EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: A HISTORIA QUE NÃO SE CONTA
Por: Jucenir Mello • 26/4/2019 • Monografia • 678 Palavras (3 Páginas) • 429 Visualizações
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Centro Universitário UDF
Jucenir Silva de Melo RGM: 15534880
EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: A HISTORIA QUE NÃO SE CONTA
Resumo do Primeiro Atos
Ao analisarmos o texto “Educação física no Brasil: a história que não se conta”, Primeiro atos percebemos que a historia da educação física no Brasil se confunde em alguns momentos com a dos militares. O que reforça essa ideal é a criação da escola militar (Academia Real Militar), tendo como Pedro Guilhermino Meyer para função de contra mestre de ginástica da escola militar. Esse vínculo com os militares era tão forte que o professor Walter Areno (vice-diretor da primeira diretoria civil da escola nacional de educação física da universidade do Brasil), referiu-se á escola de educação física do exercito como “... Uma escola de respeito “ uma instituição a quem nos devemos render homenagens (...) um dos berços da educação física no Brasil...”. A educação física era vista de forma “nada educativa” tendo como base as atitudes descontroladas e pouco dignas que frequentemente se observava nos jogos, por parte dos jogadores e do público.
O positivismo teve bastante espaço no território brasileiro, devido o processo de colonização e o atraso do cenário europeu na época, e logo encontramos o mestrado de Carlos Bergo “O positivismo como superestrutura ideológica no Brasil e sua influencia na educação”, onde dizia que a escola militar, o colégio militar e a escola naval eram as que mais contribuíam aos ideaispositivistas. Esses ideais eram impostos desde a república velha com o “slogan de ordem e progresso” e logo depois, na república hodierna, sob a égide de “segurança” (no lugar de “ordem”) e “desenvolvimento” (no lugar de “progresso”). Nesse período o maior desafio era manter a ordem social e a doutrina da segurança nacional.
A educação física no Brasil, desde o século XIX, era vista para forjarem individuo forte, saudável, indispensável para o desenvolvimento do país, pois tinha acaba de sair da sua condição de colônia e precisava de homens desse tipo de individuo para construir seu próprio estilo de vida, e devido a isso a educação física era associada à educação voltada ao físico, à saúde corporal. Logo os médicos tinham como objetivo higienizar ar e redefinir os padrões de conduta física, moral e intelectual da “nova” família brasileira, pois se proclamavam com os mais competentes para essa função. Como dizia Forcault: “corpo sadio, limpo, valido, o espaço purificado límpido e arejado (...) eram algumas leis morais e essenciais da família”. Essas medidas asseguravam a saúde e a longevidade dos indivíduos, melhorando também a moral pública do país. Essa pedagogia medica ultrapassou os limites da saúde individual, enquanto alterava o perfil sanitário da família, modificou também, sua refeição.
A partir disso, os higienistas definiram que o papel da educação física era de criar o corpo saudável, robusto e harmonioso organicamente, fazendo desse corpo um corpo de raça e representante de uma classe. O racismo e preconceito social estavam ligados a esses pensamentos higienista. Para explorar e manter explorado, em nome da superioridade racial e social da burguesia branca, todos os que por sua definição étnica ou pela marginalização socioeconômica, não era convidado a forma-se ao modelo anatômico construído pela higiene.
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