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Fundamentos Da Educação Cristã E Metodologia Da Pesquisa

Por:   •  5/7/2023  •  Resenha  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  136 Visualizações

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BETEL

FILOSOFIA, FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ E METODOLOGIA DA PESQUISA

LETÍCIA DESIDÉRIO DOS SANTOS

Inteligência Humilhada

(RESENHA)

RIO DE JANEIRO

2022

LETÍCIA DESIDÉRIO DOS SANTOS

Inteligência Humilhada

(RESENHA)

 

Trabalho apresentado à disciplina de Filosofia, Fundamentos da Educação Cristã e Metodologia da Pesquisa, como critério parcial para aprovação no Módulo I do curso de Teologia.

Docente: Prof. Jefferson Santos.

RIO DE JANEIRO

2022

RESENHA: MADUREIRA, Jonas. Inteligência Humilhada. São Paulo: Vida Nova, 2017. p. 26-68.

        Jonas Madureira é um pastor, teólogo, filósofo e professor. Possui doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo e Universidade da Colônia, na Alemanha. Ele pastoreia a Igreja Batista da Palavra em São Paulo e é autor de diversos livros.

        A obra resenhada trata-se do primeiro capítulo do livro Inteligência Humilhada, o qual traz o ponto de partida para a construção do conceito que vem como título da obra. O capítulo tem como tema “A teologia diante de Deus” e é dividida em sete partes, as quais serão destrinchadas aqui.  

        Na primeira parte, o autor conceitua fideísmo e racionalismo, para compor o que viria a ser uma inteligência humilhada. Ele contrapõe esses conceitos para nos levar a reflexão de que fé e razão podem estar juntas, mesmo sendo extremamente radicais, no que se refere à vida com Deus e o estudo sobre Ele (a teologia em si). Madureira segue afirmando que a inteligência humilhada é “a fé que não tem medo de pensar”, mas ao mesmo tempo é a consciência da humilhação da razão, nos fazendo reconhecer o papel da fé. O autor explana, de maneira muito clara e direta, que o equilíbrio é fundamental e acrescenta dois fatores, que a meu ver são importantíssimos: a gratidão e a vida de oração. Para um teólogo ser piedoso, ele precisa ser grato e para ele ser inteligente de fato, ele precisa orar. Devemos ser gratos pela revelação de Deus a nós e nossa “inteligência” deve se render ao Senhor em qualquer circunstância.

        Caminhando para a segunda parte, Madureira explica que o conceito de inteligência humilhada não surgiu nesta obra, mas que muitos pensadores já refletiram sobre a limitação da inteligência humana. Ele menciona cinco pensadores que o influenciaram, sendo Agostinho de Hipona o mais importante para ele. E aqui é tratada a “teologia em segunda pessoa”, que nos ensina que não devemos fazer teologia para as pessoas, que acaba sendo o que costumamos fazer em nossas ministrações, pregações e explanações de evangelho, infelizmente. A revelação de Deus é direcionada a nós e a teologia deve ser a nossa resposta a essa revelação, pautada em uma atmosfera de devoção, piedade e amor. Temos um desafio pela frente, como cristãos!

         Na terceira parte deste capítulo, o autor nos mostra um pouco mais da obra de Agostinho, utilizada como base para boa parte de sua argumentação, sob a perspectiva do nosso “eu pecador”, que necessita adquirir o rumo reconhecimento da fraqueza e não de ocultar os deslizes cometidos; nesse ponto senti-me muito confrontada pois ela elucida com muita sinceridade sobre como nós preferimos a glória em detrimento da demonstração de fraqueza e rendição a Deus, nos levando assim a entender que precisamos nos voltar a Ele, buscando conhece-lo, afinal Ele nos conhece mais do que nós mesmos e muito mais profundamente.

        Esse conhecimento sobre Deus é fruto do desejo do nosso relacionamento íntimo com Ele. Entretanto, precisamos nos lembrar que nossa dependência intelectual precisa estar concentrada nas Escrituras, assim explanada pelo autor ao mencionar a obra de Agostinho. Aqui é importante reforçar que o conhecimento pleno se dará na Eternidade, quando vermos a Deus face a face. Até lá o nosso conhecimento sobre Deus sempre será por mediadores, os chamados espelhos que Madureira aponta. Pode-se concluir o quanto nossa inteligência é humilhada, pois até para conhecermos a nós mesmos, precisamos de Deus, o maior conhecedor de tudo e todos.

        Na quarta parte, Madureira afirma que não compreendemos verdadeiramente a humildade pois, sem a devida cautela, uma atitude humilde pode se tornar arrogante, principalmente na esfera da exclusividade religiosa no que se refere à visão sobre Deus, a qual os homens “se revestem de ares de humildade” para defenderem a fé. Aqui podemos falar sobre a cosmovisão. Não sabemos a verdade completa, temos influências por todos os lados, visões diferentes e múltiplas perspectivas (sendo válidas ou não), as quais precisamos considerar quando formulamos nossos argumentos.

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