A Morte No Romantismo
Artigo: A Morte No Romantismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jessinha • 9/11/2013 • 2.274 Palavras (10 Páginas) • 1.632 Visualizações
A MORTE NO ROMANTISMO
A MORTE PRECOCE DOS PERSONAGENS NOS TEXTO LITERÁRIOS DE ALGUNS AUTORES DO ROMANTISMO
SILVA, Jessiane dos Santos1. PAULA JÚNIOR, Francisco Vicente de2.
RESUMO:
Este trabalho apresenta uma breve discussão acerca da morte, tema comum do Romantismo, tida como principal solução para os problemas e decepções amorosas, além de apresentar outras características desse movimento literário e também expor a influência da mulher neste período, já que as decepções ocorriam quase sempre por causa da idealização da mesma, que era vista como perfeita. Tendo como base duas obras do autor Antônio Cândido, este trabalho objetiva um aprofundamento literário, com análise específica nas características do Romantismo, dando ênfase especialmente à morte.
Palavras-chave: Romantismo. Morte. Antônio Cândido.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O Romantismo pode ser facilmente identificado por suas práticas artísticas, sua tendência estética, compreendido como um estado de espírito, uma escola literária, um fenômeno histórico, manifestou-se de forma bastante variada nas diferentes artes, e marcou, sobretudo, a literatura, deixando-a mais propícia às mais diferentes interpretações e incorporações artísticas, por meio das mais distintas obras de autores que marcaram o movimento. O idealismo romântico começou a valorizar o indivíduo naquilo que o distingue do outro, e essa diferença é sua situação social, sua sensibilidade específica dentro de um
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1Jessiane dos Santos Silva é estudante de graduação do curso de Letras da Universidade Estadual Vale do Acaraú. E-mail: jessiane_santos3321@hotmail.com 2Francisco Vicente de Paula Júnior é Doutor em Literatura e Cultura pela UFPB e professor adjunto da UVA.
contexto nacional, diante de outros elementos particularizantes, enfatizando o peculiar, aquilo que diferencia uma pessoa da outra, uma nação da outra, fortalecendo-se a noção de individualidade. Para os românticos, o que predominava era justamente a expansão sentimental, a dissonância, o subjetivismo como força da auto-expressão e a originalidade. Além desses aspectos, inclui-se, de maneira geral, o predomínio dos elementos noturnos, a inclinação para o doentio, a morbidez, o patológico, o selvagem, a idealização, a depressão e o pessimismo. Entre as principais características de uma das gerações românticas no Brasil estão o subjetivismo, a religiosidade, a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo. E é tendo como base estas características que este trabalho foi desenvolvido, feito basicamente com o propósito de contribuir nos estudos sobre este movimento literário, buscando focar nos seus principais aspectos e na contribuição que muitos autores deram para o desenvolvimento da literatura, pois à medida que a escola foi sendo explorada, foi surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade, cada um assumindo um espaço significativo dentro do contexto morte no romantismo.
1.
Levando em consideração a condição humana, a morte é a única certeza que todo indivíduo carrega consigo, no entanto, não se sabe ao certo como ela virá a acontecer, mas pode-se, porém, dar a ela duas maneiras de ser concebida. A primeira é partindo pela visão de que a morte é vista como o fim, como uma consequência da vida passageira, sendo esta compreendida de forma material e concreta. A segunda visão em relação à morte a caracteriza não como fim, mas como mudança, ou a transformação do indivíduo. O ser humano vive em uma espera constante pelos bens imateriais, aqueles “acumulados no céu”, sendo assim, a morte viria a ser também uma maneira de chegar a estes bens, classificada então não apenas como algo negativo, mas algo justo, pois a morte seria uma espécie de acerto de contas assumidas em vida, o momento da prestação, no qual são analisados os atos, suas consequências, e em resposta à vida, a recompensa imaterial que cabe a cada indivíduo. Sendo a morte uma condição da humanidade, na qual todos possuem a consciência de que inevitavelmente um dia irá morrer, foi realizado durante diferentes períodos e em vários movimentos literários vários estudos tendo como base esta temática, e desenvolvida uma quantidade significativa de obras que contribuíram para o melhor entendimento da época em que foram produzidas. Algumas destas obras não tiveram muita importância no momento, na época em que foram desenvolvidas, por conta de alguns aspectos ligados à estética das mesmas,
De fato, antes procurava-se mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. (CANDIDO, 2006, p. 12).
hoje, porém, cada uma possui um significado e uma importância singular para o desenvolvimento histórico-social de determinados períodos. Observando um em especial, o Romantismo, pode-se fazer a partir do seu estudo diversas análises sobre a morte, visto que os seguidores do romantismo compreendem que não basta a ideia de formação do homem ideal, desejado, idealizado pela sociedade. Neste contexto, as angústias geradas pela condição humana, pelo mistério do ser, e pelo medo da morte envolvem a parte imaginária desta época.
2. No Romantismo o homem depara-se com a mulher que o destrói o coração, este supervaloriza as emoções pessoais, a mulher é vista por ele com virtudes e pecados, e cultiva paixões incestuosas, macabras, demoníacas e mórbidas. Idealizam a mulher perfeita, pura e virgem, e logo surge a depressão por essa mesma idealização não se materializar. A mulher era uma musa, ela era amada e desejada, mas não era tocada, e se tocada, não se alcançava a felicidade esperada. Neste período
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