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Uma Singela Forma de Orar

Por:   •  19/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.040 Palavras (5 Páginas)  •  407 Visualizações

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Uma singela forma de orar

OS 5 - Páginas 134-148

Introdução

Esta pequena obra foi escrita no começo de 1535 e impresso por Hans Lufft em Wittenberg, o livro se tornou muito popular e teve quatro edições naquele ano. Posteriormente, nos 11 anos entre 1535 e a morte de Lutero em 1546, esse escrito foi publicado em 11 edições. Ao todo foram feitas 20 edições em alemão, além de duas edições no dialeto do “baixo alemão” e em 1537 surgiu uma tradução para o latim. Nesse escrito Lutero ensina os cristãos a compreenderem toda a sua existência como vivida diante de Deus. Escrito de forma muito simples e sincera, pôde dar testemunho de uma grande confiança no amor de Deus para com todos os pecadores. Lutero dedicou o livro ao seu amigo Pedro Beskendorf, um amigo de muitos anos, que foi chamado, por causa da sua profissão, de Pedro Barbeiro. Lutero já fazia a barba com ele uns 18 anos no mínimo, pois numa carta escrita a Christoph Scheuerl de Nürnberg, em 1517 envia saudações ao “mestre Pedro”. Em 27 de março de 1535, aconteceu uma tragédia. Pedro estava na casa de seu genro Dietrich. Ele estava alcoolizado e acabou matando Dietrich. Foi um acidente, como tudo indica; mas não deixou de ser uma morte violenta. Apesar disso, Lutero, em edições posteriores, não tirou o nome do criminoso da dedicatória do escrito. Pois afirmava que Deus aceita justamente os pecadores; é justamente nas situações de pecado que é necessário apelar à misericórdia de Deus.

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Lutero escreve este pequeno livro para o seu amigo barbeiro Pedro Beskendorf com o objetivo de lhe passar a sua experiência com a oração e a forma como costumava fazê-la. Lutero relata que as vezes, por causa das suas ocupações e pensamentos alheios, perde a vontade de orar. Sendo que em a todo momento, a carne e o diabo dificultam e impedem a oração. Lutero aconselha que, de manhã cedo, se faça da oração a primeira atividade, e de noite, a última; prevenindo-se dos pensamentos enganosos que dizem: Daqui a pouco vou orar, mas antes tenho que resolver isso ou aquilo. Lutero cita uma frase atribuída a São Jerônimo que diz: Todo trabalho do crente é uma oração. E segundo um provérbio que diz: Quem trabalha bem, ora em dobro, o que significa que uma pessoa crente teme e honra a Deus em seu trabalho e se lembra de seu mandamento, para que assim não faça nenhuma injustiça contra ninguém. Por outro lado, a obra de um descrente não é nada menos que pura maldição e quem trabalha desonestamente amaldiçoa em dobro.

Sobre a oração constante, Lutero cita o que Cristo diz em Lucas 11.9 que se deve orar sem cessar, pois é necessário acautelar-se contra pecados e injustiças, o que não acontece onde não se teme a Deus e não se conhece o seu mandamento, conforme o Salmo 1.2: “Bem-aventurado aquele que medita dia e noite na lei do Senhor”. Lutero aconselha para que não desabituemos da oração, nos tornando relaxados e preguiçosos, frios e insatisfeitos. Haja vista que o diabo não é preguiçoso nem negligente nas suas investidas contra o espírito de oração. Lutero recomenda que de joelhos e mãos postas em oração e os olhos voltados para o céu, possamos dizer: Ó Pai Celeste, Deus Querido, sou um pecador pobre e indigno, que não mereço levantar meus olhos ou minhas mãos a ti e orar. Visto, porém, que mandaste que todos oremos, e ainda prometeste atender-nos, inclusive nos ensinaste as palavras que devemos usar e a maneira como fazê-lo através de teu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, venho obedecer a esse mandamento. E me fio em tua graciosa promessa, e oro em nome de Jesus Cristo,

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