As Memórias escolares relacionadas a práticas artísticas
Por: Camila Leal • 21/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.616 Palavras (7 Páginas) • 242 Visualizações
Memórias escolares relacionadas a práticas artísticas
Aluna: Maria Luíza Gomes Rodrigues.Minhas lembranças sobre arte no meu tempo escolar, que os professores trabalhavam eram mais desenhos livres, com datas comemorativas, pinturas com lápis e giz de cores, tintas guaches, recortes e colagem diversas, desenhos geométricos etc.
Os materiais mais utilizados eram cadernos de desenhos, papeis sulfites com desenhos para nós pintarmos, que os professores nos passavam. Isso que mais me recordo, pois eu não estudei ensino de educação infantil, que na época era o jardim e pré-escolar, comecei estudar logo o 1º ano do ensino fundamental com 7 anos de idade.
Mas no ensino fundamental II o meu 6º ano a professora de artes exigia que os alunos formassem grupos para cada bimestre, e apresentasse um teatro, isso o que mais me marcou.
Aluna: Gléria Borges Firmino. Tenho algumas recordações referentes às minhas aulas de artes, que se iniciaram apenas no 5º ano do ensino fundamental. Na maioria das vezes os conceitos trabalhados sempre eram tradicionais, e repassados de forma tradicionais também, com leitura, cópia e desenhos, aprendíamos sobre cores primárias, secundárias e também sobre as formas geométricas. Ao longo dos anos nos foi ensinado até a bordar, um conteúdo diferente e que despertou interesse de alguns, definitivamente serviu pra me mostrar que não era a minha área. Fazíamos também trabalhos com papel crepom, casca de ovos, foram os trabalhos que mais me marcaram, talvez pela diversidade.
Aluna: Gleusula Martins de Andrade Silva.Minhas lembranças em relação a trabalhos voltados para a arte são poucas. Os meus professores dava desenhos para pintar, sempre combinados com os momentos comemorativos de cada mês, às vezes pintávamos com tinta guache e outras vezes pintávamos com lápis de cor, giz de gera ou canetinhas. Constavam muito práticas de artesanato com jornais, com palito de picolé garrafas pet, entre muitas atividades daquela época. As práticas de recreação eram muitas diversões, brincávamos de amarelinha, Ciranda cirandinha, esconde-esconde, cobra-cega, quebra-cabeça entre muitas.
Reflexão sobre as semelhanças nos relatos
A vivência nas aulas de artes de cada uma de nós valeu para nos fazer conhecer cores, desenvolver nossa coordenação motora, noção de combinação de cores, mas percebemos hoje que nossa criatividade, imaginação foi inibida pelo método utilizado nas nossas escolas, mesmo elas sendo de diferentes épocas.
Os métodos utilizados na década de 60 são os mesmos da década de 70, 80, o que parece estar ainda enraizados em muitas escolas pelo interior do Brasil.
Mesmo com a LDB pronunciada vemos que o ensino de artes ainda é subjugado, reprimido, impedindo a liberdade de expressão para manifestar os sentimentos, as emoções contidas pelo aluno muitas vezes por consequência do meio em que vive.
Pois bem, após nossa exposição em grupo comentamos das atividades de artes em geral, inclusive o teatro e apresentações musicais que realizávamos nas escolas, o que há até hoje. Estas atividades muito embora tenha tudo para abrir o leque de criatividade era muito limitado, pois só davam lugar aos alunos realmente desinibidos, enquanto caso uma aluna introvertida, fato que aconteceu com uma de nós, apresentava-se com o incentivo da mãe para participar de uma atividade cênica era colocada em ultimo plano sem ao menos ter a chance de ser estimulada com cuidados e atenção da professora para desenvolver seudesempenho livrando-se da timidez. Isso não importava para muitos professores, salvo algumas exceções que no decorrer de outras séries cada uma de nós conheceu.
Percebemos que algumas vivências nos trouxeram traumas e falta de autoestima, embora poucas oferecessem a finalidade contrária.
O papel da Arte na Educação contemporânea
Segundo Coleto 2010 a arte é importante na vida da criança, pois é ela que ajudará no desenvolvimento da expressão e da criatividade do indivíduo, tornando – o mais sensível e fazendo com que ele veja o mundo com outros olhos.
Um dos objetivos da arte contemporânea é a liberdade de expressão, autonomia e identidade, através da arte a criança pode exteriorizar seus sentimentos, emoções, pensamentos, permitindo assim conhecermos mais cada uma.
É trabalhado também o desenvolvimento cognitivo por meio das artes como teatro, cinema, música, o aluno pode conhecer aquilo que não teve oportunidade de conhecer.
Diferente do que muitos pensam a arte não é só rabiscar, pintar, brincar, dançar, ela estimula o aluno a expressar seus sentimentos, sua criatividade, criticidade, expressão através desses exercícios.
A arte até os 6, 7 anos por conta de inúmeros fatores psíquicos, privilegia a liberdade de manifestação dos alunos. Até essa idade a criança tem uma mentalidade semelhante a do artista, ambos ingressam facilmente no mundo do faz de conta, fantasias.
A arte valoriza a organização do mundo da criança, assim como o relacionamento com o outro e com o seu meio. Estimular o ensino da arte nesta perspectiva tornará a escola um espaço vivo, contribuindo assim para o desenvolvimento pleno de seus educandos.
Nesta perspectiva, a função da arte como forma de conhecimento e de criação artística, torna-se determinante à superação do homem desumanizado e rumo à construção de uma sociedade que melhor produza o sujeito, e que seja capaz de desenvolver toda plenitude de seu ser, cuja possibilidade é fruto da arte humanizada.
Habilidades fundamentais para arte
Artes Visuais
As habilidades vão desde as tradicionais, um desenho no papel até as tecnológicas uma fotografia por exemplo. Aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal. O fazer artístico, organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal; a apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação
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