Resenha do Livro: Mídia e poder simbólico
Por: glaubg • 19/6/2018 • Resenha • 694 Palavras (3 Páginas) • 309 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
COGEAE
Pós Graduação em Ciências da Religião
Disciplina de Mídia e Religião
Resenha do Livro:
Mídia e poder simbólico
Aluna: Gláucia Barateli Gomes de Léo
Professor: Jorge Cláudio Ribeiro
São Paulo
Maio/2010
Resenha do livro: Mídia e poder simbólico
É surpreendente na atualidade nem precisarmos sair de nossas casas para assistir a uma missa, receber uma benção, louvar a Deus, escutar testemunhos de fé, e muitas outras coisas que ao clicar de botões conseguimos fazer instantaneamente. A mídia religiosa está inserida no nosso dia-dia, assim como aquele programa popular exibido na minha preferida emissora de TV. Mas não é só isso, a internet tem nos dado informações e noticias em tempo real.
Com o passar dos anos, a mídia tem se tornado um instrumento grandioso e essencial para a divulgação e ascensão de líderes religiosos e suas igrejas.
Um exemplo de fenômeno religioso da atualidade é o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, o Valdemiro Santiago. Sua principal estratégia em busca de fiéis é a mídia, ou seja, os meios de comunicação.
No livro Mídia e o poder simbólico o autor revela assuntos ligados a área que são pouco debatidos. Conceitua pontos importantes para entender a relação entre as religiões e a mídia eletrônica. O autor cita o fato de “os meios de comunicação deixarem de ser um mero instrumento angariador de fiéis para adquirir o status bélico no combate simbólico entre religiões”. MARTINO analisou noticias de jornal, programas de rádio e TV. Em sua pesquisa o autor cita alguns filósofos para a maior compreensão do que seria a relação humana com o divino.
Na primeira parte do livro MARTINO mostra os pensamentos e questionamentos que WEBER tinha a respeito da Religião e a Modernidade. Já MARX uma relação entre Religião e Discurso Ideológico.
Apesar de a pesquisa estar liga a estudos da religião em ciências sociais, o autor esclarece, pontualmente, ter a mídia como objeto de estudo.
Ele faz uma abordagem e argumenta o fato das instituições religiosas utilizarem os meios de comunicação para quebrar a hegemonia presente na sociedade civil ao veicular suas ideologias, de forma explícita ou muitas vezes mascarada pela tal “objetividade” jornalística.
O autor enfatiza a possibilidade da religião como fenômeno social passível de estudo científico e de autonomia reconhecida ao opor-se ao Estado em determinados momentos, a comprovar, os observados pela pesquisa empreendida.
A consideração da perda de espaço da religião em determinados universos sociais e as novas motivações dos fiéis que procuram atrelar-se a alguma religião (desemprego, alcoolismo, doenças, e etc.), tornaram os meios de comunicação a “receita” para o verdadeiro sucesso.
Na segunda parte do livro, comenta-se, como tal produto simbólico será veiculado, ou seja, será que a religião se tornou um produto? Se há um comércio então precisamos traçar planos e estratégias de vinculação.
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