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O Periodo Interbiblico

Por:   •  12/5/2016  •  Monografia  •  10.216 Palavras (41 Páginas)  •  1.106 Visualizações

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Sumário

O PERÍODO INTERBÍBLICO        

O Império Persa        

O Período Grego – Alexandre, o Grande        

O Governo Ptolemaico – 323—198 a. C.        

Governo Selêucida – 198—166 a. C.        

Governo Judeu Asmoneu (Judas Macabeu) – 166—63 a. C.        

Governo Romano – 63 a. C.        

INFLUÊNCIAS RELIGIOSAS NO PERÍODO INTERBÍBLICO        

Os Escribas        

Fariseus        

Saduceus        

OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO        

O TEXTO MASSORÉTICO        

O Trabalho dos Massoretas        

TRADUÇÕES E VERSÕES        

Septuaginta        

Peschita        

A “Velha Latina”        

Vulgata        

“Textus Receptus”        

A Bíblia Alemã        

Tradução de Wycliffe        

King James        

João Ferreira de Almeida        

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        

O PERÍODO INTERBÍBLICO

Após a volta dos judeus para Jerusalém, ocorreu um acontecimento em que a cidade teve que passar pela reconstrução dos muros e também da espiritualidade do povo (Consta nos livros de Esdras e Neemias). Tendo como Esdras e Neemias principais agentes desse acontecimento, neste período também houve a influência de profetas como Ageu e Malaquias. E, em 52 dias o muro foi reconstruído, o templo de adoração ao SENHOR foi restaurado e os judeus voltaram a viver como vivam antes do exílio babilônico. Malaquias profetizou sobre a vinda de um precursor do Messias, que viria no espírito de Elias (Ml 3.1 e 4.5-6), este que mais tarde veio a ser João Batista, pregando o arrependimento até a vinda de Jesus. Mas, antes de tudo isso acontecer, teve-se um período de longa espera, que é o Período Interbíblico.

O Período Interbíblico está denominado assim porque se relaciona aos 400 anos de silêncio entre o Antigo e Novo Testamentos. Nestes anos de silêncio, Deus não se pronunciou por meio de nenhum profeta em Israel, até que viesse João Batista. De acordo com Ellisen (2007, p. 406), Malaquias foi o último a profetizar e, “no ano de 430 a. C. se encerrou a profecia”, onde Israel ainda estava sob o domínio do Governo Persa.

Porém, mesmo sendo dito como um período de silêncio da parte de Deus, não quer dizer que não aconteceu nada relacionado a Israel, afinal muitas coisas aconteceram neste período, inclusive muitas guerras pela conquista do território do povo de Deus. Vários Impérios entraram em conflito com Israel e muitos líderes tiveram que surgir da nação.

O Império Persa

A profecia de Malaquias se encerra dentro do período de domínio persa, no ano de 430 a. C. A Pérsia era um império que estava crescendo em poder e conquista de terras. Ciro, o Grande, teve a inteligência de se casar com Astíages, da Média, aumentando então seu império com os medos sobre o seu controle também. Assim, a Pérsia se tornou a superpotência e, dominando até sobre a Babilônia (no momento em que os judeus estavam no cativeiro anunciado por Deus), Ciro, rei da Persa, “para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias” (Esdras 1.1) permitiu que os judeus voltassem, sob a liderança de Zorobabel, para Jerusalém para a reconstrução do Templo e também da cidade, que fora outrora destruída.

Houve neste período em diante uma sucessão de reis e a Persa continuava dominante, até chegar o rei Assuero, que toma Ester como sua esposa. Segundo Flávio Josefo (2009, p. 526-30), historiador judeu da antiguidade, “Ester tem grande representatividade em um período de segurança ao povo judeu contra Hamã, que o quer destruído”.

O Período Grego – Alexandre, o Grande

O Período Persa durou quase 200 anos, mas foi enfraquecendo em decorrência à presença dos gregos, terminando então no ano de 333 com a chegada de Alexandre, o Grande.

Mas, antes de falarmos de Alexandre, O Grande em seu domínio sobre os judeus, seu Império se iniciou na Macedônia. Esta cidade era uma cidade pequena, isso inclusive no que se diz respeito ao poder; não havia um exército poderoso que Filipe, pai de Alexandre, conseguiu construir em suas lutas e conquistas, demonstrando ser um militar forte. E, em seu domínio, a Macedônia começou a adquirir poder e espaço. A Grécia, que era seu alvo principal também acabou se submetendo ao seu domínio pela perda na guerra em 338, e um império poderoso estava se formando.

Já com um reinado estabelecido e garantido, o rei Filipe, pai de Alexandre, foi morto aos seus 47 anos de idade por traição na cidade de Egéia, por Pausânias, filho de Ceraste, da família dos Orestes.

Com a morte do pai, a responsabilidade de domínio passa então para o filho, Alexandre Magno, que começa a reinar na Macedônia sucedendo o reinado do pai e se tornando Alexandre, o Grande. Eneas Tognini em seu livro “Período Interbíblico” nos relata que “Alexandre começou a reinar com 20 anos de idade. Sempre foi apaixonado e fissurado pelas conquistas e glórias e começou a ser temido e respeitado pelo seu gênio militar adquirido do pai” (2009, p 34-35).

Quando Alexandre entrou na Ásia, em uma grande batalha com os que comandavam o exército de Dario (que ainda exercia poder e controle sobre Israel), seus comandantes perderam a batalha e Dario soube do fato ocorrido.

O exército dos persas era muito poderoso em número, devido às suas conquistas passadas. Dario, então, para que não perdesse o domínio sobre toda a Ásia, quando soube da derrota de seus generais, reuniu todas as forças de seus exércitos e marchou contra os exércitos de Alexandre. Os povos da Ásia, por sua vez, duvidavam de que o exército tão pequeno da Macedônia (comparado aos persas) pudesse vencer o exército poderoso de Dario, dominando toda a Ásia. Mas foi realmente isto que aconteceu. A batalha foi travada e Dario teve graves perdas, onde sua família foi feita prisioneira e o rei foi obrigado a fugir para a Pérsia (JOSEFO, 2007, p. 532).

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