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O ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Por:   •  3/3/2019  •  Resenha  •  3.238 Palavras (13 Páginas)  •  1.420 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Antes de abordar a Teologia Sistemática tal como sugere o título do livro, o autor faz uma breve introdução de assuntos necessários para uma melhor compreensão da Teologia Sistemática propriamente dita, tal como descritos a seguir.

A teologia encontra-se intrinsecamente ligada a religião, que por sua vez, está intrinsecamente ligada ao homem, o qual independente de tribo ou origem, encontra-se imergido em uma natureza religiosa. A religião transcende o material, o palpável, manifestando-se no coração e no espírito do ser humano, caracterizando-se como um relacionamento com o Criador que reflete diretamente em suas ações. Não podendo, no entanto, confundir religião com as suas manifestações, com o espírito religioso.

A teologia estuda aquilo de que a religião é a realidade. A provisão e a revelação de Deus podem ser vistas em diversas passagens da Bíblia, como vastamente no livro de Salmos e no exemplo maior de revelação de Deus, Jesus Cristo. O que nos evidencia que a teologia baseia-se na experiência entre Deus e o homem. Sendo portanto, um amplo ramo de estudo.

Dessa forma, o objetivo do livro é expor a Teologia Sistemática com fatos que direcionem nossa visão ao Criador e às suas obras. Visto que, não se encontra na Bíblia uma Teologia Sistemática já feita e ordenada, mas encontram-se os fatos com os quais podemos organizá-la, dar-lhe forma, sistematizá-la. Além disso, a teologia sistemática está em toda a criação, dividindo-se em três fontes: Cristo, universo e história, que para tal compreensão, é preciso estar de mente aberta, com humildade e oração.

Dessa forma, o estudo da Teologia Sistemática no presente livro foi divido em sete partes mostradas abaixo, dos quais foram separados em dois capítulos.

a) A que se refere especialmente a Deus: sua existência, seus atributos, seu modo de existir e de proceder.

b) A parte que se refere especialmente ao homem: trata de sua criação e de suas relações.

c) A que trata do pecado: sua natureza, sua realidade, etc.

d) A que se refere especialmente a Jesus: sua vinda, sua história, sua Pessoa, sua relação com Deus e com os homens, e o seu trabalho de reconciliar Deus com o homem.

e) A que diz respeito à salvação do homem e sua consequente reconciliação com Deus.

f) A que diz respeito ao Espírito Santo e à vida divina no homem.

g) A que trata das coisas vindouras.

DESENVOLVIMENTO

CAP2.

Neste capítulo, A. B. Langston desenvolve a ideia da doutrina de Deus, explanando a ideia cristã de Deus, Seus atributos, provas de Sua existência, Sua relação com o universo e a Doutrina da Trindade.

Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que, em Santo amor, cria, sustenta e dirige tudo. O espírito, por sua vez, é um ser imaterial porém real, verdadeiro, mas invisível, constituído dos poderes de pensar, sentir, querer e, ainda mais, os de consciência própria e direção própria. Sendo esses, equilibrados e harmônicos em Deus, ao contrário de nós.

A consciência própria é um dos poderes mais importantes que constituem um espírito pessoal, do qual, ninguém além de Deus e nós, a tem, embora nós por muitas vezes somos falhos com este poder. Complementando, a direção própria, por sua vez, é um elemento que constitui a Deus e ao homem, do qual muitas vezes, nós seres humanos nos deixamos ser influenciados por circunstâncias exteriores que não as de Deus, contrapondo a perfeição de Deus.

O caráter de Deus é perfeitamente bom, envolto numa excelência moral que somos incapazes de compreender em sua totalidade. Não sujeito à falhas. Porém, não há entre os homens um de caráter bom segundo verdadeiro significado desta palavra. Outrora, os melhores homens são bons apenas em certas relações. Mas Deus nos criou e criou todo universo em santo amor. Tudo é regido pelo seu santo querer. E esta é a ideia cristã de Deus: Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que em santo amor cria, sustenta e governa tudo.

Esse Deus, por sua vez, possui como atributos naturais: Onipresença; Onisciência; Onipotência; Unidade; Infinidade; Imutabilidade. E como atributos morais: Santidade; A Sua Justiça; Santidade; e Amor. Que segundo o autor, os atributos de Deus são modos de atividade e qualidades do seu caráter, não confundindo os componentes deste Ser com os seus atributos.

E o universo e a história universal provam a existência de Deus. Para sustentar tal ponto de vista, A. B. Langston confronta a ideia da criação do universo a partir da Teoria da Evolução contra a Teoria da Criação Divina apresentando argumentos lógicos que nos direcionam a crer que o universo foi, logicamente, criado por Deus. Assim como apresenta fatos históricos ligados a crença em Deus desde os primórdios da Terra, que se negados, dão origem a milhares de questões ainda maiores do que a existência ou não de Deus.

Assim como a percepção, a fé e a experiência cristã que também provam a existência de Deus. A percepção divide-se em três classes, sendo elas as percepções do mundo objetivo, ou das coisas que nos rodeiam; percepções do mundo subjetivo, ou do nosso próprio ser; e percepções do mundo espiritual, ou percepções religiosas, de forma que o coração do homem tem a percepção de Deus. A fé provem um dos conhecimentos mais seguros, podendo dar certeza ao homem no tocante a tudo aquilo que deseja e necessita. E é pela experiência que testifica-se a existência real através dos séculos e ao redor do mundo. E objeções intelectuais e morais à existência de Deus constituem-se mais como uma prova da Sua existência.

Desta forma, Deus possui uma relação íntima com o universo. Sendo origem e ao mesmo tempo espírito livre que habita no mesmo, estabelecendo leis segundo as quais dirige todas as coisas afim de um propósito espiritual com o universo. A vontade de Deus é absoluta sobre todas as coisas, exceto no homem, ou seja, no reino moral, o qual Deus deu vontade própria para que ele tivesse bondade, que voluntariamente se dirigisse a Deus.

Decerto que o universo é totalmente dependente de Deus, seu criador, onde o mesmo retribui com todo zelo, como um pai cuida do seu filho com todo amor. Portanto, podemos considerar Deus como um pai e servo do universo. A soberania de Deus sobre os seres livres é exercida por um governo moral, onde Deus é espírito perfeitamente bom, e deseja o de melhor para suas criaturas tal como que elas faça o bem, assim como no fato do homem

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