A Poluição da água traz diversos prejuízos

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1. INTRODUÇÃO

Nesses últimos anos a questão ambiental tem sido apresentada como forma de marketing por empresas. E por políticos tais como prefeitos, deputados, governadores e presidentes que visam verbas maiores criando muitos projetos para minimizar a degradação do meio ambiente mais, com grande hipocrisia para lesar o povo.

Na medida em que a população cresce no país cresce também a capacidade do homem intervir na natureza para satisfação de suas necessidades e desejos crescentes, surgindo tensões e conflitos quanto ao uso dos espaços e dos recursos.

Podemos observar a falta de cuidado com os nossos rios nos dejetos que são lançados em suas águas sem nenhum tratamento prévio, os lixos são descartados sem nenhuma conscientização humana. Logo se ver que as pessoas ainda possuem pouca consciência que a participação individual faz toda diferença. Mesmo com essa hipótese podemos ainda fazer a seguinte pergunta: Como encontra o nível de consciência ambiental da prefeitura e da população da cidade de Itanhém a respeito da contaminação do rio Água Preta?    

    Nesta perspectiva, este trabalho denominado “Os nossos rios pedem socorro” aborda um estudo feito no rio Água Preta da cidade de Itanhém-Bahia, a fim de observar e analisar a poluição e as consequências que afetam a população,a fauna e a flora desta região.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1971), água poluída é aquela cuja composição e ou estado tenham sido alterados, tornando-a inadequada para todas ou algumas das funções e fins. Ainda segundo a OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1972), contaminação é a introdução ou descarga na água de organismos patogênicos ou de substâncias tóxicas que a torne imprópria para consumo público ou usos domésticos.

Os poluentes quando presentes na água podem resultar em danos ao homem, às outras formas de vida e ao próprio ambiente aquático. Sabe-se que a água contaminada pode conter micro-organismos patogênicos transmissores de doenças. 

A poluição da água traz diversos prejuízos, pois compromete os seus diversos usos, dentre eles a irrigação na agricultura, o abastecimento humano e industrial.

Saneamento básico é indispensável à qualidade de vida. Sanear é controlar os fatores do meio físico do homem, que exerçam ou possam exercer efeito prejudicial ao seu bem estar físico, mental ou social (LOPES,2004). E os reflexos das ações de saneamento ou de sua carência são notórios sobre o meio ambiente em particular os recursos hídricos, sendo essencial a vida humana e desempenhando um papel fundamental de substrato à vida em diferentes ecossistemas, por meio do ciclo hidrológico e da circulação atmosférica global, é fundamental para a regulação térmica do planeta (NASCIMENTO, HELLER,2005).

        

3. DESENVOLVIMENTO

3.1  História Da Cidade

A região, que era primitivamente habitada pelos índios maxacalís, começou a ser povoada pelos brancos procedentes do estado de minas gerais, por volta de 1918, desenvolvendo a criação de gado e a agricultura. Em 1925, o mineiro Simplício Binas fundou a povoação denominada Vila de Água Preta. Com a descoberta de pedras preciosas, o povoamento intensificou-se. Mais tarde vieram pessoas também do sertão baiano e norte capixaba. Em 1930, foi criado o distrito de Nossa Senhora do Itanhém, com este nome por conta do rio Itanhém que corta o município, e subordinado ao município de Alcobaça pelo decreto estadual nº 7129, de 15 de dezembro de 1930. Pelo decreto-lei estadual nº 11089, de 30 de novembro de 1938, o distrito de Nossa Senhora do Itanhém, passou a denominar-se simplesmente Itanhém. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Itanhém, pela lei estadual nº 1031, de 14 de agosto de 1958, desmembrado de Alcobaça. Constituído de três distritos: Itanhém, Batinga e Ibirajá, foram todos desmembrados do município de Alcobaça, tornando-se o distrito de Itanhém a sede do município (IBGE). O topônimo é um vocábulo tupi que significa "bacia de pedra". O gentílico é itanhense.

3.2  Local de pesquisa

         Para realização deste trabalho, visitamos o rio Água Preta localizado na cidade de Itanhém, estado da Bahia. Chegando ao local, localizamos manilhas despejando os detritos de toda cidade naquele rio, destruindo toda biodiversidade.

        Com o passar do tempo, a população foi crescendo e muitos tiveram que construir suas moradias bem próximas ao rio. Ao entrevistar moradores daquele local, vimos a revolta e a indignação dos mesmos, que falaram que já não aguentam mais o cheiro insuportável dos dejetos. Um dos moradores disse que é comum os casos de dengue, diarréia e febre alta nas proximidades onde o esgoto é lançado.

           Além de todo esgoto ser lançado no rio Água Preta falta proteção nas margens do rio. Todas as árvores que existiam ali foram derrubadas pelo homem, afim de que houvesse progresso nos tempos de ignorância humana, no qual todos os líderes políticos ajudavam os imigrantes lhes dando grandes pedaços de terras para que estes desmatassem e pudessem permanecer no local criando seu gado e explorando toda a natureza.  Retirando assim, o direito de lutar por melhores condições. Os esgotos lançados sem um tratamento adequado causam doenças em todo mundo, como por exemplo: diarréia, leptospirose, cólera, hepatite esquistossomose e outras. Além disso, há a quantidade de pernilongos e demais insetos que tiram a tranquilidade dos moradores.   Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografias e Estatística), cerca de 100 milhões de brasileiros vivem diariamente sem coleta e tratamento de esgoto. Isso acarreta em uma direta contaminação do solo, além de ser responsável por cerca de 30% de toda mortalidade nacional. De todo o esgoto coletado, apenas 10% é tratado, o restante é despejado livremente nos rios.

        Desse modo, observamos que os principais fatores que levaram à poluição do rio Água Preta foram à grande quantidade de esgotos sujos que caem diretamente em suas águas; os lixos urbanos, como as garrafas pet, lixo orgânico, detergentes, móveis, entre outros e principalmente a falta de conscientização da população.

4. Gráficos: Instalação sanitária a nível nacional.

O aumento da população coberta pela rede pública de esgotamento sanitário foi de quase 100% no período, passando de 25% (1980) para 44% (2000). Se considerada a fossa séptica, a cobertura era de 44% em 1980, aumentando para 59% em 2000 (gráficos 1 e 2).