A Mobilidade Urbana em Discussão no Cotidiano Brasileiro

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA:

A Mobilidade Urbana em Discussão no Cotidiano Brasileiro

A mobilidade urbana é algo que exige um planejamento preciso, uma vez que o crescimento populacional necessita cada vez mais de um meio que seja capaz de ajudar o número de pessoas que precisam deslocar-se diariamente, de forma rápida, segura e saudável. Há muito tempo os meios de transporte não são mais suficientes para levar as pessoas ao trabalho, às escolas, aos seus compromissos e até mesmo às atividades de lazer, essa situação ressalta um contexto de descrédito financeiro com relação aos transportes públicos, que têm investimentos insuficientes, assim como as estruturas de locomoção a pé.

Além de não serem suficientes, muitas vezes os locais onde podem ser obtidos obrigam as pessoas a percorrerem grandes percursos a pé ou sair horas mais cedo de casa, tendo em vista a frequência com que passam. Acresce que muitas pessoas, para não passar por situações de ônibus ou metrôs lotados, preferem levar o próprio meio de transporte, sendo em sua grande maioria o carro, que passa por uma valorização exagerada desde os incentivos à expansão da política rodoviária, a qual ocorreu durante o governo de Juscelino Kubitscheck, cuja frota dobrou nos últimos anos, segundo o Observatório das Metrópoles

Consequentemente, é muito comum observar cidadãos se endividando para obter um transporte individual, tanto para munir a necessidade de deslocamento quanto para suprir-se do status decorrente de tal compra. Grande parte desse pensamento luxuoso que predomina na população ainda tem muito a ver com as ideias expressadas no governo de JK como resultado do excessivo crescimento do transporte individual. Entretanto, os efeitos são vistos até nos dias atuais, nos longos congestionamentos de horários de pico. Segundo o jornal O Globo, os paulistanos gastam em torno de 45 dias do ano presos no trânsito, favorecendo a diminuição da qualidade de vida provida pela má mobilidade urbana.

Aliado a isso, ainda há os prejuízos ambientais decorrentes da poluição dos veículos. O problema alcançou proporções tão grandes que o que aparentemente era uma grande solução deixou de ser no momento em que as pessoas conseguiram driblar o rodízio de carros. Isso foi uma proposta feita pela cidade de São Paulo que permite apenas determinados registros circularem conforme os duas da semana. Para evitar o rodízio, quem pôde, obteve um segundo carro.

Portanto, a fim de melhorar a locomoção urbana no Brasil, as Secretarias dos Transportes Metropolitanos de cada estado, as quais são responsáveis pelos transportes públicos subterrâneos, devem incentivar o uso do transporte público por meio da ampliação das linhas de metrô no território brasileiro e barateando o custo da passagem. As novas linhas deverão ser confortáveis e ter bom funcionamento, atraindo os cidadãos brasileiros e, naturalmente, fazendo com que a superlotação de automóveis decresça. Além disso, cabe a prefeitura de cada estado criar mais e novas ciclovias e corredores de ônibus e mantê-las em condição, também pode haver campanhas de sensibilização usando redes sociais, propondo o uso da bicicleta em dias cuja previsão indique tempo agradável e até motivar as pessoas a revezar caronas para o trabalho ou para a escola.