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Alfabetização de adultos

Tese: Alfabetização de adultos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/10/2013  •  Tese  •  2.128 Palavras (9 Páginas)  •  259 Visualizações

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Forma de obter acesso ao conhecimento acumulado pelo homem por meio da escrita, a alfabetização é um dos grandes problemas com que se defrontam os países menos desenvolvidos, em função do crescimento demográfico.

Alfabetização é a maneira de se transmitir o domínio sobre o conjunto de signos que compõem o código linguístico escrito (o alfabeto), a fim de que por meio desse código o indivíduo se comunique, seja pela emissão da mensagem (escrita) ou por sua recepção (leitura). Para ser alfabetizado não basta aprender a desenhar o nome, é preciso saber utilizar-se com desembaraço da leitura e da escrita no cotidiano.

Entre os diversos métodos empregados para a alfabetização, alguns remontam a milênios e outros são recentes e bastante inovadores. Os principais métodos são o sintético, que parte da letra e da sílaba para a palavra (soletração), e o analítico, que parte de frases inteiras e as decompõe nos elementos constitutivos, as palavras. Ambos são largamente utilizados e um não exclui o outro. Em geral, a alfabetização ocorre na infância, depois que a criança já conseguiu dominar determinadas funções, processos mentais e motores. Os jardins de infância e estabelecimentos semelhantes destinam-se a estimular esse desenvolvimento, através de atividades lúdicas, música e dança. Em seguida, esse processo é aperfeiçoado pelo ensino formal, ministrado em escolas e colégios.

Alfabetização de adultos

Por diversas razões, é muito grande o número de pessoas que não tiveram acesso ao ensino escolar na fase da infância. Em quase todo o mundo elas formam um enorme contingente de analfabetos, que se vêem privados da participação plena nas possibilidades culturais oferecidas pela sociedade em que vivem. Esse problema é mais premente nos países menos desenvolvidos, pois não têm condições de estabelecer uma rede de ensino que atenda a suas populações. O problema agrava-se devido ao crescimento demográfico contínuo e acelerado que se verifica nesses países. Os países desenvolvidos, além de terem estabelecido, há muito tempo, uma rede de ensino eficiente, têm índices de crescimento demográfico baixos, estáveis ou até negativos.

A preocupação com o combate do analfabetismo tem levado muitos países a empreenderem campanhas maciças de alfabetização. A princípio, os resultados mostram-se bastante animadores.

No entanto, quando cessa o empenho inicial e os alfabetizadores deixam a região, a população local retorna a um estado de analfabetismo prático. Para se obter resultado duradouro, é fundamental a criação de uma infra-estrutura eficaz, com a rápida formação de pessoal para a tarefa, o estabelecimento de condições para que se mantenha e desenvolva o aprendizado, a adequação de métodos e a motivação econômico-social do grupo-alvo.

Atuação da UNESCO: Nesse esforço, tem sobressaído a atuação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que vem prestando colaboração a muitos países menos desenvolvidos, em várias partes do mundo. A UNESCO patrocinou as campanhas do pedagogo brasileiro Paulo Freire, realizadas no Brasil (1961-1964) e no Chile (1964-1967), com base no método que leva seu nome, compreendendo a criação dos "centros populares de cultura", que promoviam a alfabetização a partir de palavras do universo semântico da população-alvo (no caso de lavradores, por exemplo, seriam termos ligados ao cultivo da terra, de uso diário entre eles) e permaneciam no local, estimulando o desenvolvimento da habilidade adquirida. A campanha empreendida em Cuba, a partir de 1961, reduziu o índice de analfabetismo ao nível dos países mais cultos do mundo, sendo considerada exemplar.

Caso à parte é o das línguas ágrafas, que, embora faladas pela população, não possuem expressão escrita. A UNESCO tem cooperado na elaboração de material didático em algumas línguas nativas, com intuito de pôr fim à situação anômala de alguns países em que os cidadãos que sabem ler e escrever, além de constituírem uma minoria, só conseguem fazê-lo em um idioma alheio, imposto à força pelos anos de dominação colonial ou devido à total inexistência de documentos escritos em sua própria língua.

Alfabetização e Letramento

AlfabetoO homem sempre sentiu necessidade de se comunicar com seus semelhantes e de registrar o que via e percebia do mundo ao seu redor.

Na Pré-História, houve tentativas humanas de transmitir mensagens por meio de desenhos, sinais e imagens, mas isso ainda estava longe da criação da escrita. Somente após a elaboração de um conjunto organizado de signos (símbolos) que surgiu propriamente a escrita, tornando mais fácil a expressão dos pensamentos. Esse processo foi longo e gradual, de tal maneira que a história da escrita se funde à história da própria humanidade.

As civilizações que habitavam a região onde hoje encontramos o Oriente Médio criaram, por volta de 4000 a.C., os primeiros alfabetos, que nada mais eram do que pictogramas (desenhos simplificados) que refletiam seus hábitos e culturas.

Na antiga civilização dos sumérios, surgiu a escrita cuneiforme. Outra grande civilização que fazia uso da escrita pictográfica era a dos egípcios. Vale ressaltar que cada civilização desenvolvia tipos diferentes de ideogramas figurativos, ou seja, embora todos utilizassem desenhos para a formação do alfabeto, cada povo possuía o seu conjunto de símbolos de acordo com a realidade de cada civilização.

A importância do surgimento da escrita para a história das civilizações é tão grande que é considerada como um marco fundamental do desenvolvimento.

Pressupostos Teóricos

A escrita funciona como um elemento organizador da atividade social, como instrumento de registro e documentação. Sua invenção resultou do desenvolvimento dos grupos humanos e, principalmente, da necessidade de fazer registros, de anotar coisas e de ampliar a capacidade de armazenar e de registrar informações importantes.

A apropriação da escrita é um processo complexo e multifacetado, que envolve tanto o domínio do sistema alfabético/ortográfico quanto à compreensão e o uso efetivo e autônomo da língua escrita em práticas sociais diversificadas. A partir da compreensão dessa complexidade é que se tem abordado alfabetização e letramento como processos diferentes e complementares.

Historicamente

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