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Kevin Lych

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Por:   •  10/12/2014  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  348 Visualizações

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Fruto do processo de ocupação iniciado na época da invasão holandesa na Bahia, 1624, o bairro de Nazaré apresenta-se com casarões, igrejas, conventos e prédios antigos. Nos nomes das ruas e avenidas e em monumentos espalhados pela região, remonta-se a importantes partes da história da Bahia e do Brasil. Hoje, Nazaré tornou-se um verdadeiro centro científico, jurídico, histórico, comercial, educacional, cultural e religioso. As marcas históricas e a característica residencial se misturam com a modernização e pouco são lembradas.

A Avenida Joana Angélica, principal da região, homenageia a primeira mártir da Independência da Bahia. A abadessa Joana Angélica morreu defendendo o Convento da Lapa contra os portugueses. Construído em 1744, o prédio representa um dos símbolos da liberdade do povo baiano. Hoje, quem por lá passa encontra muito comércio e instituições de ensino, a exemplo do campus da Universidade Católica do Salvador.

No bairro, há ainda outras importantes construções religiosas, como a Igreja e Convento de Nossa Senhora do Desterro, primeiro convento de freiras irmãs clarissas construído no Brasil (final do século XVII). Na verdade, a ocupação de Nazaré, conforme relatado no livro História do bairro de Nazaré: uma experiência participativa em Salvador, de Manoel Passos Pereira, se deu concretamente no século XVIII, quando foram construídos esses templos religiosos. Em torno deles, começaram a se estabelecer os moradores, no século XIX.

Não é sem razão que o nome do bairro está associado à devoção religiosa, à Nossa Senhora de Nazaré, iniciada antes mesmo da construção da igreja. Hoje, os templos católicos dividem espaço com outras religiões. Foram instaladas no local sedes de centros espíritas, sinagoga e mesquita. Judeus, católicos e muçulmanos convivem bem, e as diferenças são respeitadas. “O bairro é tranqüilo, a adaptação com a vizinhança foi muito boa”, define sheik Ahmad, líder espiritual do Centro Islâmico da Bahia.

Dentre as instituições histórico-religiosas, há destaque para a Igreja do Santíssimo Sacramento e Sant’Ana, localizada na Ladeira de Santana. A construção, datada do século XVIII, traz uma decoração neoclássica, cheia de riquezas. No entanto, a falta de conservação e recursos financeiros fez com que ficasse fechada durante dois anos. Em julho deste ano, após convênio de reforma com o governo do Estado, foi reaberta. As obras têm previsão de término para dezembro. O padre Abel Carvalho, administrador paroquial, espera que em 2010, quando a igreja completa 250 anos, toda a estrutura esteja restaurada.

Saúde e Justiça – Não só de igreja e comércio vive a região. A praça central de Nazaré, a Almeida Couto, onde a imponente estátua de D. Pedro II remete à história do País, foi o principal centro de saúde do Estado. Os mais importantes hospitais se localizavam no largo, que ainda hoje detém referências desta época. Os hospitais Santa Izabel e Manoel Vitorino, a Maternidade Climério de Oliveira e a Escola Bahiana de Medicina preservam a história da área e contribuem para a aprimoração da medicina no Brasil.

Com o crescimento urbano e a construção de novas vias, o bairro, que detinha uma das primeiras linhas de bonde, ganhou novo perfil e aos poucos perdeu as características residenciais. A sede do Tribunal Regional do Trabalho (5ª Região),

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