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A ESPERANÇA DE UMA NOITE SEM LUAR

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Por:   •  9/11/2014  •  Tese  •  9.993 Palavras (40 Páginas)  •  257 Visualizações

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Prefácio

Tudo nessa vida de algum modo vai fazer sentido no futuro, mesmo inexplicável agora, de um jeito ou outro vai tomando forma até ter sentido.

Só que Júlia não tinha noção disso, na verdade ela nem sabia o que era viver de verdade até que um fato maluco e até bem conveniente mudou sua vida monótona bruscamente. Julia mal conhecia o mundo, nunca tinha saído de sua cidade no interior de Minas Gerais, com seus 15 anos o máximo que havia visitado era a praia. Só que essa moça vivia em uma época diferente onde as coisas tinham mais valor, o sentimento era algo mais bonito e bem tratado pelas pessoas, a simplicidade dominava o mundo ainda.

Até que um dia o terror caiu sobre as cabeças de todos e a guerra mundial foi anunciada, na verdade o segundo já, mais Júlia não fora nascida na época para lembrar esse outro terror, mesmo todos sabendo que o Brasil não se envolveria tanto com a guerra por ser uns país fraco ou até mesmo indisposto a fazer parte de tudo aquilo, afetou a vida dos cidadões, mais a história que estás prestes a ler não tem nada haver com guerra ou com uma adolescente mais sim com as voltas que a vida dá.

Capítulo 1

Eu não sabia o que fazer se chorava se ria se corria me matava, ou fazia uma festa. Decidi por fim esperar meus pais chegarem e lhes contar as novidades, eles não ficariam nada feliz, mais estava radiante e com medo de contar. Até que eu vi eles entrando em casa.

- Lucas e Júlia, onde estão vocês? - disse minha mãe Dona Lúcia mulher do prefeito da cidade mais conhecido como meu pai José.

Eu logo saio correndo atrás deles, para contar as novidades, quando cheguei na sala eles estavam com uma cara de arrasados, mal tive a oportunidade de contar a novidade, quando eles falaram que a segunda grande guerra havia começado, todos nós sabíamos das tensão pré- guerra, mais ninguém espera pelo estopim, olhei para cara da minha mãe e logo ela disse:

- Menina, cadê seu irmão, está tendo uma guerra lá fora e preciso dele aqui em casa, agora!

Minha mãe sempre bem sensível com tudo como sempre. Meu pai como homem da família levantou, me deu um beijo no rosto e foi se deitar, como se percebe se todo mundo muito maduro aqui nessa casa.

Quando meu irmão chegou agarrado com a namorada, brincando e rindo. Pois os dois tinham acabado de saber que a menina estava grávida, ao invés de ficarem preocupados com o que aconteceriam a seguir, como nossos pais iriam ficar, inclusive nossa mãe, eles estavam se divertindo, até que a namorada dele chamada Clara falou:

- Acho que estou com enjôo, deve ser a gravidez, Lucas onde é o banheiro?

Minha mãe estava entrando na sala no mesmo instante que Clara falou isso, e desmaiou na hora, eu mandei a menina para o banheiro de vez e eu e Lucas tentamos reacordar nossa mãe, como se fosse possível ela desmaio mais algumas vezes até começar chorar igual uma doida, como seu pequeno bebe de 18 anos, podia ter engravido uma moça? Simples mãe sexo, foi o que eu pensei, mais não falei claro.

Então meu irmão chorou, a Clara chorou e eu fiquei observando aquela cena até que todos nós nos abraçamos e meu pai quase matou meu irmão, aquela época era diferente sexo antes do casamento era um crime e teria que casar na certa, então minha mãe já estava organizando casamento deles, enxoval e tudo o que tinha direito.

Meu irmão teria que ir conversar com o pai da menina no dia seguinte e começar a trabalhar, bem ele que agora conheceria o mundo, estudaria fora, o que o amor não faz com as pessoas.

E eu que tenho haver nessa história bom o ensino do meu irmão estava pago, faria intercambio na Austrália, e ali eu vi minha oportunidade, pode parecer maldade, confesso mais na época eu só queria fugir dali, daquelas pessoas, e conhecer lugares novos, desde pequena fui aventureira até dizer chega, e queria essa oportunidade mais do que tudo.

Dias depois vi que os humores haviam acabado lá em casa, decidi falar a idéia para meus pais, que no começo minha mãe achou um absurdo, mais meu pai excelente, dizendo que era uma ótima época para me aventurar desde que não fosse sozinha e como a Austrália não estava na mira da guerra talvez até mais segura que o Brasil, mesmo ajudando os ingleses, a guerra não chegaria lá e ela estaria em uma das melhores escolas do mundo, a prendendo inglês e outras línguas e se tornaria uma dama e teria a educação que meu irmão não conseguira ter.

Capítulo 2

Então em dezembro de 1939, eu estava embarcando para minha primeira viagem de avião depois de várias recomendações de meus pais, para tomar cuidado, sem esperta e aproveitar a oportunidade, afinal não estaria sozinha era uma organização de intercambio bem conceituada, tinha os cuidados certos com seus alunos.

Depois de algumas boas horas de viagem cheguei ao meu destino, à Austrália era bem diferente do Brasil, mais ao mesmo tempo me sentia tão bem por conhecer um novo lugar, como era o intercambio era só para brasileiros não havia a necessidade de falar inglês, então logo fomos apresentados uns para os outros.

Estávamos na cidade de Sidney, onde eu ficaria hospedada por dois anos, seria meu novo lar. Logo fiz amizade com uma garota bem legal, vinda de São Paulo, capital, da qual o pai era um grande empresário, seu nome era Lana, um ano mais velha que eu terminaria seus ensinos lá mesmo. As outras pessoas pareciam bem simpáticas, então me senti muito bem, até o momento que o vi.

Um menino de aparência bonita até se assim posso dizer, um ou dois anos mais velho que eu e se denominava Bernardo, estava encarando todos, com a mesma cara de merda, como se quisesse estar em qualquer outro lugar menos ali. Onde mais ele queria estar, já o achei de estúpido de cara, alem que ele era ignorante com todos que tentavam falar com ele, mal eu sabia o que ele significaria no futuro e seria capaz de fazer por mim.

Mas seguindo a história, dividira meu quarto com mais duas meninas, uma era Lana, a outra era uma patricinha chata, chamada Victória, maldosa no olhar e tão perfeita de beleza que qualquer menino se apaixonaria só de ver. Eu não acreditei que teria que ficar no quarto de alguém tão fútil a

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