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ESTAGIO SUPERVISIONADO

Por:   •  10/10/2016  •  Ensaio  •  1.077 Palavras (5 Páginas)  •  526 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

CONSÓRCIO CEDERJ

AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA I  

ESTÁGIO SUPERVIONADO III

JAQUELINY MENESES DE ARAÚJO

11115100095

LICENCIATURA EM  TURISMO – 7 ° PERIODO

AGOSTO -2015

ANGRA DOS REIS – RJ

Revista Educação - Edição: Setembro/2011

Texto: A Marca da Desigualdade

Autores: Alceu Luís Castilho e Fábio de Castro

Descrição da obra:

Por meio de entrevistas e dados estatísticos, os autores constataram que o ensino noturno atende cada vez mais a periferia e o aluno mais necessitado, que precisa trabalhar durante o dia. Assim, tende a sintetizar as desigualdades sociais, econômicas e educacionais. Como exemplo, os autores citam  o fato de poucos alunos do período noturno se inscreverem em vestibulares e tentarem vagas em universidades públicas e privadas. Alunos do período noturno representam 43% do total de alunos do ensino médio público, mas nem tentam entrar em instituições de ensino de nível superior.

Os autores também relatam que os estudantes chegam atrasados devido ao trabalho, apesar de a saída mais cedo do trabalho ser garantida por lei. A escola, por sua vez, proíbe o aluno de entrar fora do horário e não faz nada para o empregador cumprir a legislação. Cansados e com fome (diversas escolas não têm merenda ou lanchonete), muitos alunos desejariam passar em casa após o trabalho, mas não podem. O horário apertado estrangula o rendimento. Na outra ponta, muitos estudantes saem mais cedo, cansados ou para pegar o último ônibus. Alguns alunos das escolas públicas  chegam quase às 2h da manhã em casa.

O texto questiona se esse aluno é capaz de aproveitar todo o conteúdo durante a noite. Alunos da mesma série do noturno têm, no mínimo, um ano de evasão de conteúdo em relação ao diurno.  Por outro lado, não é possível encurtar mais a jornada, pois o aluno não vai conseguir aprender em três horas, cansado, o que os outros fazem no dia em cinco horas. Os autores discorrem ainda o fato de que o aluno do período noturno possui uma realidade cotidiana diferenciada e os mesmos possuem interesses distintos e saberes específicos que a escola não aborda.

Apreciação critica:

No texto, os autores criticam a afirmação que garante aos alunos da rede pública de ensino médio a mesma qualidade de ensino proporcionada pelo mesmo curso diurno. O rendimento dos alunos do período noturno é menor pois eles enfrentam situações cotidianas distintas dos alunos do turno diurno.

As aulas do período noturno transformaram-se em uma espécie de ensino para alunos que trabalham, as instituições de ensinam parecem ignorar tal realidade e não tem investido em projetos e programas voltados especificamente para a melhoria da qualidade de ensino para estes alunos. O texto “A Marca da Desigualdade” retrata a falta de atenção à questão da diversidade e às especificidades do aluno da noite, neste contexto, é necessário trabalhar conteúdos coerentes com o mundo do trabalho, despertando um interesse maior nos alunos, promovendo a busca pelo conhecimento de forma emancipatória.

Segundo os autores (e eu concordo plenamente com esta afirmação) os alunos do período noturno possuem necessidades distintas e a didática para eles deve ser dinâmica, ou seja, a atividade de ensino-aprendizagem deve ser prazerosa tanto para alunos quanto para professores. Neste contexto cito as palavras de Paulo Freire:

“A Educação não transforma o mundo, a educação muda pessoas, pessoas transformam o mundo”.

Outro trecho importante do texto, é a parte na qual os autores relatam que poucos alunos do período noturno prestam vestibular para ingressar em um curso de ensino superior, esses alunos perderam a visão que a educação pode transformar a realidade social deles? O que eles estão de fato aprendendo na escola? A escola tem cumprido o papel de se tornar um espaço que promove o compartilhamento do conhecimento e a multiplicação do saber? Diante do exposto creio que quando o ambiente escolar deve se tornar um espaço que promova a troca de experiências e reflexões entre alunos e educadores, tornando assim, o processo de ensino-aprendizado uma atividade prazerosa, na qual o estudante possa relacionar os conteúdos didáticos com a sua vida cotidiano e com o meio que o cerca.

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