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Amar Verbo Intransitivo- Teatro

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Por:   •  18/5/2014  •  4.162 Palavras (17 Páginas)  •  839 Visualizações

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Primeiro Ato

[ Uma pensão, com uma penca de livros sobre a escrivaninha,

um piano ,um retrato de Wagner, e o retrato de Bismarck. É noite]

CENA I

(Sousa Costa)

( Sousa Costa abre a porta e vai para o corredor colocando suas luvas) — Está frio.

(Elza ( Fraulien) )

(Fica na frente da porta) ( calma) — Estes fins de inverno são perigosos em São Paulo.

Fraulien — E, senhor... sua esposa? está avisada?

Sousa Costa — Não! A senhorita compreende... ela é mãe. Esta nossa educação

brasileira... Além do mais com três meninas em casa !...

Fraulien — Peço-lhe que avise sua esposa, senhor. Não posso compreender tantos

mistérios. Se é para bem do rapaz.

Sousa Costa – (insistindo) — Mas senhorita...

Fraulien ( Fala de um forma orgulhosa e serena )— Desculpe insistir. É preciso avisá-la. Não me agradaria ser tomada por

aventureira, sou séria. E tenho 35 anos, senhor. Certamente não irei se sua esposa não souber o que vou fazer lá. Tenho a profissão que uma fraqueza

me permitiu exercer, nada mais nada menos. É uma profissão.

(Sousa costa fica admirado e promete contar a sua mulher, e se despediu de Fraulien)

Cena II

[Um táxi para no portão da Vila Laura, o motorista coloca duas malas no chão. É terça-feira]

(Fraulien desce do táxi, e se ajeita)

( Sua malas foram carregadas pra dentro)

( Uma menina de 12 anos aparece na porta)

Menina (grita) — A governanta está aí! Mamãe! a governanta está aí!

(A mãe da menina aprece para receber Fraulien)

Mãe — Já sei, menina! Não grite assim!

(Fraulien discute com o motorista sobre a corrida)

Motorista —... e com tantas malas, a senhora...

Fraulien — É muito. Aqui estão cinco. Passe bem. Ah, a gorjeta...

Cena III

[Casa de família burguesa, espaçosa, com um jardim grande]

( Fraulien entra na casa, e conversa com a Sonha Sousa Costa apresenta lhe apresenta a casa)

(O criado japonês leva suas malas até seu quarto e vira chama-la pro almoço)

( Fraulien fica no quarto arrumando suas coisa e se arrumando)

(O criado veio avisar que o almoço já estava sendo servido)

Cena IV

[ Dois irmão, estão brigando no corredor e uma tentado separar os dois]

( Fraulien sai do quarto e vê um menino agarrando sua irmã)

Maria Luíza ( quase chorando) — Mamãe! Mamãe! olhe Carlos!

Carlos ( Brincava com ela e ao mesmo tempo a machucava sem querer)

Maria Luiza ( se debatia tentando se soltar e gritava) — Mamãe! Me largue, Carlos! Me laargue!

Carlos ( a sacudia ainda mais) —..."Lagarto lagartixa

Maria Luiza ( dando socos em Carlos) — Mamãe !...

(Dona Laura lá em baixo no pé da escada gritava)

Dona Laura — Que é isso, meninos! Carlos ! ôh Carlos ! Desça já!

Carlos— Não estou fazendo nada, mamãe ! Também não posso dançar um

poucadinho!

Maria Luíza — É! me sacudiu toda!... Bruto!

Carlos— Estava ensinando o shimmy pra ela, mamãe! Você não viu a Bebê

Daniels?

Maria Luiza— Mas eu não sou Bebê Daniels!

Carlos— Mas eu quero que seja!

Maria Luiza— Não sou e não sou, pronto! Mamãe!

Carlos— "Tatu sub..."

Maria Luiza— Me largue! Bruto bruto!

( Carlos vê Fraulien e larga Maria Luiza agarrando sua irmã com o braço esquerdo, e cumprimenta a governanta)

Carlos — Bom dia. A senhora é a governanta, é?

Fraulien ( responde escondendo sua irritação) — Sou.

(Aldinha morde a mão de Carlos e sai correndo)

Carlos( grita e olha pra mãe) — Viu só! Mamãe! Aldinha me deu uma dentada!

Dona Laura — Meu Deus! inda enlouqueço com essas crianças!

Carlos — Tirou sangue! Olhe aí o que você fez, sua gatinha!

Dona Laura — Carlos, você não me ouve! Olhem que eu subo!

Aldinha( responde chorosa ) — Mamãe... foi ele que me machucou!

( Sousa Costa aprece na sala bravo e dá uma bronca nas crianças)

Sousa Costa — Vocês não ouvem sua mãe chamar! Desçam já!

( Fraulien consola Aldinha que estava cheia de meiguice)

( Carlos desce a escada rindo, e limpando o sangue na outra mão )

Cena

...

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