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O Serviço Social na década de 2000.

Os parâmetros utilizados pelos Assistentes Sociais na década de 80 são diferentes dos parâmetros usados na década de 2000, graças às lutas e avanços conquistados pelo Serviço Social. Hoje apesar das marcas da herança tradicional assistencialista o Serviço Social, já é entendimento comum que a atuação voltada para a benesse social e para a filantropia em nada modifica a situação de vida das pessoas, o profissional do Serviço Social da década de 2000 atua em conjunto com o sujeito na elaboração de estratégias para que haja inclusão de Direitos, para que o sujeito seja protagonista, o que implica em “fazer com e não para”, potencializando as ações do sujeito.

Além dos avanços conquistados nas décadas anteriores temos novas conquistas significativas; a LOAS – (Lei Orgânica da Assistência Social -8.742/93), a Política Nacional de Assistência Social, PNAS aprovada em 2004, o Sistema Único de Assistência Social em 2005, a Norma Operacional Básica de Assistência Social– NOBSUAS/2005; o CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, Resolução CFESS nº493/2006, a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS/2007 entre outras. O Serviço Social ganhou força e tornou-se política pública, garantia de Direito sem prévia contribuição e gerou projetos, programas e benefícios sociais, o que trouxe um diferente cenário para atuação do profissional do Serviço Social. A atuação profissional ampliou-se podendo o profissional de Serviço Social atuar no setor privado, publico, no terceiro setor, participando de conselhos de Direitos e de lutas pela consolidação dos Direitos.

O campo de trabalho do Assistente Social foi ampliado, surgem novos desafios, e o profissional trabalha com a “questão social” não mais se credita aos homens a “culpa” pelas situações sociais vividas, (que tratavam as situações sociais como problemas pessoais que deveriam ser resolvidos individualmente), hoje a atuação profissional é em uma perspectiva global, fundamentada na identificação das determinantes sócia econômica e cultural das desigualdades sociais, como assegura o artigo 2º do Código de Ética;

“Art. 2

O assistente social passa a atuar na política de Assistência Social devendo afastar-se das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos individualmente e sim numa atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação dos determinantes sócio econômicos e culturais das desigualdades sociais.”

Hoje, entende-se que os homens são os sujeitos da “questão social” com repercussão na família, no trabalho, na educação, a saúde, nos grupos étnicos, habitação, entre outras formas de não dos direitos. É procurando capacitar o sujeito para que ele emancipado, tenha acesso aos seus Direitos políticos e sociais, fomentando a participação popular para lutar, construção e contribuição para as reformas sociais.

O serviço Social no Brasil é jovem tem menos de um século de existência, e vem ascendendo promissoramente. Comparando as décadas de 80 e 2000 como vimos percebemos muitas mudanças e significativos os avanços. As primeiras décadas