Noroeste

Visita ao Setor Noroeste

        Depois de visitarmos o estádio nacional, fomos ao Setor Noroeste. Localiza-se próximo à asa norte entre o Parque Burle Marx e o Parque Nacional de Brasília, áreas protegidas pelo código florestal brasileiro (figura x).

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        O Noroeste é um bairro ecologicamente correto em todos os sentidos, da construção dos sistemas públicos como saneamento, coleta de lixo a vácuo e energia solar até a construção dos empreendimentos, visando à qualidade de seus futuros moradores. Sua concepção faz parte do Projeto Brasília Revisitada, elaborado entre 1985 a 1987 pelo urbanista Lucio Costa - personagem importante na criação do projeto da capital. O diferencial do Noroeste começa no seu próprio conceito: ele é projetado para ser o primeiro bairro ecológico do Brasil.

         A tendência mundial é que os agentes envolvidos no setor da construção adotem diretrizes ecologicamente corretas na elaboração dos projetos, na realização das obras e no funcionamento do produto final. O pensamento deve estar atento desde a compra do material, como optar pela madeira certificada, por exemplo, ao funcionamento do prédio, que deve ser automatizado com elementos que reduzem o consumo e reaproveitam os recursos renováveis.

       

        Aos poucos, o Setor Noroeste vai ganhado sua forma e características visivelmente ecológicas. Uma das qualidades do projeto está na captação de energia solar, a maioria dos prédios têm revestimentos espelhados para refletir os raios e dissipa-los para áreas verdes que rodeiam o local, essas plantas absorvem a energia diminuindo a intensidade de calor. O aquecimento da água será feito por energia solar. Os elevadores terão motores de alto desempenho, que reduzem o consumo de energia. A iluminação das áreas comuns (sala de entrada, pilotis) serão feitas com lâmpadas que economizam em até 80% o consumo normal.

       Para minimizar o desperdício de água, nas áreas internas dos edifícios residenciais serão utilizados metais e louças sanitárias que utilizem o mínimo de água, conforme as vazões máximas descritas no Manual Verde. No projeto de instalações dos edifícios será previsto coleta de água da chuva, que será armazenada em reservatório no pavimento térreo, considerando a economicidade do sistema. O projeto será elaborado de forma que a água da chuva seja adequadamente tratada e possa ser reutilizada para lavagem de pisos, limpeza geral do condomínio e irrigação reduzindo a utilização de água potável e, por conseguinte, a necessidade de energia para tratamento e para bombeamento até o bairro.

       A água da chuva que chega nos prédios e nas ruas caem e vai para parte mais baixa da cidade. Foi construído um reservatório que será uma “lagoa” na cidade (figura x). Considerada a alternativa mais viável pois o sistema de águas pluviais do DF já se encontra sobrecarregado. Como ainda é novo, apenas um ano e meio, não chegou a encher. Mas o pouco de água que chegou trouxe também lixo e diversos materiais. Na parte mais próxima da entrada de água nasceram algumas plantas devido aos nutrientes trazidos com resíduos e fixaram no local. A força da água na sua chegada é muito forte, e na caída para o reservatório foi construído “escadas” para diminuir o potencial de energia cinética.