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Resumo do livro Holocausto Brasileiro

Por:   •  25/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.884 Palavras (12 Páginas)  •  6.021 Visualizações

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ÍNDICE

  1. O Pavilhão Afonso Pena
  2. Na roda da loucura
  3. O único homem que amou a Colônia
  4. A venda de cadáveres
  5. Os meninos de oliveira
  6. A mãe dos meninos de Barbacena
  7. A filha da menina de Oliveira
  8.  Sobrevivendo ao holocausto
  9. Encontro, desencontro, reencontro
  10. A história por trás da história
  11. Turismo com Foucalt
  12. A luta entre o velho e o novo
  13. Tributo ás vítimas
  14. A herança do Colônia

Introdução

Este livro retrata a experiência de quem testemunhou e trabalhou no Hospital Colônia, que era o maior hospício do Brasil localizado em Barbacena contando a história de assassinato em massa dos judeus pelos nazistas na Segunda Guerra. Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros do Colônia. Tinham sido a maioria enfiadas no vagões de um trem, internadas á força. Quando elas chegaram ao Colônia, suas cabeças foram raspadas, e as roupas, arrancadas. Perderam o nome, foram rebatizadas pelos funcionários, começaram e terminaram ali.

Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava, gente que se tornava incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas, violentadas por seus patrões, eram esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, eram filhas de fazendeiros as quais perderam a virgindade antes do casamento. Eram homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos trinta e três eram crianças.

Trazer a tona os detalhes dessa triste história foi o que motivou a jornalista Daniela Arbex fazendo uma série de reportagens foi o que gerou o livro “O Holocausto Brasileiro” o livro estima o óbito diário de 16 pacientes em pelo menos 11 de funcionamento da instituição (1969-1980). Nesta obra Daniela Arbex devolve nome, história e identidade aqueles que até então, eram registrados como “ignorados de tal”. O livro faz jus ao título comparado a tragédia mineira ao genocídio de judeus durante a Segunda Guerra.

  1. O Pavilhão Afonso Pena

O capítulo se inicia contando a história da chegada de Marlene Laureano ao hospício Colônia, que havia sido recém contratada para a função de atendente psiquiátrica, ao chegar no Colônia se deparou com um lugar de horror, que veio a transformar seu sonho de emprego em um verdadeiro pesadelo. Este capítulo retrará a falta de critério médico para as internações cujo 70% delas não eram de pacientes com doença mental e sim de pacientes com condições normais a vida humana como: tristezas, pobrezas, desafetos, homossexualismo ou até mesmo por não possuir documentos, tais internações eram tidas como uma limpeza social.

Diante de tanto sofrimento Marlene chegou a pensar que não daria conta de trabalhar naquele lugar, mas tinha a ideia de que teria que ser forte pois não poderia decepcionar seus pais com a conquista daquele emprego.

Em 1930, quando ocorreu uma superlotação da unidade começou a ocorrer os extermínios de dezenas de pacientes, as camas foram substituídas por capins para que não houvesse gastos na intenção de economizar para receber mais e mais pessoas infelizes, gerando o crescimento na política e economia de Barbacena.

Na chegada dos novos internos eram separados por sexos, idade e até mesmo características físicas fazendo com que perdessem sua identidade e humanidade.

No decorrer do capítulo conta a história de Cabo que era um paciente que sobreviveu a internação e que não sabia do motivo que foi levado para lá, passou muitas dificuldades de adaptação ao mundo após sua saída, ele conta que no começo ficava nu e isso o incomodava muito mas que depois se acostumou, o seu sofrimento foi tanto que ele via aquele lugar como um verdadeiro inferno passou a vida assinando os documentos apenas com as digitais, até o dia que descobriram que ele sabia escrever o próprio nome, pensavam que ele não sabia falar até que em uma ocasião ele falou e o questionando ele respondeu que não falava porque nunca ninguém havia perguntado se ele sabia ou não falar.

Conta a história de Toninho que foi abandonado no Colônia quando tinha doze anos de idade a família o abandou por causa de um quadro de epilepsia, destaca a crueldade dos choques que os internos sofriam as vezes resultando em mortes, a tortura era tão grande que nem a energia elétrica da cidade aguentava a carga.

Francisca era cozinheira e que depois se tornou atendente de enfermagem do hospital tinha a função juntamente com as outras colegas de trabalho de realizar uma sessão de choque nos pacientes do sexo masculino eram escolhidos de forma aleatória, elas não podiam questionar.

Chiquinha que desde criança ajudava sua mãe a servir as pacientes no refeitório feminino e levava marmita para sua mãe, ao passar um tempo a menina veio se tornar amiga de Conceição, uma das internas que mais resistiu ao encarceramento, aos quinze anos foi mandada para o Colônia porque reivindicou do seu pai que recebesse a mesma remuneração que ele pagava para os filhos homens, pois trabalhava fazendo a mesma função que eles, durante o tempo que se manteve internada nunca recebeu a visita de sua família.

Em um certo dia indignada com a situação precária do hospital e com o descaso imposto aos pacientes, ela enfrentou o diretor em meios ao gritos invadiu a sala dele, na defesa dos pacientes, com essa atitude ela ganhou o respeito de Chiquinha que a levou para assistir seu casamento, ela admirava tanto a amiga por sua força e determinação e em busca de melhorias. Chiquinha veio a tornar-se diretora do Síndicato Único da Saúde, representando quase 20 mil servidores mineiros.

Comentário:

A atitude de Chiquinha de lutar pelo fim de tanto sofrimento daquelas pessoas, foi uma atitude de coragem, que falta em muita gente, que vê a injustiça diante dos seus olhos e não fazem nada preferem ignorar ajudar aqueles que tanto precisam de ajuda.

  1. Na roda da loucura

O capítulo relata que os pacientes bebiam a aguá do esgoto que cortava o pavilhão, os alimentos eram racionados fazendo com que muitos se alimentasse  de bichos, outros ficavam horas sem se alimentar, e eram obrigados a ficar no pátio ás 5 horas da manhã mesmo em dias de chuva e frio com isso alguns ficavam doentes, eles eram muito solidários uns com os outros, até mesmo passar frio para que o outro pudesse se aquecer, como no caso de entregar a roupa do corpo para alimentar o fogo e todos serem aquecidos.

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