Grego
Artigos Científicos: Grego. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Guilherme989009 • 19/3/2015 • 341 Palavras (2 Páginas) • 183 Visualizações
A CULTURA JURÍDICA BRASILEIRA E
A QUESTÃO DA CODIFICAÇÃO CIVIL NO SÉCULO XIX*
Ricardo Marcelo Fonseca**
RESUMO: Este texto busca, num primeiro momento, compreender algumas vicissitudes da
formação da cultura jurídica brasileira, sobretudo de direito privado, desde o período colonial
1 INTRODUÇÃO
Tullio Ascarelli, eminente jurista italiano
do século XX, que na época do fascismo
encontrou abrigo e acolhimento no Brasil
por quase dez anos, ao ter participado, nessa
sua permanência, da vida cultural e
universitária brasileira, teve condições de
aduzir, com sensibilidade histórica e argúcia
intelectual, que o traço mais típico do direito
privado brasileiro estava na vigência
ininterrupta, até a codificação de 1916, do
velho direito comum integrado no plano
legislativo pelas Ordenações Filipinas de
1603. Para o grande jurista italiano, assim, a
maior e mais curiosa marca da legislação
brasileira era a de ter carregado até a segunda
década do século XX um direito com marcas
visivelmente medievais.1
A CULTURA JURÍDICA BRASILEIRA E
A QUESTÃO DA CODIFICAÇÃO CIVIL NO SÉCULO XIX*
Ricardo Marcelo Fonseca**
RESUMO: Este texto busca, num primeiro momento, compreender algumas vicissitudes da
formação da cultura jurídica brasileira, sobretudo de direito privado, desde o período colonial
(quando a legislação brasileira confundia-se, em termos gerais, com a legislação portuguesa)
até a codificação civil. A partir daí são investigadas as razões pelas quais o Brasil do século
XIX acabou sendo refratário à onda de codificação civil que assolou a Europa continental e
a América Latina.
* Este texto foi apresentado no “Seminario sulla cultura
giuridica e codificazione”, na Università degli Studi di Firenze
e no “2º Congresso Brasileiro de História do Direito”, na
Universidade Federal Fluminense, em Niterói. Foi publicado
na sua versão italiana, com algumas modificações de
conteúdo, nos Quaderni Fiorentini per la Storia del Pensiero
Giuridico Moderno, n.º 33/34, 2004/2005, p.963/983,
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