O Determinismo Biológico
Por: vbmstos • 24/4/2017 • Trabalho acadêmico • 839 Palavras (4 Páginas) • 1.603 Visualizações
- Determinismo Biológico
São velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades inatas a “raças” ou a outros grupos humanos, os antropólogos acreditam que as diferenças genéticas não são determinantes nas diferenças culturais, ou seja, é no ambiente, na história cultural de cada grupo, que se favorecem de alguma forma determinadas atitudes.”Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado”. Também acreditam que não existe determinação biológica em relação à atividades atribuídas aos dois sexos, mas que estas são determinadas culturamente. ”Conforme antropólogos, os dois sexos agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas a partir de uma educação diferenciada”.
- O Determinismo Geográfico
O Determinismo Geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. Mas em 1920, a ideia de que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural fora derrubada. Alguns antropólogos refutaram o determinismo geográfico, alegando que ele possui limitações quanto aos fatores culturais, sendo possível coexistir várias culturas em um mesmo tipo de ambiente físico. Para confirmar o autor chegou a citar três exemplos, um deles é o comparativo cultural entre os esquimós e os lapões, a variação cultural entre os índios do sudeste norte-americano: os índios Pueblo e os Navajo e por último faz um comparativo entre os povos indígenas da reserva do Xingu: os Xinguanos e os Kayabi. Concluindo que o determinismo geográfico não influencia totalmente sobre a diversidade cultural.
- Antecedentes Históricos do Conceito de Cultura
Este período mostra os antecedentes da atual definição de cultura. O termo cultura vem do inglês culture definido por Tylor para sintetizar dois termos: Kultur utilizado para simbolizar todos os aspectos espirituais de uma comunidade e Civilization referia-se principalmente às realizações materiais de um povo.
A cultura trata-se de um termo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.
“Com esta definição Tylor abrangia em uma só palavra todas as possibilidades de realização humana, além de marcar fortemente o caráter de aprendizado da cultura em oposição à ideia de aquisição inata, transmitida por mecanismos biológicos”.
O autor destaca que Tylor somente ”formalizou” o termo, e que ele já vinha sendo idealizado há tempos atrás. Segundo Laraia, os primeiros vestígios acerca da definição de cultura como a expressa por Tylor, ganhou consistência antes mesmo de John Locke (que defendia a endoculturação, afirmando que a mente é uma caixa vazia quando nascemos e que somente absorve o que é aprendido.)
As tentativas de aperfeiçoar a definição do termo Culture acabou por confundir ainda mais a sua definição. Deste modo fez necessário que os antropólogos analisassem e fizessem um acordo sobre o conceito do mesmo. Kroeber concordava com Tylor a qual apostava que cultura era qualquer aprendizado, não hereditário, do homem e a evolução dele, publicado assim o trabalho “ OSuperorgênico”. Contribuindo para o conceito de cultura que temos hoje.
- O Desenvolvimento do Conceito de Cultura
Como vimos anteriormente, Tylor trouxe pela primeira vez a definição do termo cultura do ponto de vista da antropologia. Este acreditava que a Cultura podia ser objeto de um estudo sistematizado por ser dinâmico e natural o que contém causas e regularidades, permitindo um estudo de acompanhamento do processo de sua evolução de forma eficaz. Deste modo, é de considerar que Tylor obtinha um pensamento unilateral acerca da evolução da cultura e a diversidade cultural, e é por este motivo que Stocking (1968) o critica por não considerar a evolução do fenômeno relativa.
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