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A Crise de 1929

Por:   •  21/6/2016  •  Abstract  •  1.373 Palavras (6 Páginas)  •  502 Visualizações

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Sumário

Sumário 1

Introdução 2

Interação entre os problemas econômicos e a fragilidade política dos anos 20 3

Os Estados Unidos da América 4

O “American Way of Life” 4

A crise e a quebra da Bolsa de New York 5

A crise e suas consequências no mundo 6

O combate à crise e a política do New Deal 7

Introdução

A crise de 1929 e a quebra da bolsa de New York, no final do mês de outubro do mesmo ano, f oram um marco na história mundial, que teve como consequências uma mudança do sistema econômico, além de fator crucial para a deflagração da II Guerra Mundial.

Não podemos avaliar a crise apenas por aspectos economicistas. A economia não é uma força estática e aspectos fundamentais das relações políticas e a grande fragilidade do sistema internacional, foram cruciais para a crise americana que afetou, numa reação em cadeia, todo o globo.

A economia americana tornou-se hegemônica a partir da desestabilidade do continente europeu do pós-guerra, que, no final do século XIX, tinha a Inglaterra como epicentro comercial. Com a entrada dos EUA no conflito mundial, sob artificio de proteger seus investimentos, garantindo a vitória da Tríplice Entente, converteram essa polaridade.

No intuito de lançar um olhar reflexivo sobre esse evento e suas consequências, devemos enumerar alguns outros fatos e padrões da época, que vai (vão?) da década de 70 do século XIX até o final das primeiras três décadas do século XX, estabelecendo um comparativo econômico e avaliando, como dito acima, as relações internacionais do período entre guerras.

Interação entre os problemas econômicos e a fragilidade política dos anos 20

Para se entender um pouco sobre as relações no sistema financeiro, é necessário mencionar o padrão monetário e financeiro internacional que teve seu ápice no pré-guerra, o Padrão Ouro. O padrão ouro definia, em sua base clássica, os padrões para cambio e a força da moeda nacional.

No Padrão Ouro, o câmbio era fixo numa conversão aproximada onde, se para cada libra impressa, havia em reserva aproximadamente 110g de ouro, já um dólar havia cerca de 25g. Numa correlação, cada libra valia cerca de quatro dólares. Havia liberdade de conversão, qualquer pessoa, de qualquer país, poderia trocar ouro por moeda nacional e vice-versa, além do livre transporte e venda direta de ouro. Um dos grandes problemas desse sistema no pós I guerra mundial, quando alguns países começaram a lastrear suas moedas em outras moedas lastreadas em ouro, era o perigo de ataques especulativos.

Devemos lembrar que o lastro é na verdade fracionado. Esses ataques especulativos, em grande proporção, quebram a confiança do sistema, que, de maneira geral, não poderiam ser contidos na época de forma rápida, pois as instabilidades políticas do entre guerras fez com que não houvesse diálogo eficaz entre os bancos centrais das nações (principalmente quando a crise de 1929 eclode), principalmente as nações europeias. Com a quebra do sistema e a perda de convertibilidade, o câmbio, antes fixo, começa a ter flexibilidade, afetando diretamente as importações e exportações, taxas de juros, etc. Além disso, tentativas frustradas de integração econômica na Europa (Sugerida pela França, mas rechaçada pela Inglaterra para preservação do pacto com seus domínios e pelos EUA).

Como mostrado na figura anterior, os EUA exportavam em grande quantidade para a Europa, além de serviços. Até o final dos anos 20, a nação americana acumularia mais de 50% do ouro do planeta. Já a Europa, não conseguia manter sua balança comercial, dependendo de capital americano (Empréstimos e investimentos diretos de empresas norte-americanas) para efetuar a correção do déficit nessa balança. Esse quadro de insustentabilidade é um dos pontos chaves da crise de 1929.

Essa conjuntura próspera dos EUA começou a dar os primeiros sinais de fragilidade à medida que a economia europeia iniciou um processo de recuperação em meados dos anos 20. Políticas protecionistas sobretaxaram de produtos americanos diminuindo as importações. Concomitantemente, o mercado interno norte-americano mostrava-se cada vez mais saturado, o que contribuiu para a desaceleração da produção industrial.

Os Estados Unidos da América

O “American Way of Life”

Internamente, nos EUA o mercado consumidor apresentava-se cada vez mais pulsante. O estilo de vida fundamentava o consumismo vinculando o bem-estar ao seu poder aquisitivo, promovendo assim, o desenvolvimento das indústrias estadunidenses. Essa expressão máxima do ethos nacionalista. Esse rápido desenvolvimento, atrelado ao comportamento, criou um modelo que inspirou os americanos e o restante do mundo capitalista: a ideia do “self made man.” Uma das ferramentas de estimulo ao consumo, foi facilitar o crédito. Nessa onda, o governo americano ampliou a venda dos títulos de credito, com as chamadas Liberty Loan Campaigns. Nessa nova onda de investimentos, com grandes possibilidades de lucros, a população em massa começou a se interessar essa modalidade. Visando aproveitar-se dessa onda, grandes empresas começaram a vender ações, tentando captar mais recursos para seus investimentos. Com a grande oferta de crédito, as pessoas começaram a investir no mercado de ações com dinheiro de empréstimos. Crucial à economia estadunidense, a Bolsa de Valores de New York comportava

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