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O MUSEU DO HUMOR CEARENSE

Por:   •  12/7/2021  •  Artigo  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  189 Visualizações

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MUSEU DO HUMOR: um equipamento de valorização e disseminação do humor “cabeça-chata” como aproveitamento para o turismo em Fortaleza, Ceara.

Thais Machado Souza

RESUMO

INTRODUÇAO

1 O MUSEU AO LONGO DO TEMPO E NO MUNDO

        O termo “Mouseion”, que na Grécia antiga fora empregado para designar “templo das nove musas”, deu origem à palavra museu. À época, porém, o referido templo não se propunha a servir como espaço de reunião de artefatos para apreciação do homem, mas como local de meditação e concentração, onde eram realizados estudos artísticos e científicos. O conceito, atualmente adotado, de museu sofreu diversas variações, as quais possuem relação direta com o momento histórico no qual se encontra a humanidade.

        

O termo foi pouco usado durante a Idade Média, reaparecendo por volta do século XV, quando o colecionismo tornou-se moda em toda a Europa. Nesse período, o homem vivia uma verdadeira revolução do olhar, resultado do espírito científico e humanista do Renascimento e da expansão marítima, que revelou à Europa um novo mundo.

        

        A atual definição de museu, elaborada em 2007 pelo Conselho Internacional de Museus (ICON) em substituição a outra utilizada por mais de 30 anos, é a mais empregada por profissionais. Segundo o Conselho, museu é uma entidade “sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, estuda, expõe e transmite o patrimônio material e imaterial da humanidade e do seu meio, com fins de estudo, educação e deleite”. Muito antes disso, ainda no século XVIII, já se identificava em praticamente todas as sociedades estabelecimentos destinados àquilo que, agora, é tido como a finalidade do termo.

        A composição do conceito de museu é fortemente marcada por sua época e por seu contexto social. Foi somente no final do século XVIII, por exemplo, que os museus passaram a servir ao público. Antes disso, eles destinavam-se apenas ao aproveitamento restrito de seus proprietários.

A abertura do Ashmolean Museum, na Universidade de Oxford, também marca o início da era dos museus públicos. É nesse período que muitos colecionadores particulares começam a doar suas coleções para o estado. A partir desse momento, imbuídos do espírito do estudo e difusão do saber por meio da observação, são abertos em diversos países europeus museus e coleções públicas estatais.

         Há, aqui, o surgimento dos grandes museus nacionais. No momento, porém, esses espaços destinavam-se à mera observação dos objetos por parte do público e suas coleções não apresentavam qualquer organização. A divisão especializada, demarcada pela área de conhecimento, também aconteceu de forma gradual.

Em um primeiro momento, eram coleções misturadas de curiosidades, artes e objetos culturais e naturais que, paulatinamente, foram se transformando e se especializando, traduzindo uma organização baseada na nascente delimitação das áwreas de pesquisa e conhecimento. Muitos museus desse período, que na Europa vai até o final do século XVIII, traziam embutidas as configurações próprias à uma instituição de pesquisa e foram os responsáveis pela estruturação de disciplinas científicas como a História, a Geologia, a Paleontologia, a Biologia e a Antropologia, entre outras.  

        O século XIX foi o estagio áureo dos museus, e, por isso, ficou conhecido como o “século de ouro” dessas instituições, haja vista a grande disseminação delas por todo o mundo, inclusive no Brasil. Os primeiros museus brasileiros datam daí.

Apesar das primeiras experiências museológicas terem ocorrido no Brasil nos séculos XVII (como o complexo de museu, jardim botânico, jardim zoológico e observatório astronômico criado no Recife por Maurício de Nassau) e XVIII (como a Casa de História Natural que ficou conhecida como “Casa de Xavier dos Pássaros”)1 , o surgimento do museu como instituição científica ocorreu apenas em 1818 com a criação do então Museu Real, que mais tarde se tornou o Museu Nacional do Rio de Janeiro.  

        O Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro, foi criado no dia 6 de julho de 1818 e originalmente denominado de Museu Real. Sua coleção exaltava as ciências naturais, sendo composta especialmente por materiais da fauna e da flora, bem como de componentes minerais. O museu acabou tornando-se referência para a criação de outros, que foram surgindo na sequência, seguindo o mesmo estilo, tais como o Museu Paraense Emílio Goeldi (Belém, 1866), o Museu Paranaense (Curitiba, 1883) e o Museu Paulista (São Paulo, 1895).

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