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GRANDES PROJETOS

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Por:   •  27/2/2015  •  Tese  •  1.821 Palavras (8 Páginas)  •  254 Visualizações

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Ray Kroc nasceu em 05 de outubro de 1902, em Chicago, Illinois (foto ao lado). Como muitos empreendedores, Kroc começou a trabalhar cedo.

Ainda na escola primária, o candidato a rei do fast-food montou uma banca de limonada na frente de casa.

Jovem, ambicioso e disposto a trabalhar por longas horas, Kroc tornou-se rapidamente um dos principais vendedores de uma empresa de copos, mas não era suficiente para ele.

Conheceu Earl Prince, o inventor da máquina de milk-shake, a Multimixer.

Fascinado pela velocidade e eficiência da máquina, aos 37 anos, Ray Kroc deixou o emprego e obteve os direitos exclusivos de comercialização do produto.

Com isso, ele passou anos circulando pelo país vendendo a máquina de shake aos proprietários de restaurantes.

Em 1954, intrigado pelo volume de pedidos que recebera de uma lanchonete em São Bernardino, no estado da Califórnia, Ray resolveu visitá-la. O restaurante, onde os irmãos Maurice e Richard McDonald serviam refeições rápidas, vivia lotado.

Na mesma hora em que viu o lugar, Ray começou a imaginar uma rede de lanchonetes identificada por arcos dourados.

Os irmãos estavam insatisfeitos com o negócio, pois tiravam pouco dinheiro e tinham obtido baixo resultado em duas experiências com franquias. Após tanta insistência, Kroc conseguiu um acordo.

Eles concordaram com a ideia dos clientes fazerem as encomendas e receber as refeições em menos de um minuto e deram a ele os direitos de exclusividade para vender o método McDonald’s.

Ray abriu a própria loja, em abril de 1955, no subúrbio de Chicago, fazendo do restaurante uma vitrine para a venda de franquias em todo o país, com a eficiência no atendimento e limpeza do local.

Rapidamente, ele vendeu 18 franquias, montou a Realty Corporation, em 1956, e já poderia comprar terras, a fim de ajudá-lo a gerar lucros para a empresa dele.

Em 1960 havia mais de 200 McDonald’s em todo território americano e, cinco anos depois, esse número já subiria para 700, tornando-se a primeira empresa no ramo de fast-food, e Kroc um multimilionário.

Na década de 1970, o McDonald’s era o maior fornecedor de alimentos no país e assim continuará a ser por décadas.

Alexandre tadeu

Quando eu era criança, minha mãe vendia cosméticos, lingeries e utensílios domésticos em São Paulo. Ela comprava roupa íntima diretamente das fábricas e montava os próprios catálogos. Deu tão certo que foi preciso contratar outras revendedoras, que mostravam os catálogos de porta em porta, com fotos de modelos e até das minhas primas de lingerie. Eu era o garoto Tupperware, que atirava copos com água para cima para provar que não vazavam mesmo.

Em 1984, minha mãe criou a marca Cacau Show e montou um catálogo de bombons recheados com licor e chocolates em formato de carrinhos e jacarés. Eu era responsável por receber os pedidos das revendedoras, fazer encomendas no fabricante e embalar tudo. Uma vez, os pedidos foram tantos que o fornecedor não deu conta. Minha mãe não conseguiu honrar o compromisso com os clientes. Ela ficou muito chateada e abandonou os chocolates.

Quando completei 17 anos, retomei por conta própria os negócios com a Cacau Show. Fazia três anos que minha mãe tinha desistido da marca. Chamei algumas antigas revendedoras e reativei o modelo porta a porta. Foi então que vendi 2 000 ovos, daqueles pequenos. Eu não sabia que meu fornecedor não fazia ovos daquele tamanho e, a apenas uma semana da Páscoa, era tarde demais para achar outro.

Foi a maior correria para encontrar alguém que aceitasse o pedido. Saí perguntando aos atacadistas se eles conheciam alguém que me ajudasse. Num deles, conheci a dona Creusa, que estava comprando chocolate para fazer os ovos de Páscoa da família. Ela ouviu meu drama e disse que poderíamos fazer tudo em três dias. Deu certo. Com o dinheiro das vendas, paguei um tio que havia me emprestado 500 dólares para comprar formas e ingredientes, e ainda sobraram outros 500. Dona Creusa foi minha primeira funcionária.

Ganhei um Fusca branco dos meus pais quando fiz 18 anos. Eu colocava nele uma caixa de isopor abarrotada de chocolates e ia visitar padarias, bares e mercadinhos. Os pedidos aumentavam. Com o tempo, o nome Cacau Show passou a ser conhecido no mercado.

Os chocolates bons eram muito caros, principalmente os artesanais. Queria fazer algo mais barato, mas com aspecto sofisticado. Para isso, sabia que precisava de volume, afinal a escala era fundamental. Quase todo o lucro foi investido na fábrica que montei, aos poucos, no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo, onde nasci.

Em 1997, passei pelo maior susto. Dois grandes clientes varejistas, que concentravam 50% de nossas vendas, fecharam. Um deles acertou as contas direitinho. Com o outro, o prejuízo foi grande. Aquele contratempo me fez pensar em separar os chocolates do porta a porta dos chocolates que iam para o varejo.

Naquela época pensei, pela primeira vez, em abrir franquias. Ter lojas era essencial para tornar a marca conhecida. Elas também serviriam para contar com pontos de distribuição que atenderiam as vendedoras porta a porta. A primeira experiência foi em Piracicaba, no interior paulista. Um representante de lá era casado com uma revendedora da Cacau Show. Sem ter mais onde guardar tantos chocolates em casa, eles alugaram um espaço à parte. Foi o embrião da primeira loja.

De lá para cá, o número de lojas não parou de aumentar. No começo da década, eu não tinha uma ideia muito clara de como seria o ritmo da expansão. Só sabia que o Boticário, que tem um perfil de consumidor muito parecido com o da Cacau Show, tinha mais de 2 000 lojas. Olhando dessa forma, dá para dizer que estamos na metade desse caminho - a meta é chegar a 1 000 até o fim do ano. E vamos conseguir. Já temos mais de 900 pontos, em 416 cidades. A soma do faturamento da fábrica com o das lojas resulta num negócio que deve chegar a 1 bilhão de reais em receitas até dezembro.

A evolução da fábrica acompanhou o aumento da demanda. Hoje ocupamos 40 000 metros quadrados de instalações em Itapevi, na Grande São Paulo, onde podemos fazer até 1 tonelada de trufas por hora. No ano passado, produzimos 10 000 toneladas de chocolate - e olha que temos capacidade para o dobro. Encontramos formas de expansão em que até nossos concorrentes são bem-vindos - 12% do faturamento da fábrica vem da produção

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