Turismo Étnico
Por: MVBB • 14/10/2015 • Resenha • 427 Palavras (2 Páginas) • 398 Visualizações
1. Resumo: Turismo de Base Comunitária (TBC), Vila de Trindade, Paraty, RJ.
2. Palavras-Chave: Caiçaras, atrativos naturais, turismo, preservação.
A Vila de Trindade tem sua origem como uma vila de pescadores caiçaras, nativos da região. Caiçara é o povo descendente do encontro de portugueses e índios e que, desde sua origem, optaram por viver fora dos centros urbanos, juntos ao mar, tirando dele os recursos necessários à sobrevivência. Vivem da pesca artesanal, da agricultura, da caça, do extrativismo vegetal, do artesanato e, mais recentemente, do ecoturismo.
Trindade está situada a 25 quilômetros ao sul de Paraty, Costa Verde, Sul do Estado do Rio de Janeiro, divisa com Ubatuba – São Paulo.
A vila possui como principal atrativo turístico a natureza preservada, dentre os atrativos naturais: seis das mais belas praias de Paraty (Brava, Cepilho, Rancho, Meio, Trindade e Figueiras), uma piscina natural de água salgada (o Cachadaço), cachoeiras do Pontal e da Brava do Cepilho e a Pedra do Engole, natureza preservada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
De 1990 aos dias atuais, o turismo se estabeleceu na Vila de Trindade: as casas dos pescadores viraram pousadas, campings e restaurantes; abriram mercearias e lojinhas e, asfaltamento da estrada que corta o morro do Deus Me Livre. No comércio local, constituído de artesanato e comidas típicas, dentre os empreendedores, encontram-se os caiçaras da vila. Nas construções existentes, observam-se técnicas utilizadas pela cultura caiçara, como nos ranchos de pesca transformados em bares e restaurantes à beira-mar.
Em 2013, por ser tratar de uma área de visitação de uso intensivo do Parque Nacional da Serra da Bocaina, com regras e normas para uma relação com o meio ambiente de forma produtiva, as praias do Meio e do Cachadaço em Trindade, localizadas neste parque, receberam ações contra o turismo predatório, ações de ordenamento e operações para evitar o descumprimento das regras de estacionamento, camping e comércio.
Cultura e ecologia juntos: uma questão de preservação e planejamento turístico. Atualmente, a vila é preservada do vandalismo e da invasão de especuladores imobiliários pela Associação dos Moradores Nativos e Originários (Caiçaras) da Trindade. A Vila de Trindade representa a possibilidade de desenvolvimento turístico que contemple a inclusão dos nativos. Uma oportunidade para o turista conviver com a cultura caiçara: ouvir as histórias do conflito com uma multinacional de investimento imobiliário, dos piratas que teriam sido atraídos pelo ouro que, de Paraty era transportado para Portugal, além de experimentar a comida caiçara ou acompanhar o cerco dos pescadores. Como incremento ao turismo local, todo ano no mês de agosto é celebrado o Festival do Camarão.
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