A Potencialidades do Vale do Jequitinhonha

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI[pic 1][pic 2]

FACULDADE INTERDISCIPLINAR DE HUMANIDADES

CURSO DE TURISMO

Potencialidades do Vale do Jequitinhonha

                                                        Marcus Vinícius Moreira

Diamantina/MG

Março de 2015

INTRODUÇÃO

        O estado de Minas Gerais situa-se na região sudeste do Brasil, o quarto maior do país em extensão territorial, e estado com maior quantidade de municípios. No total são 853 municípios e população estimada em 20.869.101 habitantes de acordo com o IBGE (2010). O estado encontra-se subdividido em mesorregiões sendo elas: Noroeste de Minas, Norte de Minas, Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Central Mineira, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce, Oeste de Minas, Sul e Sudoeste de Minas, Campos das Vertentes e Zona da Mata.

        De modo geral o estado apresenta bons indicadores de crescimento, sua economia é pautada de exploração de minério, agricultura, pecuária e industrias. As subdivisões apresentadas acima possuem peculiaridades, cada possui uma atividade econômica especificas e indicadores sociais específicos.  

A mesorregião a ser abordada é o Vale do Jequitinhonha encontra-se no nordeste do estado de Minas Gerais. Possui em sua totalidade 52 munícipios, com uma população estimada de 981.121 habitantes segundo o IBGE (2010). A região possui algumas características do sertão nordestino e tem os menores indicadores econômicos do estado de Minas Gerais.

Alguns autores indicam o Vale do Jequitinhonha como sendo o “vale da miséria” em função dos indicadores sociais e econômicos do local ser baixos. A região possui indicies elevados de pobreza, desnutrição, mortalidade, analfabetismo, desemprego, o que acaba também tendo um efeito negativo na região causando grande êxodo da população do vale para outras regiões.

Dentro do vale do Jequitinhonha existem três divisões virtuais sendo Alto Jequitinhonha, Médio Jequitinhonha e Baixo Jequitinhonha. São essas divisões que daram o foco do estudo a ser apresentado. Em função dos autores a serem tratados trabalham o Vale do Jequitinhonha nessa perspectiva, pautando seus estudos em analises dessas três regiões. Figura1.

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Apesar desses indicadores negativos sobre o Vale é possível reconhecer que o local é muito rico culturalmente. Possui festas tradicionais, manifestações artísticas, festas religiosas, eventos programados, artesanato, comunidades quilombolas dentre outras. Os autores a serem trabalhados são GOMES e LACERDA (2005).

O primeiro autor faz um estudo no Vale do Jequitinhonha, com o intuito de fazer uma projeção do avanço do local entre os anos de 2000-2030. Para realização do estudo utiliza um método conhecido como Apportionment Method   que o permite pegar indicadores socioeconômicos atuais e prever como será essa realidade com o passar dos anos.

Já a segunda autora vem fazendo a leitura da paisagem  do Vale a partir das três divisões, identificando traços características marcantes entre os locais. Ela designa nomes a diferentes regiões que ela analisou que foi a Serra do Espinhaço, Chapada dos Cafezais e Pontões de Granito. A partir da leitura da paisagem e possível identificar características que apresentam potencial para o desenvolvimento da atividade turística.

        

        

DESENVOLVIMENTO

Os autores GOMES e LACERDA, tratam o Vale do Jequitinhonha em seus respectivos estudos contendo as divisões de Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. As regiões são estudas em conjunto e isoladamente são avaliados seus indicadores sociais, suas características econômicas, taxas de alfabetização, desemprego, êxodo da população para outros locais, passagens que apresentam potencial ara o desenvolvimento do turismo.

Essa divisão do vale é fundamental para o entendimento da realidade ali existente. Segundo GOMES possui um ambiente similar ao sertão nordestino, possui diversas chapadas e grutas, e uma beleza cênica.  Seu trabalho faz mensão a projeção populacional do Vale do Jequitinhonha para o ano de 2030. O Vale foi de certa forma esquecido por algumas décadas, as politicas para desenvolvimento da região começaram a surgir apenas em 1970.  O autor buscou a priori a caracterização das 3 regiões Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha.

Analisando isoladamente os índices sociais, demográficos e a desigualdade econômica de cada munícipio e de cada região. Posteriormente as análises buscou através do método denominado Apportionment Method, conhecido no brasil como Método dos Coeficientes ou AiBi, fazer a projeção populacional para o local.

As projeção que GOMES, faz e que no ano de 2030 a população do Vale do Jequitinhonha será de aproximadamente 748.000 habitantes. O Alto Vale irá ter um nos anos de 2010 a 2030 um declínio em seu crescimento anual, já o Médio e o Baixo Vale apresentaram  um crescimento semelhante.

        Já a leitura do Vale do Jequitinhonha apresentada por LACERDA (2005), vem no sentido de apresentar alguns aspectos diferentes que o local possui saindo um pouco dessa realidade de “vale da miséria”. O trabalho dela tem como foco a observação das paisagens que o vale possui, associando o conhecimento teórico ao pratico vendo o local com um caráter turístico.

        A paisagem tem um poder por si só de impressionar e estimular o turismo no seu local. Pode ser compreendida e interpretada de várias maneiras a partir da percepção e interpretação de cada individuo. Podendo gerar sentimentos de topofilia e biofilia nos visitantes.

        Partindo desse pressuposto LACERDA (2005), realizou sua pesquisa através da observação de três percursos pre- determinados inseridos na bacia do rio Jequitinhonha. Os percursos analisados pela autora foram: Serra do Espinhaço localizada no Alto Vale, Chapada dos Cafezais localizada na transição do Alto e Médio Vale e Pontões de Granito localizados entre o Médio e Baixo Vale.  O conclusão obtida pela autora através da analise dessas três paisagens e que o contexto turístico poderia ser muito benéfico, pois o Vale possui muitas potencialidades como identificado durante sua tese.