Maneiras E Costumes bíblicos
Casos: Maneiras E Costumes bíblicos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 8015 • 29/8/2013 • 4.020 Palavras (17 Páginas) • 743 Visualizações
APRESENTAÇÃO
Esta apostila tem por objetivo expor as Doutrinas Bíblicas dentro de uma expectativa teológica, de modo a refletir sobre as verdades que constituem o fundamento da fé cristã. Defendemos o conceito de que uma casa bem construída deve estar assentada em fundamentos sólidos, pois muitos cristãos estão fundamentando sua fé em uma interpretação particular e muitas vezes equivocada das doutrinas bíblicas e isso tem levado muitas pessoas a abandonarem a fé cristã por falta de uma compreensão clara, profunda e sólida das doutrinas expostas nas Escrituras.
Esperamos que, ao final deste curso, o obreiro possa ter adquirido um substancial conhecimento e uma clareza acerca de cada doutrina aqui exposta. Ao confrontar as verdades das escrituras com alguma interpretação particular, ou com algum ensino dissonante das escrituras não tenha receio de reconhecer seu erro, pois Jesus disse certa vez: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32).
CAPÍTULO 1
A EXISTÊNCIA DE DEUS
A palavra DEUS na língua portuguesa é a mesma que se usa no latim. No grego é Theos. Em ambas as línguas quer dizer: "O Soberano Senhor e Governador da terra e dos céus".
A palavra hebraica que no primeiro capítulo de Gênesis se traduz por Deus é Elohim, nome que quer dizer o Ser Supremo. O único alvo digno de veneração e de adoração religiosas. Empregam-se na Bíblia numerosas palavras para indi¬car a existência e o caráter de Deus.
A crença na doutrina da existência de Deus é o primeiro princípio de toda religião, por isso merece que a estudemos em primeiro lugar. A questão da existência de Deus supera todas as outras. A solução dos grandes problemas da exis¬tência de todas as coisas e a direção de nossa vida depende da resposta que dermos à seguinte pergunta: Deus existe?
É uma coisa notável que em parte alguma das Escrituras Sagradas procura-se de¬monstrar a existência de Deus, nem se trata tampouco de ensiná-la como verdade medi¬ante afirmação categórica: aceita-se simplesmente a ideia como verdade muito antes admitida. Disso conclui que a existência de Deus já era tão claramente manifes¬ta aos séculos primitivos que ninguém ousava negá-la ou pô-la em dúvida.
A IDÉIA DA EXISTÊNCIA DE DEUS JÁ NASCE
COM O SER HUMANO?
Tão universal era e ainda é hoje a crença na existência de Deus, que muitos teólogos têm con¬cluído deste fato que a ideia de Deus é inata, isto é, existe naturalmente na inteligência do ser humano uma ideia de Deus, não por causa de qualquer instrução de outro ente humano, mas por¬que o próprio Deus que criou o ser humano depo¬sitou dentro dele a ideia de Sua existência. Por isso, se um recém-nascido for colo¬cado em um lugar onde nunca poderá receber qualquer ins¬trução de outro ser humano, crescerá com a ideia, embora imperfeita, da existência de Deus.
Nos primeiros séculos os homens universalmente con¬sideravam a existência de Deus como uma verdade já admitida. O homem ficou naqueles tempos primitivos tão fortemen¬te impressionado com tão importante verdade, que facilmente compreendemos o próximo e rico relacionamento entre o primeiro casal e o Cria-dor no jardim do Éden. Adão foi admitido livre¬mente à presença divina, e ao mesmo tempo deve ter sentido profundamente na sua alma imaculada a certeza da existência de Deus e de sua perfeição. Vê-se, pois, que o seu conhecimento de Deus teve origem tão direta e podero¬sa que ser-lhe-ia impossível duvidar da existên¬cia daquele que tratava diretamente com ele.
Que um fato tão interessante e importante como o conhecimento da existência e da natureza de Deus seria cuidadosamente transmitido de pai para filho por todas as gerações sucessivas des¬de Adão até Noé, é coisa que se entende e era de se esperar. Para que a corrente da verdade religiosa que acabamos de ver nascer no Paraíso não se perdesse nem se desperdiçasse inteiramente, nem ficasse contaminada pelo erro, foi necessário ela ser engrossada pelos afluentes que provinham das comunicações divinas a Enoque e a Noé.
Foi por isso que depois da destruição geral da raça ímpia pelo dilúvio, e quando a arca pousou em cima dos montes de Ararate, o patriarca e sua família puderam sair mais uma vez para colocar- se em terra firme e construir um altar consagrado ao Deus vivo e verdadeiro. Graças a essa família a luz da Revelação pode facilmente acompanhar as tribos dispersas nas suas viagens errantes e exten¬sas proporcionando-Ihes, pelo menos, débil vis¬lumbre da verdade e remindo-as da ignorância grosseira e estúpida que de outra forma teria envolvido em trevas impenetráveis todas as ideias do poder Supremo e Controlador.
É verdade bíblica que o mundo não conheceu a Deus pela sabedoria (lCo 1.21), e pode-se duvi¬dar que a simples razão huma¬na sem auxílio da Revelação poderia originar a ideia da exis¬tência de Deus, e muito menos sondar sua natureza. Os mais sábios filósofos pagãos confessaram que deviam as doutrinas mais sublimes e importantes sobre este assunto à tradição.
As mais lisonjeiras teorias dos homens em relação ao que a razão humana se orgulha de ter con¬seguido a este respeito não passam de meras hi¬póteses e conjecturas. Em período algum da história humana há exemplo de filósofo que manifestasse a pretensão de ter adquirido a ideia pri¬mitiva da existência de Deus por meio de investi¬gação racional. Em todos os casos em que se usa raciocínio destinado a demonstrar a existência de Deus, não é possível chegar ao conhecimento do fato como verdade original, e sim simplesmente consegue-se fortalecer e confirmar verdade já co¬nhecida e admitida.
Se admitíssemos que o homem estivesse co¬locado em uma situação tão absolutamente pri¬vada da luz da Revelação que ficasse sem a ideia de Deus, seria difícil admitir que ele tivesse capa¬ cidade de, por si só, através do raciocínio, chegar à conclusão da existência do que lhe era totalmente desconhecido.
Nessas condições ele an¬daria às apalpadelas no meio das mais densas trevas, sem adiantar nem sequer um pas¬so na aquisição do conheci¬mento da existência ou da natureza do Criador, conservando-se nessa ignorância até que tombas¬se morto como as bestas que perecem. Entretan¬to, é evidente, à vista do que afirmam as Escrituras, que rodeados como nos
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