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Resenha do Livro: O Poder do Sentido

Por:   •  10/10/2018  •  Resenha  •  4.553 Palavras (19 Páginas)  •  400 Visualizações

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RESENHA DO LIVRO: O PODER DO SENTIDO

PERTENCIMENTO:

- Sentimento de pertencimento: “pertencer” a algo.

- Precisamos sentir compreendidos, reconhecidos, confortados por amigos companheiros e parentes.

- Dar e receber afeto.

- Achar nossa tribo.

De acordo com pesquisas podemos dizer que as pessoas se sentem integradas quando:

a) Mantém relações de carinho mútuo, ou seja, ambos são amados e valorizados, se sentindo relevantes na vida da pessoa. (exemplo: ligações, mensagem de celular constantes em um relacionamento).

b) Desenvolve interações frequentes e prazerosas

(exemplo: pais brincam com os filhos, ou um casal assistindo televisão juntos).

- Psicólogos / médicos na primeira décadas do século XX não reconheciam essa importância – criança ser amada e cuidada pelos pais para ter uma vida plena, se tornando necessária a integração da criança desde os primeiros instantes de seu nascimento.

- A forma de saciar a necessidade de pertencimento se transforma no decorrer da vida.

a) Na infância: amor de cuidador é essencial.

b) Mudança fases criança vida a adulta: relacionamentos com amigos, parentes, pares românticos.

A necessidade de manter esses vínculos não se altera, é vital. Porém, diante da era “digital” que vivemos hoje, estamos mais conectados e o índice de isolamento social aumenta. Cerca de 20% de pessoas consideram a solidão uma “grande infelicidade na vida” e um terço dos americanos a partir de 45 anos se declaram solitários.

- Culturalmente, no Ocidente, o individualismo e a liberdade são vistos como fundamentais para se ter uma “boa vida”.

Pesquisa empírica de Durkheim retratou um cenário complexo: pessoas ficam pré dispostas ao suicídio quando são marginalizadas de suas comunidades e livres de todas as restrições sociais que essa comunidade lhes impõe. Lugares onde o individualismo é valorizado, pessoas são autossuficientes, como Estados Unidos, Canadá, Europa. Ou seja o suicídio “floresce” nesses lugares.

Exemplo:

Suicídio encontrado em maioria, pessoas solteiras, sem filhos, protestantes, elevado nível de educação que atina, a desafiar valores tradicionais.

Fatores que unem pessoas e lhe impunham deveres como viver em uma nação em guerra, ter uma família numerosa, geram menores taxadas de suicídio.

Em uma sociedade sem limites e tradições da comunidade, Durkheim afirma que a sociedade se perde sem objetivo e nas normas, de modo a entrarem em um estado dito como “anomia”, ou seja, sem rumo desesperançadas.

- Na era de isolamento, é importante buscar grupos sociais e empenhar para estabelecer relações próximas, uma vez que as formas tradicionais de se estabelecer relações, criar comunidades, estão se dissolvendo, dificuldade se estabelecer vínculos (vida movimentada, móvel, pessoas viajam – trabalho, intercâmbio, “privatização dos momentos de lazer”).

- A participação de uma Sociedade gera supre a necessidade de construir novas relações e fortalecer as antigas:

a) A estrutura da Sociedade incentiva as pessoas a investirem tempo e esforço na comunidade.

b) Pessoas são mais propensas a fazer amizade com aquelas com as quais dividem experiências e valores comuns

c) É construído o pertencimento às pessoas, fornecendo uma rede de amigos.

- Apenas relações não são vínculos sociais importantes a serem cultivados, deve-se ater ao valor de intimidade, ou seja, estabelecimento de “Conexões de alta qualidade”, interações positivas, de curta duração, entre duas pessoas.

Exemplo: momento em que um casal anda de mãos dadas ou quando ocorre uma conversa empática (atento ao outro, retribuem respeito e cuidados) entre dois estranhos.

Neste aspecto, ambos se sentem valorizados. São relevantes para relacionamentos próximos (amorosos) e para destravar em interações com conhecidos colegas e estranhos.

Exemplo: Conversa rápida entre uma pessoa que compra um jornal e a pessoa que o vende na banca. Ambos tem motivo para agilizarem o processo, mas preferem estabelecer um diálogo (conexão) de modo a desacelerar diante do mundo, saindo do casulo e formando um breve laço. Um mostra ao outro o que é ser ouvido, se sentindo menos sozinhos em uma cidade enorme e indiferente.

É comum estarmos distraídos, concentrados, focados em nossas vidas que reconhecemos as pessoas em um nível instrumental, ou como um meio para obtenção de um fim. Não são vistos como indivíduos.

- Não temos como controlar se alguém fará uma conexão de alta qualidade conosco, porém podemos optar por inicia-la ou retribuí-la. Reagir com gentileza (ao invés da hostilidade), cumprimentar um estranho na rua (ao invés de ignorar e virar a cabeça), valorizar as pessoas (ao invés de desmerecê-las), convidar para integração.

- Relações próximas e conexões de alta qualidade têm em comum: a necessidade de concentrarmos nos outros. A compaixão é a cerne do pilar do pertencimento. Quando abrimos o coração para os outros e nos aproximamos com amor e bondade e honramos aqueles que nos cercam e a nós mesmos.

NARRATIVA

- As histórias mais comoventes tem suas raízes na vulnerabilidade, mas não tem muita emoção a flor da pele. Elas são originadas da palavra da pessoa – de cicatrizes não feridas, para isso é necessário que elas tenham sido assentadas de forma consciente pelo narrador para que possa refletir sobre a experiência e extrair seu sentido.

Exemplo: em determinados momentos quando se é contado algum caso, no telefone, a pessoa acredita que a história está bem resolvida / digerida, porém percebe-se que não está.

- Toda história bem resolvida, ao ser apresentada deve ser analisada conforme seus principais marcos narrativos rumo ao clímax ou resolução, e apresentar cuidados na elocução – pausa certa, altura de tom, ritmo – de modo a “prender a atenção” os telespectadores. Deste modo, ela ajuda os narradores a ligarem os acontecimentos da vida de novas formas, discernimento sobre suas experiências e aprendizados antes não observados. Ou seja “contar uma

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