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A Arte De Convencer Pela Palavra

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Por:   •  3/11/2013  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  555 Visualizações

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O poder de convencer pela palavra

Um assunto que muito intriga e tem sido alvo de muitas discussões é a questão da integridade de nossos políticos no que diz respeito à fidelidade a verdade. Sobretudo, em épocas de campanhas eleitorais muitas são as situações em que nos deparamos ouvindo discursos políticos na tentativa de fazer nossa opção de voto através deles.

Em seu artigo “A Arte de Palavrear”, Isabella Meneses (2013), diz que para Joly “mesmo que o senso comum ligue retórica à enganação, se as pessoas souberem avaliar os discursos políticos tendo em vista sua construção retórica, elas terão meio suficiente para analisar melhor um determinado político.” Assim sendo, parece-nos ser acessível fazer a interpretação dos discursos políticos. Entretanto, temos a partir daí um questionamento pertinente: Os discursos revelam as verdadeiras intensões dos políticos? Antes de oferecer uma resposta aparentemente lógica diante dos pressupostos é prudente olharmos para quais pessoas este discurso é dirigido.

Ainda seundo Meneses, que os políticos gostam de falar e se utilizar da fala como veículo para a exposição de suas ideias é notório, todavia o que poucos têm noção é que as palavras ditas nos discursos não são escolhidas ao acaso, mas certamente foram selecionadas com cuidado e com vistas ao seu público alvo. A esta técnica dá-se o nome de retórica.

Joly sustenta sua argumentação, propondo que ao aplicarmos ao discurso político uma análise que identifique a construção retórica dos elementos que o compõem, podemos elucidar quem realmente são os políticos com perfil mais consistente e justifica mais uma vez seu pensamento ao fazer a seguinte colocação: “a reanimação de um verbo político inanimado é o início de um início. Porque a dignidade da política começa na dignidade da palavra que a diz".

É certo que o discurso político tem sido usado para argumentar, emocionar e dar credibilidade e confiança a quem dele se utiliza e quanto a isso não nos resta dúvida. Que os “marqueteiros políticos” têm se utilizado das técnicas da retórica para sua estruturação também já percebemos, mas até o momento não respondemos a pergunta: “Os discursos revelam as verdadeiras intenções dos políticos?”.

Na verdade, assim como há complexidade para elaborar um discurso político e aplicando-lhe as técnicas da retórica, podemos afirmar sem sombra de dúvidas que para alguém fazer uma análise deste mesmo discurso sem correr o risco de ser “atingido” por ele precisaria ter a compreensão daquela mesma técnica para decifrar o que de fato está por trás dele.

O ex-presidente Lula, considerado por muitos como alguém que tem a capacidade de bem trabalhar seus discursos, conseguiu colocar em prática o que explica Aristóteles em sua teorização ou seja, que a maneira efetiva de ser bem sucedido na persuasão o eleitor é conhecer as formas de governo, seus costumes, instituições e interesses. Lula chegou a angariar um índice de aprovação popular da ordem de 70%. Interessante é que ele foi convincente justamente para com as camadas mais pobres: Norte e Nordeste do Brasil. Por quê? Justamente pela razão que desejamos defender: estas pessoas são mais facilmente atingidas pela persuasão do discurso, pois não conseguem identificar no nele aspectos que

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