Jovens E O Mercado De Trabalho

PROJETO DE PESQUISA

Jovens e o mercado de trabalho

INTRODUÇÃO

Este projeto de pesquisa relacionado ao jovem e o mercado de trabalho tem como objetivo informar nas formas de inserção atual e as possibilidades futuras do jovem nesse ramo tão crucial. Também exploraremos em que medida o ingresso cedo nesse mercado de trabalho é fortemente relacionado com o perfil educativo dos jovens. Estudaremos sobre a população economicamente ativa e os “desocupados“ (pessoas que não têm trabalho, mas estão dispostas a trabalhar e, para isso, tomam alguma providência efetiva). Nós, neste trabalho, queremos olhar a realidade dos jovens, com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; reavivar-lhes o potencial de participação e transformação.

A juventude é a expressão de um grupo social que surge na sociedade moderna e capitalista. A palavra juventude surgiu antes da sociedade moderna, mas com significado bem diferente. Não havia o conceito de “adolescentes“ como existe nos tempos atuais, ou você era criança ou adulto; não existia o meio termo. Entre os 10 e 14 anos, era a hora de mudar drasticamente. A partir daí, se esperava um comportamento que imitasse em 100% o dos adultos: o mesmo jeito de se vestir e falar, os mesmos gostos e obrigações, inclusive a de trabalhar.

Nos tempos hodiernos, um dos temas que aparece com frequência e alarme na mídia, jornais e outras formas de comunicação, são as altas taxas de desemprego. As dificuldades que ocorrem pelos jovens no Brasil no mercado de trabalho, tais como: baixa renda, falta de perspectivas profissionais e falta de atitude, tornam o quadro social ainda mais caótico, devido à marcante dependência existente entre estes fatos e outros como baixa escolaridade, violência, etc. Esse mercado deveria ser justo para todos, pois, utilizando a frase do francês Jean-Jacques Rousseau na Revolução Francesa, todos deveriam ter "Liberté, Egalité, Fraternité", ou seja, liberdade, igualdade e fraternidade (que é parte do tema da Semana Temática).

Isso, na prática, não ocorre e o mercado de trabalho, hoje, se encontra mais competitivo do que nunca. Profissões de vários tipos surgem e, outras, desaparecem. Tornou-se um mercado excludente e que cabe aos jovens a função de se especializarem cada vez mais, principalmente nas áreas de tecnologia e comunicações, uma vez que estas são as áreas que mais oferecerão oportunidades no futuro. Só assim o jovem de hoje poderá tentar se firmar no mercado amanhã.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com o tema estudado e com o que foi dito anteriormente, o projeto tem como objetivo estudar os processos que o jovem enfrenta para sua inserção no mercado de trabalho. Visamos assim, analisar a interferência de aspectos culturais, familiares e sociais nestes processos, os quais, querendo ou não, são determinantes na escolha profissional dos adolescentes que saem do ensino médio. Buscaremos saber até que ponto a educação familiar influencia nos rumos seguidos na formação profissional de um jovem; até quando as tradições perduram; se os jovens enfrentam dificuldades em relação ao contexto de suas vontades e as vontades dos pais.

Observamos muitos casos, por exemplo, em que os pais não apoiam seus filhos na sua opção de curso e acabam influenciando-os a fazerem aquilo que eles querem. Aqui temos dois problemas: primeiramente o fato de que já é difícil encontrar seu próprio espaço no mercado, prezando por aquilo que gosta de fazer, imagina conseguir encontrar algo que, no fundo, não é desejado. Secundariamente, porque este mesmo jovem inseguro de agora, tornar-se-á no futuro um profissinal frustado e incapaz de exercitar, qualificadamente, suas funções. Resumindo: pretendemos fazer uma análise de como o nicho interpessoal pode carregar uma tradição administrativo-empresarial que acaba por ancorar o jovem.

Em um âmbito cultural, serão pesquisados os anseios da juventude de acordo com suas religiões e local onde nasceram e cresceram, ou seja, os fatores do cotidiano e convívio que pesam na sua escolha e formação.

Busca-se, também, enfocar a destinação da vida de um jovem levando em consideração sua classe social. Tem-se como objetivo averiguar as ingerências de suas instituições de ensino primário e superior (se houve ou não e se foram particulares ou públicas). Afinal de contas, quando mais preparado e capacitado o jovem estiver, as dificuldades por ele enfrentadas poderão ser combatidas. Dentro dessa questão do jovem e da educação, queremos esclarecer como funcionam as divergências da sociedade atual e hierarquizada em que vivemos, aonde apenas quem tem o poder da informação, tem o poder de participar das oportunidades apresentadas. Será que realmente existe, na prática, a democracia na vida e no mercado de trabalho? Isso revela que a batalha de certos jovens é muito maior que a de outros.

Após essa ideia principial de estudarmos os elementos que conduzem as decisões dos jovens, pesquisaremos as dificuldades e barreiras enfrentadas para conseguir um primeiro emprego e adquirir experiência. Isso porque as empresas geralmente prezam por currículo exemplar e variado, o que acaba se convertendo na busca de pessoas experientes, que já estão inseridas no mercado há tempo e sabem melhor como funciona o ramo. Perguntas como: “Você tem alguma experiência na área?” ou “Já trabalhou antes?”, desabam muitos jovens que estão à procura da oportunidade do primeiro emprego. Isso ocorre porque a intenção das empresas não é demitir alguém que já está trabalhando ali há muito tempo, alguém que é de confiança, bom e experiente no que faz e já sabe como funciona toda a metodologia do lugar, para contratar uma pessoa nova, que nunca trabalhou antes e não conhece a dinâmica de trabalho da empresa. Seria uma troca não muito vantajosa. Apesar de que, olhando por outro ângulo, esses jovens que acabam de sair da universidade, são bem dispostos, inteligentes, sabem lhe dar perfeitamente com a informática e poderiam fazer um trabalho mais atualizado, prestativo, rápido e qualificado, enquanto outros profissionais, já acomodados e que não têm mais a mesma eficácia que o jovem globalizado de hoje, deixam a desejar.

Queremos interpretar também quais são as expectativas