Resenha do Documentário - O Holocausto Brasileiro baseado no livro
Por: Lucio Pimenta de Moraes • 1/5/2018 • Ensaio • 692 Palavras (3 Páginas) • 4.472 Visualizações
Resenha do Documentário O Holocausto Brasileiro baseado no livro, homônimo, da jornalista Daniela Arbex que conta a história da morte de mais de 60.000 internos que eram mantidos em condições subumanas em um manicômio no interior de Minas Gerais, lançado em 2016.
- O filme se inicia com as imagens aéreas da linha férrea que levava os pacientes para a estação próxima ao Hospital Colônia (atual Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena) em Barbacena.
- A seguir exibe as imagens dos Pavilhões do Hospital Colônia, intercalando com imagens atuais e antigas (do um hospital vazio e com os pacientes) .
- Criado em 1903, o antigo hospital colônia viveu uma história de extermínio entre 1930 e 1980.
- Encaminhados de trem, os pacientes eram esquecidos dentro do hospital
- As terças e quintas os pacientes chegavam de trem, na Estação Ferroviária Oeste de Minas, os vagões eram possuíam a identificação de Vagão para Loucos. Passageiros não podiam ir lá.
- Alguns chegavam em estado de choque, chorando. O primeiro reconhecimento de humanidade já lhes era retirado pois as quentinhas eram entregues sem talheres e muitos deles não eram loucos, qualquer comportamento que fugisse ao senso comum era taxado de loucura e levados para o hospício (inclusive perambulando pela rua).
já no hospício os pacientes chegavam as quartas feiras. Vinham pacientes de diversos hospitais. O Hospital colônia era como um “depósito de gente”, pois louco dava lucro na época
- Os funcionários eram selecionados através de indicação política, não precisando ter nenhum conhecimento específico. Os mesmos funcionários também entregavam as medicações (aldol e fenergam) aos pacientes de acordo com a prescrição médica.
- Antes do Hospital Colônia existia o Sanatório, no século XIX, onde pessoas da elite do Rio de Janeiro, então capital federal, vinham para tratar problemas de nervos. Eles chegavam em linhas de trem exclusivas, que anos depois foram comparadas as linhas de trem que transportavam os Judeus para Auchwitz. Essa é uma história paradoxal pois nasceu de um sanatório para pessoas ricas do Rio Janeiro e depois de comprado pelo governo de Minas Gerais, no decorrer do século XX de transforma no Hospital Colonia.
A autora se dá conta do terror que aquelas pessoas viveram pelas fotos de Luis Antonio que se encontrava no prédio que a mesma trabalhava., E com isso ela decide levar a público tudo que aconteceu naquele lugar.
Onde em 2011 ela iniciou uma busca pelos sobreviventes dessa tragédia.
Em certos momentos apareciam muitos pacientes mortos a cada dia por falta de alimentação, pois o governo não enviava.
A medicação era precária, superlotação e aplicação de eletrochoques sem anestesia e pacientes enfileirados. Que eram aplicados como medida terapêutica em uns e em outros como castigo.
Haviam pacientes nus ou seminus que ficavam perambulando pelo pátio ou em suas celas. Alguns entravam no mato pra pegar capim para fazer seus colchões.
Alguns funcionários viam essas medidas como naturais e outros como exagero, desnecessário.
Era um ambiente degradante para os pacientes de para os funcionários pois era sujo.
Na década de 70 o hospital colônia aumenta sua população com as crianças que estavam no Hospital de neuropsiquiatria Infantil de Oliveira que foi fechado. Sendo assim essas crianças foram remanejadas
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