUÇÃO[pic 5]
Evangelismo ou Evangelização é a pregação do Evangelho Cristão (a mensagem cristã) e, por extensão, qualquer forma de pregação e proselitismo, com fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de hábitos, crenças e valores.[1]
A definição acima nos dá um norte ao que vamos ver neste trabalho, onde o evangelho que iremos explorar é aquele conhecido como Mensagem da Cruz que mantem a centralidade de todo o evangelho na crucificação do Salvador Jesus Cristo conforme nos conta John Stott em seu livro A Cruz de Cristo:
Desde a infância de Jesus, deveras desde o seu nascimento, a cruz lança uma sombra no seu futuro. Sua morte se encontrava no centro da sua missão. E a igreja sempre reconheceu essa realidade.[2]
A Cruz[pic 6]
A Cruz em si pode ter vários significados, é preciso entender algumas coisas sobre a cruz para poder entender seu verdadeiro significado dentro do evangelho.
1.1 A Cruz como Instrumento de Morte e Maldição
A Cruz como a vemos hoje é muito diferente daquela cruz que o povo via na época de Jesus, quem nos dá uma excelente ideia disso é o Pastor Marcio Valadão em seu livro A Mensagem da Cruz.
Se uma pessoa que viveu na época do Império Romano ressuscitasse hoje e andasse pelas ruas, creio que muitas coisas iriam impressioná-la. Com certeza ficaria impressionada com os carros, aviões, prédios, com a tecnologia, com o avanço da ciência, mas certamente haveria algo que a deixaria estupefata: a cruz. Ela acharia muito estranho algumas pessoas terem um colar e nesse colar, um pingente em forma de cruz. Ficaria admirada ao ver alguns prédios no qual em seu topo houvesse a cruz, se admiraria com o hábito de algumas pessoas fazerem o sinal da cruz. Isso porque, há dois mil anos, a cruz era o símbolo maior de vilipêndio, de desgraça, de escárnio e de medo.
A cruz era apenas um símbolo e um instrumento de execução. Normalmente, eram crucificados os escravos, os piores criminosos. E o momento da crucificação era marcado pelas maiores humilhações, uma delas era o fato de o condenado ser crucificado nu, com o corpo à exposição dos olhares e à disposição das mãos sanguinárias. O chicote que era usado na época trazia nas pontas peças de ferros, tornando o espancamento ainda mais cruel, com isso muitos condenados morriam no flagelo, antes mesmo de serem levados à cruz.
Alguns eram pregados na cruz, outros eram amarrados a ela. Era uma morte silenciosa, demorada, doída. Devido a isso, e a muito mais, certamente a última imagem de decoração que um romano teria seria a da cruz. Como se alguém, hoje, condenado à cadeira elétrica pudesse andar com uma “cadeirinha” elétrica pendurada ao pescoço. Na mente de um romano que ressuscitasse hoje, se isso fosse possível, creio que, o que mais o deixaria admirado em ver, seria o uso da cruz dessa forma.[3]
Para os judeus havia um agravante, pois julgavam estar sob a maldição de Deus:
Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança. [4]
1.2 Símbolo da Cruz
Conforme o povo foi se reunindo uma religião foi se formando e para tanto, foi necessário um símbolo que os representasse. John Stott nos conta com detalhes de como isso aconteceu.
O Cristianismo, portanto, não é exceção quanto a possuir um símbolo visual. Todavia, a cruz não foi o primeiro. Por causa das selvagens acusações dirigidas contra os cristãos, e da perseguição a que estes foram submetidos, eles tiveram de ser muito circunspectos e evitar ostentar sua religião. Assim a cruz, agora símbolo universal do Cristianismo, a princípio foi evitada, não somente por causa da sua associação direta com Cristo, mas também em virtude de sua associação vergonhosa com a execução de um criminoso comum. De modo que nas paredes e tetos das catacumbas (sepulcros subterrâneos na periferia de Roma, onde os cristãos perseguidos provavelmente se esconderam), os primeiros motivos cristãos parecem ter sido ou pinturas evasivas de um pavão (que se dizia simbolizar a imortalidade), uma pomba, o louro dos atletas ou, em particular, de um peixe. Somente os iniciados saberiam, e ninguém mais poderia adivinhar que ichthys ("peixe") era o acrônimo de Iesus Christos Theou Huios Soter ("Jesus Cristo Filho de Deus Salvador"). Mas o peixe não permaneceu como símbolo cristão, sem dúvida porque a associação entre Jesus e o peixe era meramente acronímica (uma disposição fortuita de letras) e não possuía nenhuma importância visual.[5]
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