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Análise Da Fasa Auto Da Índia De Gil Vicente

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Por:   •  23/2/2015  •  3.179 Palavras (13 Páginas)  •  3.074 Visualizações

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Escola Secundária Abílio Duarte

Trabalho da disciplina de Português

Análise da Farsa "Auto da Índia" de Gil Vicente

Elaborado pelos alunos do 12º ano da turma H2:

• Carmen Varela;

• Michel Vieira;

• Rachilde Barbosa;

• Vania Robalo.

Professora: Deontina de Pina

Cidade da Praia – Ilha de Santiago

Ano lectivo 2014/2015

ÍNDICE

Introdução 3

Desenvolvimento 4

Estrutura Interna 4

Espaço......................................................................................................................................................4

Tempo.......................................................................................................................................................5

Personagens.............................................................................................................................................6

Ama......................................................................................................................................................6

Moça.....................................................................................................................................................7

Castelhano............................................................................................................................................8

Lemos....................................................................................................................................................9

Marido...................................................................................................................................................9

Aspectos Cómicos da Farsa.................................................................................................................10

Conclusão 12

INTRODUÇÃO

No ano de 1509, em Almada (Lisboa) foi apresentado pela primeira vez, perante a rainha D. Lionor, a farsa ‘’Auto da índia’’ foi a primeira peça de teatro da Península Ibérica a ter uma intriga. Foi, também, a primeira ‘’farsa’’ redigida por Gil Vicente, ou seja, uma sátira social que mistura comédia e crítica aos maus costumes.

Gil Vicente, como autor satírico que era, preferiu explorar as consequências das navegações nas relações matrimoniais, expondo, de forma cómica, aquilo que ocorria entre os casais em que o marido passava longos meses no alto mar e a mulher ficava em casa.

A peça ‘’Auto da Índia’’ além de ter sido a primeira a retratar uma intriga, foi a primeira das peças de Gil Vicente escrita maioritariamente em português, o que era inédito, visto que na altura o castelhano estva muito presente, tanto na literatura como na sociedade. Nesta peça a única personagem a falar castelhano é o amante ‘’Castelhano’’.

Neste trabalho analisamos os elementos da narrativa: tempo, o espaço, a extrutura interna e externa, as personagens e por fim os aspectos cómicos presentes na farsa.

DESENVOLVIMENTO

A referida farsa sucede-se em Lisboa, tendo como personagem principal a Ama – Constança – cujo marido parte numa viagem à Índia, em busca de fortunas, deixando-a sozinha com a sua serviçal – a Moça.

Estrutura Interna

Podemos dividir a farsa em três partes:

• 1ª parte (Introdução) - corresponde à fase de expectativa da Ama, relativamente à partida ou não do Marido, e à distensão que se segue à confirmação da saída da armada e que ela aproveita para confessar a sua predisposição ao adultério;

• 2ª parte (Conflito) - é a fase do adultério. Sucessivamente entrem em cena os pretendentes : o Castelhano e o Lemos consumando o adultério. A Ama revela, sem qualquer escrúpulo ou pudor, toda a sua leviandade, falsidade e imoralidade;

• 3ª parte (Desenlace) - que corresponde à chegada do Marido, desaparecendo, assim, as condições que propiciaram o adultério (os amantes saem de cena) e a Ama leva ao auge sua hipocrisia.

Embora a farsa denomina-se de ‘’Auto da Índia’’ ela ocorre em Lisboa, faz referência à Índia pois foi para lá que o Marido foi em viagem, em busca de riquezas.

Espaço

A acção ocorre num único espaço : a casa da Ama. Os elementos textuais, contudo, possibilitam subdividi-lo em três compartimentos da casa:

• a câmara (quarto de dormir) da Ama, onde desenrola-se a maior parte da acção:

‘’ Moça – Falo cá co’esta cama

Ama – Essa cama, bem, que há? ‘’

• a cozinha, onde Lemos se esconde a pedido da Ama, quando o Castelhano a chama à janela dos quintais:

‘’ Lemos – Quem tira àquela janela?

Ama – Meninos que andam brincando,

E tiram de quando em quando.

Lemos – Que dizeis, senhora minha?

Ama – Metei-vos nessa cozinha (...) ‘’

• o quintal, onde o Castelhano aguarda autorização da Ama para entrar.

‘’ Castelhano – Ábrame, vues merced.

Que estoy aqui à la verguenza (...) ’’

Observação: Por razões de ordem técnica, claramente compreensíveis, o espaço

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