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O PLANO MUSEOLÓGICO PELA PERSPECTIVA DO TURISMO: MUSEU DA ABOLIÇÃO

Por:   •  2/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE HOTELARIA E TURISMO

CURSO DE TURISMO

Angélica Omena Alves

O PLANO MUSEOLÓGICO PELA PERSPECTIVA DO TURISMO:

MUSEU DA ABOLIÇÃO

HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

No século XVII, o casarão em que o Museu da Abolição - MAB está estabelecido passou por vários proprietários, ele era considerado um dos engenhos mais importantes da região e era conhecido como Sobrado Grande da Madalena.

Já no século XIX, o casarão passou a ser conhecido como “Casarão de João Alfredo”, pois João Alfredo Corrêa de Oliveira, um dos abolicionistas que lutou para o fim do sistema escravagista, assim como Joaquim Nabuco, o recebeu de herança. Ainda no mesmo século, o estabelecimento sofreu uma grande restauração, adaptando-se ao estilo neoclássico e voltou a ser conhecido como Sobrado Grande da Madalena.

Durante a II Guerra Mundial o Museu foi ocupado por uma unidade do Exército Brasileiro e logo após foi utilizado como garagem e oficina para conserto de ônibus, o que o deixou em péssimo estado de conservação e, por fim, abandonado.

Na década de 50 o professor Martiniano Fernandes elaborou a proposta de criação do Museu da Abolição, com sede no Recife, e encaminhou ao Senado Federal em honra aos abolicionistas João Alfredo e Joaquim Nabuco. Em 22 de dezembro de 1957, cria-se, então, o Museu da Abolição com Sede no Recife em homenagem àqueles dois abolicionistas.

O MAB foi oficialmente inaugurado em 1983, com a exposição “O Processo Abolicionista Através dos Textos Oficiais”. Em 1990 o museu foi fechado em consequência da reforma administrativa imposto pelo governo de Fernando Collor. Após 6 anos fechado, em 1996 o Museu da Abolição reabre com o espaço físico reduzido, em consequência da ocupação do pavimento superior pela 5ª Superintendência Regional do IPHAN que só vem desocupar as instalações em janeiro de 2010.

No ano de 2005, o MAB foi obrigado a suspender o atendimento ao público, por falta de condições de trabalho e de estrutura para atendimento e desenvolvimento de suas ações. A iniciativa partiu de sua própria administração, que avistou uma oportunidade para repensar o conceito da instituição. Logo, então, criou o Seminário “O Museu que Nós Queremos” como proposta para estimular a participação da sociedade na construção de um novo museu.

Em março de 2008, o museu reabriu com a Exposição Campanha “O que a Abolição não Aboliu” trazendo uma nova perspectiva do negro e da abolição.

JUSTIFICATIVA

O Museu da Abolição tem tudo para se integrar ainda mais ao turismo, pois promove a reflexão crítica sobre o processo escravagista, além de estimular práticas culturais, educativas e de lazer no espaço do museu, ou seja, o museu é um elemento indispensável para o turismo cultura e para a comunidade ao seu entorno. Além de impulsionar a economia, o turismo cultural proporciona a preservação das entidades culturais.

PROGRAMAS

O Museu da Abolição íntegra 11 dos 12 programas dos Subsídios para a Elaboração de Planos Museológicos, dentre eles: O Programa de Exposições, Programa Educativo e Cultural e o Programa de Atividade e Serviços.

I. Programa de Exposições

O Programa de Exposições permite o acesso público ao acervo do museu, no caso do Museu da Abolição, seu acervo leva o visitante à reflexão da história e cultura afro-brasileira.

“As exposições constituem um instrumento-chave para permitir o acesso público aos acervos de museus. Podem ser inovadoras, inspiradoras e conduzir o visitante à reflexão, proporcionando ótimos momentos de prazer e aprendizagem (FERNANDES, 2001, p. 19).”

As exposições temporárias e itinerantes do Museu da Abolição levam em consideração principalmente as demandas da sociedade ao utilizar os espaços expositivos, mostras temporárias propostas pelo museu ou demandadas por artistas e instituições locais. Diferente da exposição de longa duração que, segundo o Plano Museológico, era para ser sempre atualizada, renovando a dinâmica da memória dos diversos grupos que de debruçam sobre os temas que ela aborda, e com isso permitir que os conflitos inerentes à sua construção se expressassem em seus resultados;

As exposições podem ser a grande chave para o museu se tornar um grande atrativo turístico, principalmente por Recife ser uma cidade com vários atrativos culturais, o Museu da Abolição seria um complemento importante para a história que esses atrativos apresentam. Porém, para se consolidarem como atração de lazer e cultura para os turistas, o museu tem de se consolidar primeiro com a população, ou seja, seria necessário potencializar a divulgação do museu e de suas exposições tanto para público local, quais muitas vezes não sabem nem da existência do museu, quanto para os turistas, visto que os profissionais do museu querem atrair visitantes e oferecer-lhes uma experiência que os surpreendam positivamente.

II. Programa Educativo e Cultural

Segundo o Plano, o Programa Educativo e Cultural do Museu da Abolição promove a reflexão crítica sobre a participação dos africanos e seus descendentes na história do processo escravista brasileiro, na abolição, nas lutas libertárias e na formação da identidade nacional. As ações que o educativo do MAB desenvolve, atualmente, são as visitas mediadas que facilitam o diálogo entre o visitante e as exposições, estimulando a participação direta do público na construção de discursos e questionamentos acerca dos elementos expográficos. Com isto, subsidiam os o processo de troca e construção de conhecimento, reforçando o papel do museu como espaço de educação.

Os motivos que levam a escola e o professor a buscarem os museus como espaço de Educação está

[...] Primeiramente, com uma alternativa à prática pedagógica, já que entendem esta instituição como um local alternativo de aprendizagem. Em segundo lugar, os professores consideram a dimensão do conteúdo científico, chamando

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