Turismo de entrada
Seminário: Turismo de entrada. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 3/10/2014 • Seminário • 1.182 Palavras (5 Páginas) • 548 Visualizações
A variação da taxa de câmbio é crucial para o turismo de um país. Turismo emissivo é aquele onde o turista residente do próprio país se dirige a outros países. É a saída de residentes para o exterior. Em relação ao turismo emissivo, dois pontos podem ser destacados: a desvalorização da moeda nacional desestimula as viagens ao exterior. Já a valorização da moeda nacional estimula as viagens ao exterior. Quando o valor do real cresce em relação ao dólar, ocorre um aumento na demanda por viagens ao exterior, ou seja, se tem mais brasileiros indo para fora do Brasil. Com isso se tem um aumento do fluxo do turismo emissivo e, uma elevação das despesas externas com turismo. A valorização do real, por outro lado desestimula o turismo interno e tende a reduzir o número de turistas domésticos.
Turismo receptivo é aquele que os turistas não residentes procedem de um determinado país. Refere-se à entrada de turistas estrangeiros. Quando o valor do real cai em relação ao dólar, viajar para o Brasil torna-se mais barato, ou seja, têm-se mais estrangeiros viajando para o Brasil, estimulando a promoção do turismo brasileiro. Assim, sempre que o real se desvaloriza em relação ao dólar, está atraindo mais turistas estrangeiros. Para a demanda turística como um todo, a desvalorização do real é positiva. Além disso, como o turismo emissivo se torna caro, há mais incentivo ao aumento do turismo doméstico. Quando o valor do real aumenta em relação ao dólar, viajar para o Brasil se torna mais caro, ou seja, ocorre um desestímulo à vinda de turistas estrangeiros. O turista estrangeiro vai substituir a viagem cara por um produto mais barato, mais compatível com seu orçamento.
Dessa maneira pode-se concluir que a moeda valorizada é boa para o turismo emissivo e moeda desvalorizada é boa para o turismo receptivo, aumentando os ganhos de câmbio vindos do exterior. Com a moeda desvalorizada estimula-se também o turismo doméstico, observa-se que economicamente ele á melhor para o setor turístico, que passa a crescer tanto pela criação de receitas internas quanto pela absorção de divisas aumentando o PIB brasileiro. Assim as variações cambiais interferem diretamente no desempenho do turismo. As oscilações cambiais são então determinantes no fluxo de turistas, interferindo no fluxo emissivo e receptivo de um país e no turismo doméstico.
Mesmo com fundamentos econômicos sólidos, o Brasil não estava imune à crise. As linhas de crédito para importação e exportação brasileiras, em bancos europeus, diminuíram e estavam mais caras. Nossos exportadores já buscavam financiamentos nos bancos americanos e asiáticos, que tinham muita liquidez, mas passaram a exigir mais garantias, porque sabiam que as vendas das empresas para o exterior iriam recuar com a desaceleração da economia dos países desenvolvidos.
Os sinais da crise do euro apareceram na China e podiam trazer consequência para o Brasil, porque o país asiático era um grande importador das nossas matérias primas. O dado preliminar sobre a atividade manufatureira, na China, recuou, indicando que o crescimento, na segunda maior economia do mundo, continuava a desacelerar, devido ao enfraquecimento da demanda mundial pelos produtos chineses.
O Brasil, além da China, Rússia, Índia e África do Sul, que formam o grupo dos países emergentes chamados Brics, se reuniram em Washington, para negociar uma ajuda conjunta à Europa, como a compra de títulos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. Mas ficou claro que os cinco emergentes possuíam interesses muito diferentes. A China preferia transferir recursos para a região, através do FMI, e aumentar seu poder dentro do Fundo. A Rússia estava com sua capacidade de apoio debilitada, porque já estava afetada pelas turbulências europeias. E o Brasil contribuiu com a busca de soluções, mas sem participar das operações de socorro financeiro.
A falta de acordo para socorrer a Europa, deixa dúvidas sobre a capacidade do grupo Brics para influenciar as decisões econômicas e financeiras mundiais. O grupo falhou em estabelecer uma estratégia comum e a reunião ficou abaixo das expectativas das próprias autoridades dos cinco emergentes. Toda essa agitação envolvendo o mercado econômico mundial, acaba por afetar os diversos setores da economia, incluindo a atividade turística, que depende dos balanços econômicos para estabilizar-se. Podendo afetar direta ou indiretamente este setor, que dentre outros, pode-se dizer que é o que mais depende de uma economia balanceada. O turismo é uma atividade que sempre estará em alta, pois os motivos para a elevação do mesmo são inúmeros, afinal, o número de turistas pode até diminuir, mas nunca desaparecer por completo.
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 fatalmente irão beneficiar o turismo como um todo. A capacitação será exigida e o nível de atendimento e realização de eventos deverá ter uma grande evolução. Neste contexto, o campo de eventos e gastronomia surge como campos promissores. São dois segmentos que vêm despontando, juntamente com o planejamento em marketing, por conta da estrutura que deverá ser montada pela grande demanda que existirá em diversas cidades do país.
Em época de fim de ano somos levados ao exercício de reflexões. E uma delas, inexorável, é a certeza de que, para nossa alegria ou tristeza, o futuro sempre chega. Como ele nos encontra, depende só de nós e de acharmos as respostas certas para as perguntas oportunas. A única certeza que temos é que a maneira como o Brasil estará, em relação a visitas de turistas estrangeiros e o esperado salto de qualidade, vai depender do que fazemos agora.
Depois dos grandes eventos, quando o mercado se acalmar e a demanda se equilibrar, será o momento de procurarmos observar se teremos resolvido as questões fundamentais que geram o fluxo turístico crescente. Por ordem, gostaremos de saber como estarão funcionando os nossos aeroportos. E esperamos que eles sejam "simples”, mas “limpinhos". Quando o mercado estiver estável é que teremos noção se ainda estaremos no século XX ou teremos dado um salto de qualidade, oferecendo eficiência operacional, conforto, comodidade e segurança para nossos turistas.
Quando passar a euforia dos grandes eventos é que veremos se encontramos finalmente a linguagem publicitária adequada para um país de nossa dimensão e diversidade ou continuaremos confundindo o nosso público alvo com imagens de turistas perdidos em praias desertas de um balneário qualquer do Pacifico ou do Caribe. Os empresários do turismo esperam que seja resolvida a questão da qualificação, termo já tão desgastado, mas de fundamental importância. Aproveitar a natureza hospitaleira de nossa gente e presenteá-la com um futuro melhor, assegurando a capacidade de desempenhar funções básicas como o domínio de idiomas.
E neste aspecto do mercado, certamente teremos dado o grande passo para consolidar nossa competitividade por congressos e eventos. Gostaremos de ver que neste futuro próximo, possamos atrair mais turistas norte-americanos, sem as exigências burocráticas para a emissão do visto de entrada.
Enfim, são muitas perguntas que a chegada inexorável do futuro nos impõe, mas também saberemos encontrar as respostas certas, no momento certo. O bom será, quando o futuro de hoje for o momento em que estaremos vivendo, conseguirmos diminuir o número dessas aflições. Para isto, no entanto, não basta só nossa vontade, mas principalmente, muito trabalho, tanto do poder público quanto da iniciativa privada.
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