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AFETIVIDADE E INTELIGENCIA

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Por:   •  20/10/2013  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  717 Visualizações

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Afetividade e inteligência – Jean Piaget

Arquivado em: Piaget — Tags:Sem categoria — admin @ 4:37 pm

Tradução: A tradução do texto a seguir, realizada pela aluna Magda Medeiros Schu, é fruto de uma atividade voluntária proposta na disciplina Psicologia da Educação B e destina-se aos estudos desenvolvidos nessa disciplina.

Supervisão da tradução: Professor Paulo Francisco Slomp. Na educação infantil, as relações de afetividade entre o professor e aluno sãosignificativas, pois a escola representa o primeiro núcleo social, depois da família,que a criança freqüenta. Quando a criança ingressa na escola, ela busca o acolhimento, a paciência em respeito ao seu processo de desenvolvimento e Também o amor.Quando isso não acorre, pode gerar, em alguns casos, o desinteresse da criança em ir para a escola, conforme observamos no relato do diário de campo(16/09/09) da menina ‘A’. O primeiro professor de uma criança tem grande importância nas suas próximas relações escolares. A família está presente no cotidiano da educação infantil, a criança não representa um ser isolado de sua família e, geralmente, ela demonstra na escola conflitos existentes no interior de seu lar. Chorar para não ir para casa, como notamos no relato do diário de campo (16/09/09), sobre o menino ‘Y’, pode significar que algo não anda bem na família e que a escola pode representar um espaço de segurança e equilíbrio para a criança. Para cada criança, o espaço escolar tem diferentes significados e isso é resultado das relações de afetividade que ela desenvolveu com seu professor. Percebendo as relações criança-família-escola, foi fundamental entender, através do questionário, o conceito de afeto.

A partir dos questionários, foi possível observar que as mães e pais entendem

por afeto os sentimentos positivos de amor, carinho, atenção, compreensão, querer o bem de uma pessoa. Outros sentimentos como frustração, fracasso, agressividade, também são relevantes para o desenvolvimento da criança, algumas famílias citam esses sentimentos como negativos e sem relação com o afeto. As educadoras também se referem ao significado de afeto como sentimentos positivos e ações de afeto como: beijo, carinho, prestar atenção ao desenvolvimento do aluno. A noção da importância da construção dos limites na educação dos filhos também apareceu como significado de afeto, tanto para as famílias quanto para as educadoras.Dos nove questionários respondidos pelos familiares, cinco apontaram para o significado de afeto como apenas sentimentos positivos e quatro incluíram aconstrução do limite como fator importante na afetividade.

Foram respondidos três questionários pelas educadoras e todasapresentaram relação de afeto com a construção do limite.

Assim, podemos perceber que os sentimentos de amor e carinho estão

presentes também na forma de educar, tanto para pais e educadoras. A afetividade se mostra essencial para o desenvolvimento infantil desde o nascimento, nas interações mãe (ou pessoas responsável) e bebê, no desenvolvimento cognitivo e nas futuras relações do indivíduo.

Fonte: PIAGET, Jean. The relation of affetivity to intelligence in the mental development of the child. [transl. by Pitsa Hartocollis]. In Bulletin of the Menninger Clinic. – 1962, vol. 26, no 3. Three lectures presented as a series to the Menninger school of psychiatry March, 6, 13 and 22, 1961. Publicação original em língua inglesa, 1962.

A RELAÇÃO DA AFETIVIDADE COM A INTELIGÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO MENTAL DA CRIANÇA

Autor: Jean Piaget

É incontestável que o afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade, nem motivação; e conseqüentemente, perguntas ou problemas nunca seriam colocados e não haveria inteligência. A afetividade é uma condição necessária na constituição da inteligência mas, na minha opinião, não é suficiente.

Podemos considerar de duas maneiras diferentes as relações entre afetividade e inteligência. A verdadeira essência da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais. Na relação entre inteligência e afeto, podemos postular que o afeto faz ou pode causar a formação de estruturas cognitivas. Muitos autores tem apresentado tal tese, por exemplo, Charles Odier em seu estudo das relações entre psicanálise e meus estudos em psicologia infantil. Odier sustentou que o esquema do objeto permanente – as descobertas que o bebe faz sobre a permanência do objeto quando ele desaparece do seu campo visual – é causado por sentimento, por relações objetais. Ou seja, isto é devido às relações afetivas da criança com o objeto ou pessoa envolvida. Em outras palavras, as relações afetivas da criança com o objeto-mãe, ou outras pessoas, são responsáveis pela formação da estrutura cognitiva.

O psicólogo francês Wallon acha que a emoção é a fonte do conhecimento. Um estudioso de Wallon, Malrieux, chega até a dizer

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