Um Olhar sobre a Demografia no Algarve
Por: Sandy13 • 13/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.495 Palavras (6 Páginas) • 467 Visualizações
Universidade do Algarve
Escola superior de Educação e Comunicação
Educação Social – Pós Laboral
Unidade Curricular: Demografia e Ordenamento do Território
1º Ano – 2º. Semestre
“Um olhar sobre a Demografia no Algarve, na década de 2001-2011”
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Trabalho realizado por:
Sandrina Rodrigues
Nº 42139
Introdução:
Neste trabalho pretendo dar a conhecer, através da análise de alguns dados do Instituto Nacional de Estatística, um pouco sobre a Demografia na região do Algarve. Para começar, em que consiste a Demografia? É uma área da ciência geográfica que estuda a dinâmica populacional humana. O seu objeto de estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas. Ao longo do trabalho, é possível observar-se os resultados e conclusões que obtive, relativas à análise de dados recolhidos.
Enquadramento Geográfico do Algarve:
Situa-se no extremo ocidental da Europa e a sul de Portugal continental. Tem cerca de 4996,8 km2 de área e uma população residente de cerca de 450 484 indivíduos, segundo os Censos 2011, distribuídos por dezasseis concelhos: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo, Vila Real de Santo António, sendo Faro a capital administrativa do Algarve. Tem 67 freguesias distribuídas por estes dezasseis concelhos. Subdivide-se em três faixas principais: o litoral (zona mais povoada), o barrocal e a serra (zona menos povoada). A posição geográfica do Algarve confere-lhe particularidades a nível bioclimático especiais. Apesar de se situar à beira do oceano Atlântico, dispõe de um clima temperado de características mediterrânicas, com mais de 3000 horas de sol por ano e uma fraca precipitação média anual.
Dados Demográficos sobre o Algarve, na década de 2001-2011:
A partir dos Censos de 2011, foi possível observar que a população residente em Portugal era de 10 555 853 habitantes. A população portuguesa caracteriza-se por uma densidade populacional de 114 habitantes por km2, constituindo 407 9577 famílias. Em relação ao Algarve, verificou-se que a população residente, em 2011, era de 450 484 habitantes, estando presentes na altura dos Censos 2011, mais 24 736 pessoas que não faziam parte da população residente. Sobre a densidade populacional no Algarve, apresentava uma densidade de 90 habitantes por km2. Em relação às famílias, os alojamentos e os edifícios no Algarve, o número de famílias era de 180 000; sobre o alojamento, apresentava o número de 381 026 de alojamentos nesta região, já os edifícios, 200 481 foi o número encontrado. A evolução do crescimento da população residente entre 1991 e 2011, o Algarve aumentou a sua população nas duas primeiras décadas, 53 814 pessoas na primeira década e 55 266 na segunda década. A taxa de crescimento efetivo entre 2001 e 2011, apresentou um aumento da população em 14%, em relação às restantes regiões portuguesas; o Algarve foi a região que apresentou o maior aumento. Nesta região, ainda segundo os Censos 2011, verificou-se também quais foram os municípios com maior crescimento efetivo da população residente (entre 2001 e 2011), sendo os mesmos:
- Loulé, mais 11 080 residentes;
- Portimão, mais 11 000 residentes;
- Albufeira, mais 9114 residentes;
- Faro, mais 5916 residentes;
- Lagos, mais 5357 residentes;
- Olhão, mais 4575 residentes;
- Silves, mais 3257 residentes;
- Lagoa, mais 2379 residentes.
Os municípios que perderam mais população residente, entre 2001 e 2011, foram Alcoutim (menos 23,21%) e Monchique (menos 13,44%).
Através das taxas de crescimento natural (diferença entre o número de nascimentos e o número de óbitos, numa dada população e num determinado período de tempo), observou-se que Portugal aumentou a sua população, entre 2001 e 2011, em 199 736 indivíduos, sendo 17 527 dos mesmos provenientes de um saldo natural positivo, e 182 209 resultantes do crescimento migratório, fazendo parte do Algarve, 584 destes indivíduos (que apresentou também um saldo natural positivo, respetivamente). No movimento migratório, foi possível verificar que o Algarve obteve os números mais elevados, em relação às restantes regiões de Portugal: 1,4% da responsabilidade quase total do crescimento migratório. A evolução demográfica, entre 2001 e 2011, no Algarve, registou apenas 584 indivíduos através do saldo natural e acresceu 54 682 residentes devido ao movimento migratório, dando origem a um crescimento efetivo de 55 266 residentes.
Respetivamente às continuidades e descontinuidades demográficas, com base no crescimento efetivo, natural e migratório (entre 2001 e 2011), a nível de municípios do Algarve, constatou-se que catorze dos dezasseis municípios apresentaram um crescimento efetivo positivo:
- Albufeira, mais 9114 indivíduos;
- Aljezur, mais 596 indivíduos;
- Castro Marim, mais 126 indivíduos;
- Faro, mais 5916 indivíduos;
- Lagoa, mais 2379 indivíduos;
- Lagos, mais 5357 indivíduos;
- Loulé, mais 11 080 indivíduos;
- Olhão, mais 4575 indivíduos;
- Portimão, mais 11 000 indivíduos;
- São Brás de Alportel, mais 661 indivíduos;
- Silves, mais 3257 indivíduos;
- Tavira, mais 1574 indivíduos;
- Vila Real de Santo António, mais 1517 indivíduos.
Sobre a variação da densidade populacional por município algarvio, constatou-se que o município com mais elevada densidade é Olhão (317, 9 habitantes km2) e o município com menor densidade é Alcoutim (5 habitantes km2).
As regiões urbanas e rurais encontram-se cada vez mais ligadas entre si, ou seja, isto é resultante do processo de urbanização que fez surgir uma massiva reestruturação económica rural e urbana, e o realinhamento geográfico das delimitações entre o rural e o urbano. Até meados do século passado, o rural podia ser considerado o oposto do urbano, mas devido ao crescente processo de urbanização, as estruturas económicas-sociais das regiões rurais e urbanas foram tornando-se iguais. No caso do Algarve, sobre o crescimento da população residente nas zonas urbanas e rurais (entre 2001 e 2011), houve uma capacidade de atração muito maior, em particular nas freguesias predominantemente urbanas, registando um saldo de mais 49 471 residentes; nas freguesias mediamente urbanas, um saldo de mais 5812 residentes, sendo a diferença entre a população perdida e a população ganha, pelas freguesias rurais foi quase nula (igual a menos 17 habitantes).
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