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Trabalho Princípios da Ecologia e Proteção ao Meio Ambiente

Por:   •  19/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.940 Palavras (12 Páginas)  •  573 Visualizações

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Curso de Habilitação Profissional Técnica em Guia de Turismo

Nome: Jane Pautz

RA: 13796

Turma: T.G.T. - 032

Trabalho Princípios da Ecologia e Proteção ao Meio Ambiente

Uchoa

2017

 

A atividade turística no território brasileiro vem assumindo um papel importante no desenvolvimento econômico e social em determinadas localidades, com a exploração dos espaços naturais e socioculturais que podem sofrer comprometimentos e vulnerabilidades por conta de ações de intempéries.

Em um país como o Brasil com predominância de clima tropical, com características intensas e que possui grandes variações climáticas em uma mesma região, até mesmo em períodos curtos com menos de 24 horas, o turismo acaba sofrendo influencias negativas por causa das catástrofes ambientais, gerando grandes prejuízos ao setor. A ação do homem na exploração dos recursos naturais, junto com os efeitos climáticos potencializados pelos fenômenos El Nino e La Nina vem causando modificações permanentes em diversas regiões do país, afetando drasticamente as características naturais desses locais que geram danos à atividade econômica, social e cultural. Como resultados das intensificações dessas ações as regiões de turismo no Brasil veem sofrendo com enchentes, secas, desmatamento das florestas, desertificação e também com a poluição industrial.

Enchentes:

As enchentes são resultados das mudanças climáticas ao longo do tempo, anteriormente elas ocorriam mais nos períodos de chuva em locais de várzeas de rios, onde o leito havia sofrido modificações como retificações e onde a impermeabilização do solo era predominante, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Com a intensificação da ação do homem principalmente com o desmatamento, o crescimento desordenado, a pavimentação do solo e a industrialização os períodos de chuvas e a sua intensidade veem sofrendo alterações, gerando período de secas ou de muita chuva, temos como exemplos as cidades do Vale do Itajaí em Santa Catarina, a região de serrana do Rio de Janeiro principalmente nos municípios de Teresópolis, Petrópolis e Angra dos Reis que sofrem com os desmoronamentos das suas encostas, nas regiões metropolitanas como São Paulo, onde todo o fluxo da cidade é afetado como o transporte público, o trânsito, o comércio e a atividade do turismo, por conta dos alagamentos, quedas de árvores, corte na energia, etc. O município de São Luiz do Paraitinga localizado em SP é um bom exemplo sobre os danos que as enchentes podem trazer aos moradores, comercio e ao setor turístico de um determinado local. O município esta inserido na região do Vale do Paraíba, a 180 km de São Paulo, onde a atividade turística é de grande importância para a economia local, ela ficou famosa por preservar imóveis do período XVIII e XIX tombados pelo Condephaat, por suas cachoeiras e o Rio Paraitinga, pela mata atlântica preservada, por esta próxima das praias do litoral norte e por seu famoso carnaval de rua. Em 2010 o Rio Paraitinga que corta a cidade subiu cerca de 10 metros, a água alcançou o nível dos telhados das casas que na sua grande maioria eram de taipa de pilão e pau a pique, estrutura que levam barro na sua composição, e fez com que as paredes das casas e casarões amolecessem e viessem abaixo. Dentre os imóveis a Igreja Matriz localizada no centro histórico do município foi um dos imóveis mais afetados, onde a sua restauração demorou cerca de cinco anos e custou aproximados 17 milhões, com todos os danos e tempo para recuperação a população sofreu bastante com a queda dos negócios que eram voltados para as atividades turísticas.

Regiões como o Pantanal e a Amazônia também sofrem com alagamentos ocasionados nos períodos da chuva, onde o volume precipitado aumenta bastante, disponibilizando o acesso a grande parte desses estados.

Secas:

Apesar de pesquisadores concordarem sobre a importância da Floresta Amazônia na regulação do clima para todo o país, os institutos de proteção ambiental revelam que o desmatamento cresce a cada ano em proporções exponenciais, o que acarreta na devastação e na extinção dos recursos naturais e alteram o ciclo de chuvas e umidade em todo o território brasileiro.

Devido à capacidade das árvores de absorver água do solo, a floresta amazônica possui um importante papel para a regulação do clima na América do Sul. Ela libera umidade para atmosfera, mantendo o ar em movimento e levando chuvas para o continente.

Para Pedro Telles, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, a destruição da floresta é um dos fatores que contribuiu para causar a atual seca, além das ações antrópicas e a má gestão dos recursos naturais. O biólogo Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), também é ponderado ao relacionar a seca ao desmatamento. Ele afirma que pode haver uma relação entre os dois, devido ao papel climático da floresta, mas evita apontá-lo como a causa principal. "Não temos dados para explicar uma queda de precipitação tão drástica somente por esse efeito”.

Entre a comunidade científica é quase unânime a importância da Amazônia para as chuvas no continente. No entanto, há divergências sobre sua relação com a estiagem.

Com chuvas abaixo da média, o volume de água em importantes rios e represas do Sudeste, como o rio Paraíba do Sul, a nascente do São Francisco e o Sistema Cantareira, diminuíram drasticamente. O abastecimento hídrico em várias cidades está comprometido.

A estiagem também contribuiu para aumentar o número de incêndios florestais no Sudeste. Entre janeiro e novembro deste ano, os focos de incêndios aumentaram 275% no Rio de Janeiro, 150% em São Paulo e 135% em Minas Gerais, em relação ao mesmo período de 2013.

A cidade de Água de Lindóia é um exemplo de como a seca pode afetar os negócios turísticos, a estância hidromineral passou por uma grande estiagem que atingiu o estado de SP por completo em 2014. Por conta da falta de chuvas o município teve que impor racionamento de agua para os seus habitantes, além do comercio e indústria. Um dos principais destinos do Circuito das Aguas Paulista, o setor turístico de Lindóia teve grande prejuízo com a falta de atrativos para os seus visitantes, a represa do Cavalinho Branco responsável pelo abastecimento de 70% da população e por atrair turistas nos finais de semanas em busca de suas aguas, o parque natural e pista de caminhada secou a ponto do seu nível apresentar apenas 5% do seu volume total. No Balneário municipal uma fila de moradores e turistas se formava diariamente na principal bica de agua na cidade, os hotéis tiveram que se adaptar com a estiagem para receberem os turistas.

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