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SÍNTESE DE PALESTRA SOBRE MITOLOGIA

Por:   •  2/7/2016  •  Resenha  •  1.472 Palavras (6 Páginas)  •  591 Visualizações

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INSTITUTO MISSÃO AOS POVOS

TEOLOGIA LIVRE

PESQUISA DE CAMPO

MITOLOGIA

1º PERÍODO

[pic 1]

Uberlândia - junho 2016

JOÃO C. S. COSTA

JOÃO C. S. COSTA

PESQUISA DE CAMPO

MITOLOGIA

Trabalho de campo, síntese da Palestra sobre Mitologia: Um diálogo atemporal com a religião e a cultura, com o Prof. Dr. José Benedito de Almeida Júnior.

Mitologia:

Um diálogo atemporal com a religião e a cultura

Síntese da Palestra realizada no dia 17 de junho de 2016 às 20 horas na Igreja Monte Hebron, com carga de 2 horas sobre Mitologia: Um diálogo atemporal com a religião e a cultura, com o objetivo de alcançar entendimentos práticos sobre o seguinte questionamento: Afinal pra que serve a mitologia? Com o Prof. Dr. José Benedito de Almeida Júnior.

Foram levantados questionamentos práticos sobre como estudar os mitos, essa palavra “mito” que por vezes traz um significado negativo, popularmente traduzido como “falsa ideia sobre”, exemplo: mitos da educação, mitos do trabalho, etc., e assim fomos levados ao debate sobre os mitos, a rejeição das civilizações ao mito nasceu da rejeição às religiões gregas, no entanto, no século 19 o estudo dos mitos foram restaurados, os mitos são a representação da ideia pelas civilizações, expressando arquétipos¹ da religião humana, como narrativas que orientam para a vida. Mitos são ligados a rituais religiosos, conheçamos a diferença entre mito e rito. Mito: narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Rito: Reprodução do que os deuses fizeram, participar dos mesmos princípios do que os deuses fizeram.

E assim o palestrante Prof. Dr. José Benedito, discorre sobre a mitologia sumeriana, falando sobre o deus Tiamat, então numa trama de assassinato Marduk enfrenta e mata Tiamat e se torna deus supremo, criando o ser humano com a mistura do barro e sangue da serpente. Um tipo de estranhamento encontrado na história mitológica. Ainda discorrendo sobre o assunto, agora trazido pelo Prof. Dr. José Benedito sobre a mitologia grega, onde Dionísio Zagreu, nascido de Zeus com uma deusa mortal que ordena aos titãs a morte da criança que é protegida de Zeus, a criança é morta e cortada em 14 pedaços e comida, então Zeus enfurecido contra os titãs, fulmina-os que viram cinzas e essas cinzas se transforma nos seres humanos.

Conforme proposta apresentada no título dessa palestra, “Afinal pra que serve a mitologia?” a mitologia é usada, então, como interpretação das histórias, como num sonho onde não há lógica do tempo/espaço, e as históricas são “mal contadas”, onde é preciso que se desvende os mitos, para tanto são utilizadas as linguagens simbólicas que são próprias dos mitos; holística e não limitada, na prática, traz-se o seguinte questionamento para reflexão: Já tentou escrever um pensamento, um sonho, uma intuição? O sonho não respeita a temporalidade, a lógica, ao tentar descrever esse pensamento, conclui-se que há uma perda da essência magistral da ideia original que se tinha antes da sua descrição, como se a tentativa da descrição trouxesse ainda mais questionamentos do que as respostas, tirando assim, o “brilho” da ideia original.

O Rito vivido provoca uma emoção (energia), somos então convidados a “retrabalhar as duas mitologias citadas” sob um entendimento de Joseph Campbell “Os mitos servem para vivermos nesse mundo” Eles devem ser interpretados como orientações para passarmos pelos momentos de crise e grandes decisões. Então temos uma espécie de bússola que nos indica o “norte” em uma imagem de deserto, onde não sabemos qual direção tomar! Essa orientação vai nos ajudar a decisão sobre: Qual lado devo seguir? Qual a referência? É disso que trata o mito, pois se olharmos para o mito apenas como literatura não nos permitiremos entender o mito de forma a trazer uma referência de orientação. Num paralelo sobre o que diz Platão: As pitonisas eram consultadas para aconselhamento pelos generais, porém estas não estavam de posse da razão, apenas após entrarem em êxtase com a inalação de uma gás. Após atingir o êxtase é que as pitonisas estavam aptas a aconselhar. Ainda no conceito de orientação e direção, imaginemo-nos no meio de um oceano, perdido, numa situação de crise, a mitologia é a referência para a sociedade que a possui. As constelações representam uma orientação no céu como metáforas dos mitos, por exemplo: constelação de Orion (gigante caçador, colocado por Zeus entre as estrelas na forma da constelação de Órion). Concluímos portanto que os mitos são escritos para interpretarmos uma situação de crise, através de uma mensagem simbólica, no exemplo apresentado, através da posição dos astros, quando entendemos sua posição passamos a ter uma referência da nossa localização. Na tábua de Esmeralda "Aquilo que está abaixo é como aquilo que está acima, e aquilo que está acima é como aquilo que está baixo, para realizar as maravilhas de uma coisa. E assim como todas as coisas surgiram do um, pelo desígnio do uno, assim todas as coisas nasceram desta única coisa."

Conforme explica o Prof. Dr. José Benedito: da mesma forma que os deuses que estão “em cima” há uma espécie de astro inferior que também orienta. Aqui citado também pelo Prof. o Oráculo de Delfos, onde os gregos recorriam ao oráculo para perguntar aos deuses sobre problemas cotidianos, questões de guerra, vida sentimental, previsões de tempo, etc., O dito professor também traz o tema do humanismo-niilismo², e reforça: Conhece-te a ti mesmo, é preciso termos referência, entender, assimilar e “dar o próximo passo”, conforme Jung: “Ter os mitos como guias para o mundo interior e para o mundo exterior”. Nessa Vida Simbólica: ter referência ajuda a superar os momentos de crise, o mundo interior podendo gerar efeitos no mundo exterior, influenciando e podendo gerar discrepâncias ao exterior, por exemplo: crise de um país, a partir daquilo que afeta cada indivíduo e como encontra a solução para a crise, ou seja, entender os mitos nos ajudam a viver bem esse mundo, fazendo a diferença em seu contexto, pessoal, religioso, político, financeiro, etc., e o mundo interior, sendo mundo interior a alma, consciência.

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