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A Tecnologia e o Setor de Eventos

Por:   •  3/8/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.485 Palavras (6 Páginas)  •  267 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

CURSO DE GESTÃO DE TURISMO

ESTER CAZAL DA SILVA

TECNOLOGIA E O SETOR DE EVENTOS

SÃO PAULO

2021

ESTER CAZAL DA SILVA

TECNOLOGIA E O SETOR DE EVENTOS

Trabalho apresentado à disciplina de Organização de Eventos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus São Paulo como nota parcial para aprovação na disciplina do curso técnico em Gestão de Turismo, turma X1 Matutino.

Professora Rosineide Maria de Lima.

SÃO PAULO

2021

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        4

2. DESENVOLVIMENTO        5

3. CONCLUSÃO        7

4. REFERÊNCIAS        8

1. INTRODUÇÃO

A seguinte pesquisa visa discorrer a respeito do setor de eventos, de seu grande crescimento na última década e de sua relevância econômica, além de sua relação com a tecnologia, num cenário anterior e após pandemia. Também falará sobre os impactos negativos que a crise mundial trouxe ao segmento e as soluções encontradas e que estão sendo executadas pelos profissionais da área. Além disso, abordará a questão das novas ferramentas tecnológicas, da nova forma de se fazer eventos e quais as expectativas para o futuro do setor.  

2. DESENVOLVIMENTO

O setor de eventos é muito amplo, envolvendo 70 segmentos da economia, entre eles: Fornecedores, entretenimento e serviços. Esse segmento expandiu muito nos últimos dez anos. Entre 2013 e 2019, ele cresceu, em média, 6,5% ao ano e segundo a ABEOC (Associação Brasileira de Empresas e Eventos) a área de eventos corporativos cresceu 14% em 2019, se comparado a 2018. Ocorreu bastante profissionalização na área, mesmo que ainda falte mão de obra qualificada, pois é necessário interesse municipal (o município que investe e desenvolve o setor naquela localidade). Além disso, movimentava cerca de R$ 270 bilhões, o que representa 4,32% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, e abrangia 60 mil empresas de serviços, gerando mais de 7,5 milhões de empregos diretos, indiretos e terceirizados. A capital São Paulo concentra 40% dos eventos corporativos e sociais do país, sendo mais de 27 mil estabelecimentos.

A expectativa para 2020 era de que ocorresse um aumento de 14% no setor, e na perspectiva do faturamento, o previsto era de 10%. Porém, com o advento da pandemia da COVID-19, o setor foi muito prejudicado. Uma pesquisa de abril de 2020 do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas), junto com a ABEOC e a UBRAFE (União dos Promotores de Feiras) mostrou que o setor está na lista dos pequenos negócios mais vulneráveis por conta da pandemia, já que 98% das empresas foram impactadas negativamente. Os dados da ABRAFESTA (Associação Brasileira de Eventos) mostram que o setor mostrou uma queda de 95%. A previsão era que ocorresse uma queda em 2020 de mais de US$ 120 bilhões em termos absolutos, uma retração de 5,6% em relação a 2019, de acordo com a pesquisa “Global Entertainment & Media Outlook 2020-2024”, da empresa de consultoria e auditoria PwC Brasil. Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) previu contração de ao menos 6% da economia global e de 7,4% no Brasil, em 2020. 

Foram necessárias resoluções inteligentes, que trouxessem maior produtividade, menos esforço e gastos e que permitissem que o setor continuasse, entre elas: O investimento no conhecimento, para aprimorar técnicas no trabalho virtual (que já existia no período anterior a pandemia). O conhecimento se relaciona à criatividade, que só é adquirida a partir da tomada de consciência da situação, e a partir dela a resolução de conflitos pode acontecer; O desenvolvimento de competências e habilidades, como estratégias de marketing nas redes (divulgação), eventos, palestras, cerimônias, workshops, shows, festividades e painéis virtuais (como lives, visando à mesma interatividade que ocorre presencialmente e que, dependendo, dão certificações) e encontros por videoconferência, tendo ocorrido um verdadeiro domínio do espaço online. Até mesmo eventos drive-in entraram como parte da solução do problema; A ética, que é pautada nos relacionamentos com clientes, consumidores internos das empresas, fornecedores, etc. É o respeito aos valores e direitos das pessoas. Em uma entrevista de 2019, 76% dos profissionais do mercado de eventos disseram acreditar que o formato digital de eventos seria o mais utilizado no futuro, mesmo que poucos realmente investissem nisso.

Segundo Daniela Colin, diretora de Desenvolvimento de Novos Produtos na Positivo Tecnologia: “Há vantagens significativas nos eventos híbridos ou virtuais, como a possibilidade de expansão do público, conexão entre pessoas de qualquer lugar do mundo (sem preocupações com limitações geográficas), amplificação das relações (maior alcance, interação e aproximação com a marca), redução de custos, extensão do ciclo de vida do evento com a perenidade do conteúdo (pois ficam disponíveis para consultas por mais alguns dias após seu término), flexibilidade e conveniência”. Essa situação levou ao crescimento em até 400% dos serviços de transmissão online das empresas de tecnologia.

As ferramentas tecnológicas já vinham sendo utilizadas nos eventos, como exemplos: plataformas próprias das empresas para transmissões de eventos (streaming) e publicação de conteúdos originais, como artigos e notícias; reconhecimento facial nas entradas, o que não é tão comum por ser relativamente caro; redes sociais e influenciadores digitais; CRM (Customer Relationship Management, ou Gestão de Relacionamento com o Cliente), um software de inteligência de gerenciamento e análise da interatividade com o consumidor, que avalia a gestão, o que deve ser melhorado, as expectativas, necessidades e desejos dos clientes. Ocorreram parcerias entre startups de tecnologia para o fortalecimento no momento de crise e o mantimento do setor de eventos através de novos instrumentos para as empresas, aproveitando que a oferta e demanda por conteúdos online cresceu.

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