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O Filme Fantasia

Por:   •  18/8/2016  •  Bibliografia  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  287 Visualizações

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Em cada cena do filme Fantasia, ocorrem traduções intersemióticas, que  são aquelas em que são utilizados mais  de um sistema para expressar a mensagem desejada, neste filme foram utilizados o sistema da música e da imagem.

Existem três formas de tradução intersemiótica, todas tomam por base a  tríade de signos referente ao objeto , e que são resultado dos estudos de Peirce: ícone, índice e símbolo.Obseva-se  que uma tradução intersemiotica nunca é de ordem puramente icônica, indicial ou simbólica, muitas vezes  encontramos em um só filme ou clipe duas ou até as três traduções agindo de forma simultânnea. A tradução icônica não possui uma conexão perceptível logo ao primeiro olhar com aquilo que quer representar, mas trabalha com as sutiliezas e analogias suas qualidades materiais despertam sensações que nos fazem lembrar do objeto que procura representar, já a tradução indicial é  se dá pelo contato entre  o original e a  tradução , através do contato  físico  com o objeto, sendo interpretada através de uma experiência concreta ,  já quanto tradução simbólica,utiliza-se  de símbolos e metáforas para fazer representação de algo que é abstrato, numa alusão  à essência original do Objeto , às suas características.

È preciso portando para se ler a mensagem presente no filme   compreender  as possíveis articulações entre esses dois sistemas ( música e imagem), isso torn-se possível ao utilizarmos as três categorias fenomenológicas de Peirce: primeiridade, secundidade e terceiridade.  Peirce  afirma  que, primeiridade é possibilidade, qualidade, sendo assim  , é a imagem por si só e  as  possibilidades autoreferenciais existentes nela, é  a música  em  seu estado puro sem intensão de expressar coisa alguma no que diz respeito a mensagem que  se deseja expressar com o filme,  , já na  “Secundidade vivemos a experiência em  seu caráter factual,  observando a binaridade dos fatos:  de confronto e luta, ação e  reação ,  bem e mal quando  a imagem , o som ou em ambos, apontam para algo, só há indicações dos acontecimentos, mas somos levados a entender  o que nos é proposto mesmo na ausência de uma narrativa clássica, percebemos que os signos constroem de forma indireta a mensagem, a narrativa, a partir das significações que os espectadores lhes dão, significações essas provenientes das suas próprias vivências e experiências um exemplo disso é a aparição no filme fantasia do demônio Chernabog ( demônio do folclore eslavo), mas que para o público cristão representará o diabo , essa apreenção  proveniente da semelhança cultural é de caráter simbólico e depende das experiências provenientes da vivencia do individuo, esta figura pode representar os mais diversos demônios das mais diversas culturas.

Em Tocata e Fuga em Ré Menor, de Bach, ocorre o inverso. As imagens operam principalmente como traduções icônicas, apresentando desenhos que remetem a instrumentos musicais, à banda sonora, mas sempre tendendo à abstração. Isso cria uma relação mais íntima com a música, pois podemos perceber claramente que a imagem procura sincronizar sua montagem com o ritmo, suas cores, formas, e movimentos com a melodia, e sua duração – o seu todo – com a harmonia musical. Assim, a análise semiótica de audiovisuais musicais, ainda que reconheça as especificidades tanto das trilhas musicais quanto das imagem, deve submeter, sempre, os videoclipes às gramá- ticas propriamente audiovisuais.

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